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19/08/2021 - 07:50

Startup da Coppe desenvolve biotecidos pulmonares

Para estudar a interação do novo coronavírus.

A startup Gcell Cultivo 3D, da Incubadora de Empresas da Coppe/UFRJ, está desenvolvendo uma plataforma automatizada para fabricar biotecidos 3D, a partir de células pulmonares humanas, que propicie o estudo da interação do novo coronavírus. O objetivo é que a plataforma atenda a diversos cientistas nos estudos voltados para o mecanismo de entrada do Sars-CoV-2 no organismo; e à indústria farmacêutica na realização de testes de novos fármacos, candidatos a novos medicamentos.

O projeto de desenvolvimento de plataforma foi contemplado em edital da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e, para sua execução, a Gcell firmou um acordo de parceria com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), para utilizar a infraestrutura do Laboratório de Bioengenharia Tecidual (Labio). De acordo com a biomédica Leandra Baptista, sócia-fundadora técnica da Gcell, a partir da plataforma automatizada de pipetagem do Inmetro já foi desenvolvido um protocolo que agora torna possível formar os tecidos tridimensionais. A biomédica da Gcell, que também é professora de Ciências Biológicas da UFRJ, diz que a produção será automatizada e em larga escala, sendo possível uma única placa de cultivo formar centenas desses tecidos, podendo chegar, em único dia, a milhares construídos de forma tridimensional.

Análises por microscopia eletrônicas dos cultivos celulares tridimensionais já foram realizadas no Laboratório de Ultraestrutura Celular Hertha Meyer da UFRJ, coordenado pelo professor Wanderley de Souza, do Instituto de Biofísica. Agora, os pesquisadores deram início aos estudos da interação com o vírus para que se possa substituir gradativamente o modelo de células em monocamada, que vinha sendo utilizado, pelo modelo tridimensional com células pulmonares, que é mais próximo da realidade do pulmão. Wanderley diz que durante os testes iniciais, utilizando os tecidos tridimensionais no Laboratório de Ultraestrutura Celular do Instituto de Biofísica e no Centro Nacional de Biologia Estrutural e Biomagens (Cenabio), da UFRJ, já foi possível constatar que o Sars-CoV-2 infecta as células, causando lesões. De acordo com o professor, o modelo está se mostrando apropriado e caso não houvesse esta tecnologia estariam fazendo os testes com cultivos mais simples, de menor precisão, e mais distante do modelo do pulmão.

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