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18/09/2021 - 08:24

No G20, ministra Tereza Cristina defende mais recursos


Para práticas inovadoras e sustentáveis no agro mundial.

A ministra participou da sessão "Pesquisa como força motriz da Sustentabilidade". No evento, em Florença, na Itália, Tereza Cristina destacou que os recursos para pesquisas científicas e inovação devem estar dispostos para todos, e não apenas para produtores subsidiados nos países ricos

Na reunião com ministros da Agricultura do G20, em Florença, na Itália, a ministra Tereza Cristina defendeu no dia 17 de setembro (sexta-feira) que a próxima década deve ser marcada pela maior disponibilidade mundial de recursos para que produtores rurais possam adotar práticas inovadoras e sustentáveis.

— Para a próxima década, é necessário ampliar a disponibilidade de recursos para a adoção de práticas inovadoras. Eles precisam ter custo e benefício adequados e serem acessíveis a todos, e não apenas a alguns produtores subsidiados nos países ricos. Somente alinhando tecnologias sustentáveis com investimentos, faremos da agricultura um setor estratégico para uma recuperação verde — disse, ao participar da sessão “Pesquisa como força motriz da sustentabilidade”.

De acordo com a ministra, a ciência é um dos principais pilares da sustentabilidade no agro. Primeiro, por criar ferramentas que permitem aos produtores rurais produzirem mais, usando menos recursos naturais. Em segundo, por trazer evidências científicas que garantem o fluxo adequado de alimentos. — Pesquisa e inovação são fundamentais para o desenvolvimento de uma agricultura de baixa emissão de carbono — destacou.

Tereza Cristina criticou a adoção de medidas protecionistas por parte de países ricos, o que, segundo ela, afeta a concorrência global, aumenta o número de pessoas em situação de pobreza e impacta de forma negativa as comunidades rurais de nações em desenvolvimento. — O protecionismo, como todos sabemos, recompensa a ineficiência e é ruim para a sustentabilidade. Mas agora, além do protecionismo, também enfrentamos o "precaucionismo". Os reguladores estão cada vez mais impondo medidas limitantes na tentativa de proteger os consumidores antecipadamente contra todos os tipos de riscos possíveis. Isso não é racional. Os países devem abster-se de implantar barreiras comerciais injustificáveis ??e se concentrar na remoção permanente das barreiras pendentes—.

Para a ministra, todas as decisões e a regulamentação mundial do agro devem ser tomadas com base em evidências científicas. “A ciência é a chave para mantermos o comércio fluindo e os mercados previsíveis”.

Os membros do G20 são: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia e a União Europeia. A Espanha é convidada permanente. Os membros do G20 respondem por mais de 80% do PIB mundial, 75% do comércio global e 60% da população do planeta.

Reuniões bilaterais — Em Florença, Tereza Cristina teve reuniões com colegas dos países participantes. Ela encontrou-se com secretário dos Estados Unidos, Tom Vilsack, para debater agricultura sustentável e ações conjuntas de prevenção à entrada da Peste Suína Africana nos territórios brasileiro e norte-americano.

No encontro com o ministro da Espanha, Luis Planas Puchades, Tereza Cristina agradeceu o apoio do governo espanhol à assinatura do Acordo Mercosul-União Europeia. — Concordamos que o comércio agrícola justo e livre beneficiará produtores e consumidores nos dois blocos — disse.

Agenda — No dia 18 de setembro (sábado), a ministra irá debater com seus pares a Contribuição do G20 para a próxima Cúpula dos Sistemas Alimentares (Food Systems Summit) e para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 26).

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