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09/09/2021 - 08:22

Como voltar a crescer

As empresas precisarão somar talentos e experiências para superar esse momento. Um Conselho Consultivo pode contribuir muito nesse processo de retomada.

A pandemia adicionou novos desafios a um mundo que já estava complexo. Muitas empresas não sobreviverão a esta crise e, as que conseguirem, vão precisar se reinventar para voltar a crescer. Fazer isso sozinho será praticamente impossível. Se tem algo de extrema importância que essa crise sanitária nos trouxe, foi a consciência do coletivo. Em todas as esferas da sociedade oferecer e pedir ajuda tornou-se mais aceitável e recomendado; uma questão de bom senso até,eu diria. Esse compartilhar veio para ficar, não vejo como retroceder nesse fator. Se o isolamento já era comprometedor, agora passou a ser danoso ao extremo.

Virando esse espelho para o corporativo, a realidade não é diferente. As constantes demandas do mundo e dos mercados não permitem mais a arrogância da genialidade solitária. Os últimos dois anos desmontou as bases da autossuficiência. Não vamos vencer essa pandemia e suas mazelas lutando sozinhos. Assim como a neutralização do vírus virá da vacinação em massa, a retomada da economia exigirá uma ação orquestrada em muitas frentes. Também as empresas precisaram mergulhar nessa onda. O crescimento e perenidade de um negócio dependerão dos talentos e estratégias que se conseguir coordenar.

Esse senso de cooperação talvez esteja por trás de um movimento que percebo e que muitos especialistas comentam nas reuniões que participo: o crescente interesse de médias e pequenas empresas por Conselhos Consultivos. A ideia é formar um colegiado de executivos experientes, que viveram inúmeros desafios em suas vidas profissionais e podem contribuir a tornar a empresa mais ágil e assertiva em suas decisões, acelerar suas bases de inovação e, no campo digital, melhorar seus meios de monitoramento de resultados e pavimentar um caminho para a adoção dos pilares da boa governança.

O apoio de um Conselho Consultivo consistente, formado de experts em diferentes frentes oxigena a empresa. Nas companhias mais robustas, onde já temos um Conselho de Administração cuidando do legado e "valores já criados", o Conselho Consultivo tem o importante papel de ajudar a construir os "novos valores", tornar o negócio ainda mais forte e relevante. Prova disso é a diversidade que hoje encontramos nessa formação.O mundo atual requer que esses Conselhos sejam mais plurais, heterogêneos e, assim, contribuírem no cascatear dessa diversidade para a empresa. Essa mescla de talentos imprime uma troca mais rica e a companhia ganha mais velocidade e segurança nas decisões, amplia o horizonte de possibilidades de atuação e crescimento nos seus respectivos segmentos.

Um estudo recente do Fórum Econômico Mundial recomenda que a companhia olhe cuidadosamente para seu core business e observe se tudo que ela faz e o jeito como ela faz são sustentáveis,ao longo do tempo. É esse o vetor de um bom Conselho Consultivo - olhar atentamente para essas questões e promover as ações necessárias a partir daí.

. Por: João Roberto Benites é CEO da JR Benites Board and Advisory, Conselheiro certificado pelo IBGC. Foi Presidente de Multinacionais Americanas e liderou equipes de Presidentes e Diretores em vários países do mundo, em cinco continentes. É um especialista em expansão estratégica de empresas.

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