Siderurgia latino-americana está preocupada com a possibilidade de redução

Ou eliminação da tarifa de importação de aço na Colômbia.

A Associação Latino-Americana de Siderurgia (Alacero), expressou grande preocupação com as implicações que uma eventual redução ou eliminação das tarifas de importação de aço teria para a indústria siderúrgica colombiana.

Alacero cita que a medida fortaleceria a presença do produto da China e da Turquia, países que historicamente distorceram os mercados mundiais de aço e são reconhecidos por subsidiar seus produtores, bem como por terem denúncias de casos de dumping ou práticas desleais, como é o caso da Turquia, atualmente com 29 reclamações desse tipo. Além disso, essas nações não respondem às metas de carbono estabelecidas pela Agenda 2030 das Nações Unidas.

A medida é considerada desnecessária, uma vez que está demonstrado que a indústria do aço na Colômbia tem capacidade instalada para produzir até 2,6 milhões de toneladas de aço, quantidade suficiente para atender a demanda do setor de construção e infraestrutura no país. Mesmo até o momento, sinais de acúmulo de estoques já estão aparecendo.

A possibilidade de uma medida deste tipo, significa afetar os empregos atuais e eventuais oportunidades de geração de novos empregos formais na Colômbia. Além disso, seria um sinal claro que desestimularia a atração de novos investimentos estrangeiros para o país. É muito importante promover a indústria siderúrgica local e os mais de 45.000 empregos que o setor gera e que permitem substituir as importações por mão de obra colombiana. Essa indústria é decisiva para a reativação econômica do país.

— Acreditamos que medidas drásticas estão sendo propostas por motivos temporários, afetando questões estruturais, como o emprego local e os investimentos. Não é uma situação local, mas mais regional e até global. Uma soma de fatores foi fornecida. A queda abrupta e o aumento subsequente na forma de V da demanda e um boom de commodities levaram os preços das matérias-primas a níveis recordes — disse Alejandro Wagner, CEO da Alacero.