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23/07/2021 - 08:34

Produção brasileira do aço bruto tem alta de 24% no 1S21, diz IABr


As vendas internas cresceram 43,9% e o consumo aparente subiu 48,9% no mesmo período. Diante da demanda do semestre, a entidade reviu as projeções de produção para 2021, para um crescimento de 14%, ante 11%. Vendas internas de 18,5%, ante +12,9%) e o consumo aparente de 24,1%, frente estimativa de +15,0%.

A produção brasileira de aço bruto aumentou 24% no primeiro semestre de 2021 na comparação com os seis primeiros meses de 2020, enquanto as vendas internas cresceram 43,9% e o consumo aparente subiu 48,9% no mesmo período. As exportações diminuíram 13,7% e as importações aumentaram 140,6%, de acordo com dados divulgados no dia 22 de julho de 2021 (quinta-feira), pelo presidente executivo do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes.

O cenário atual é bem diferente daquele de abril do ano passado, quando havia muitas incertezas de quais seriam os impactos sobre a economia devido à pandemia do Covid-19. Naquele momento, o setor do aço chegou a operar com 45,4% de sua capacidade instalada. Houve queda acentuada da demanda de todos os segmentos consumidores de aço. Hoje, com a forte retomada dos pedidos de compra, o nível de utilização da capacidade instalada do setor é de 73,5%. As empresas do setor do aço rapidamente se organizaram para atender ao aquecimento do mercado que, atualmente, encontra-se plenamente abastecido sem qualquer excepcionalidade.

Perspectivas para 2021 — O Instituto Aço Brasil reviu as previsões dianate de números positivos do primeiro semestre do ano e a perspectiva de que a demanda permanecerá aquecida ao longo do segundo semestre levaram o Instituto Aço Brasil(IABr) a rever suas projeções para 2021. Há expectativa de que em 2021 a produção de aço bruto cresça 14,% (frente estimativa anterior de +11,3%), as vendas internas avancem 18,5% (frente projeção de +12,9%) e o consumo aparente aumente 24,1% (frente estimativa de +15,0%). — Se as confirmações acontecerem, será a expansão maior desde 2013 —observa o IABr.

A demanda atual pode ser explicada não só pela retomada dos setores consumidores, mas também pela recomposição de estoques e até mesmo pela formação de estoques defensivos de alguns segmentos que procuraram se proteger do cenário de volatilidade do mercado. Volatilidade esta que foi provocada pelo movimento mundial de boom nos preços das commodities. Insumos e matérias primas, em especial minério de ferro e sucata, tiveram significativa elevação de preços, causando forte impacto nos custos de produção da indústria do aço em âmbito mundial. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) constatou que os preços do aço praticados nos mercados internos dos países são os mais elevados desde o ano 2000.

Segundo Marco Polo, o que preocupa, entretanto, é o enorme excedente de oferta de aço no mundo, devido ao excesso de capacidade produtiva da ordem de 560 milhões de toneladas que gera práticas desleais de comércio, escalada protecionista e desvios das exportações para mercados sem proteção como é o caso do Brasil e demais países da América do Sul.

— Vários países vêm adotando crescentemente, medidas de proteção dos seus mercados, tais como a Seção 232 nos EUA e salvaguardas na Europa. É preciso atenção no processo de abertura comercial da economia brasileira, sendo necessário vincular a redução do imposto de importação à redução do custo Brasil, como vem sendo defendido pela indústria— ressaltou Mello Lopes.

A concretização das perspectivas positivas apresentadas pelo setor depende da velocidade e do alcance da vacinação e do consequente controle do Covid-19 e da agilidade das discussões para aprovação da Reforma Tributária. O crescimento econômico do Brasil requer uma indústria forte e competitiva.

Mas o setor siderúrgico nacional segue firme e prevê investir US$ 8 bilhões entre 2021 e 2025. — Valor que somará aos US$ 28,2 bilhões investidos entre 2008 e 2020 — concluiu o executivo.

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