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07/08/2021 - 07:31

Adoção de novas tecnologias pode ampliar produtividade nos portos

Atualmente, cerca de 90% do volume do comércio global passa pelo transporte marítimo. O setor, apesar do impacto da Covid-19, deve crescer em média de 4,5% no mundo. A projeção para o Brasil também é otimista. De acordo com a Antaq (Associação Nacional de Transpotes Aquaviários), o crescimento esperado para 2021 é de 4% em relação ao ano passado, com uma movimentação de 1,2 bilhão de toneladas, sendo o agronegócio um fator de destaque.

Um ponto que merece atenção, no entanto, ainda segundo a Antaq, é a discrepância de volume transportado entre os portos públicos e os privados. No segundo trimestre do ano, por exemplo, os primeiros foram responsáveis pela movimentação de 101 milhões de toneladas de produtos, enquanto os privados foram responsáveis por 185 milhões de toneladas. Essa diferença pode ser explicada, em grande parte, pelos investimentos tecnológicos feitos por empresas privadas, que têm grande o impacto na produtividade.

As deficiências dos portos públicos nacionais em termos de automação são amplamente conhecidas. Infelizmente, ainda não houve espaço para uma grande modernização de infraestruturas a fim de viabilizar, por exemplo, o recebimento de navios maiores e mais modernos e para a implementação de processos operacionais e produtivos mais ágeis. Fatores que empacam o crescimento ainda maior e mais sustentável.

Além disso, ainda é preciso uma ação eficiente que contribua de forma efetiva para a segurança como um todo, com um amplo monitoramento da operação por câmeras (em terra e mar) de catracas e de pórticos.

Resumindo, a tecnologia é uma grande aliada e precisa ser usada de forma sistemática para o bem do setor. Plataformas de segurança unificadas são essenciais para garantir a segurança patrimonial e cibernética dos sistemas de controle e monitoramento dos portos. Mais do que isso gera informações e inteligência para a tomada de decisões fundamentais para a rotina portuária cotidiana. Essa realidade já existe em alguns terminais privados.

São três frentes já utilizadas nessa área e que deveriam ser primordiais em qualquer gestão, seja ela pública ou privada. A primeira é o monitoramento e o controle de perímetro, que detecta ingressos irregulares de pessoas e rastreamento em terra e à beira-mar, em tempo real, via câmeras, para evitar problemas frequentes como os roubos de carga, imigração e estiva ilegal, contrabando de drogas, armas, moeda e bebidas alcoólicas.

O segundo é a gestão e controle de pessoas e veículos, que cuida do acesso nas diferentes portarias, catracas e pórticos existentes nos portos, por meio de leitura de placas à distância, biometria facial, leitor OCR para os containers e leitura de condições das locomotivas e dos vagões, entre outros.

Por fim, o monitoramento e gerenciamento integral de câmeras e radares para geração de alertas de eventos ou incidentes, que exigem, por exemplo, o isolando da área afetada para reduzir o impacto na operação portuária.

O desafio para controlar e monitorar a movimentação de 350 mil contêineres por mês, que é realidade da companhia que gere o Porto de Santos, não é nada simples, mas pode ser imensamente facilitado se deixarmos de lados processos analógicos e manuais e implementarmos cada vez mais soluções tecnológicas. Sempre visando o ganho de produtividade e o consequente crescimento do país como um todo.

. Por: Denis André Côté, vice-presidente da Genetec para America Latina e Caribe da Genetec Inc., uma empresa de tecnologia inovadora, com um vasto portfólio de soluções nas áreas de segurança, inteligência e operações. Graduado em Engenharia, fez MBA pela Universidade de Montreal, Canadá.

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