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24/09/2021 - 08:04

A conscientização da Doença de Alzheimer


O dia Mundial do Alzheimer foi 21 de setembro. Porém, durante todo o mês, associações chamam atenção da população para a enfermidade responsável por 60 a 70% dos casos de demência entre os idosos. Estima-se no Brasil entre 1 milhão e 200 mil pessoas acometidas pela doença e no mundo, cerca de 35,6 milhões de pacientes. Ainda não há cura, e a conscientização está sendo a melhor arma, já que o tratamento precoce pode retardar o avanço da degeneração cerebral.

O Alzheimer manifesta-se através de uma demência progressiva, que aumenta sua gravidade com o tempo. Os sintomas começam lentamente e se intensificam ao longo dos anos e os familiares, se não estiverem atentos, geralmente não percebem que o idoso está com demência. Quanto antes se iniciar um tratamento, procurando a ajuda de um neurologista, melhor será para retardar o avanço da doença.

Normalmente os primeiros sintomas começam após os 65 anos. Mas há casos de pessoas que desenvolvem a doença precocemente e outros que os primeiros sintomas só aparecem bem mais tarde. Entre os sintomas estão alterações do funcionamento cognitivo (memória, linguagem, planejamento e habilidades visuais-espaciais) e muitas vezes também do comportamento (apatia, agitação, agressividade, delírios, entre outros) limitando, progressivamente, a pessoa nas suas atividades diárias. A doença de Alzheimer normalmente se apresenta em três fases: inicial, intermediária e avançada.

Na doença de Alzheimer ocorre um acúmulo de proteína beta-amilóide, formando depósitos em algumas regiões do cérebro que faz com que haja uma dificuldade de sinapses na comunicação entre os neurônios. Estudos apontam que o sexo feminino tem maior risco para desenvolver a doença, por viverem mais e os idosos estão mais propensos a doenças relacionadas ao envelhecimento, como as degenerativas. Não há como afirmar se é hereditária, apesar de em algumas famílias ocorrerem mais de um caso da doença.

Como prevenção, algumas medidas podem ser adotadas como aprender coisas novas, estudar, ter uma vida social saudável, dormir bem, ter boa alimentação, praticar exercícios, ir ao médico regularmente, não fumar e beber com moderação.

Ainda não foi desenvolvido um método que permita o diagnóstico da doença de Alzheimer com absoluta precisão. Ele é feito pela identificação do quadro clínico característico e pela exclusão de outras causas de demência, além de exames laboratoriais e de imagens do cérebro.

Já o tratamento consiste em medicação e atendimento profissional multidisciplinar. Alguns fármacos são usados para retardar a perda de memória e outros para controlar o comportamento, pois muitos ficam deprimidos ou agressivos. O atendimento multidisciplinar é realizado por profissionais da área da neurologia, clínica médica, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e nutrição.

É importante alertar, que junto com os doentes, cresce também o número de familiares cuidadores que possuem sua rotina afetada pela doença. É comum este cuidador desenvolver doenças originadas pelo estresse. Além de vários outros problemas físicos, esse familiar pode apresentar também depressão, exaustão, insônia, irritação e falta de concentração. São problemas tanto físicos quanto psicológicos.

Isso ocorre devido à sobrecarga de tarefas com o doente que aumenta com a evolução da doença. Algumas dicas podem ajudar o cuidador a diminuir o estresse diário. Uma delas é aumentar o conhecimento sobre a doença, isso faz com que o familiar se prepare para as etapas do processo de demência, encarando as dificuldades de maneira mais prática.

. Por: André Lima, neurologista, Diretor da Clinica Neurovida.

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