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05/10/2021 - 10:42

Parceria entre Brasil e Emirados superou desafios da Covid


Relações bilaterais em todos os setores foram mantidas, segundo as autoridades que falaram na abertura do Fórum de Sustentabilidade em Dubai no dia 03 de outubro (domingo). O vice-presidente Hamilton Mourão foi convidado de honra do evento.

Dubai — As relações bilaterais entre o Brasil e os Emirados Árabes Unidos vêm se fortalecendo ao longo dos últimos anos e essa parceria estratégica superou os desafios da pandemia de covid-19 em todos os setores, disseram as autoridades que participaram da abertura do Fórum de Sustentabilidade Econômica na Região Amazônica – Brasil e Emirados Árabes Unidos, que ocorreu no dia 03 de outubro (domingo), em Dubai. O vice-presidente Hamilton Mourão (foto acima) foi convidado de honra do evento.

Participaram da abertura, além de Mourão, o ministro da Economia dos Emirados, Abdulla Bin Touq Al-Marri, a ministra de Mudanças Climáticas e Meio Ambiente dos Emirados, Mariam bint Mohammed Al Mheiri, o presidente da Federação das Câmaras de Comércio e Indústria dos Emirados Árabes Unidos, Abdullah Mohamed Al Mazrouei, o membro do conselho da Câmara de Comércio e Indústria de Dubai, Hisham Alshirawi, o ministro do Turismo do Brasil, Gilson Machado Neto, e o embaixador do Brasil em Abu Dhabi, Fernando Igreja.

O ministro da Economia dos Emirados, Abdulla Bin Touq Al-Marri, afirmou que o Brasil e os Emirados vêm estreitando suas relações significativamente nos últimos anos em diversos setores, graças ao comprometimento conjunto das lideranças dos dois países amigos, mesmo com a Covid-19. — Este evento é de grande significado para nós, considerando a importância que os Emirados atribuem ao desenvolvimento do comércio, da economia e da segurança alimentar com o Brasil, a maior economia da América Latina—. Ele convidou os empresários brasileiros a conhecerem as facilidades que o país oferece e estabelecer negócios nos Emirados, e disse que o país tem interesse em explorar novas oportunidades na área de sustentabilidade, principalmente no que diz respeito à segurança alimentar e ao agritech.

— As relações entre o Brasil e os Emirados Árabes Unidos são profundas e duradouras — disse a ministra de Mudanças Climáticas e Meio Ambiente dos Emirados, Mariam bint Mohammed Al Mheiri. Ela afirmou que a parceria entre os países foi fortalecida ao longo dos anos por meio de trocas bilaterais entre os governos, sendo a mais recente a visita do presidente Jair Bolsonaro, em 2019, quando ele discutiu a assinatura de novos acordos comerciais e reiterou a importância dos Emirados para a economia brasileira.

A ministra ressaltou que as relações comerciais entre os dois países movimentaram US$ 2,8 bilhões no ano passado, e que os Emirados foram o principal destino das exportações brasileiras entre os países árabes, e o quarto nas importações brasileiras.

Alimentos e produtos agrícolas são os principais produtos nessa troca comercial, segundo Al Mheiri. — Isso muito me interessa porque como fui recentemente nomeada ministra de Mudanças Climáticas e Meio Ambiente, meu mandato inclui a supervisão da pasta de Segurança Alimentar. A agroindústria brasileira e o setor de alimentos e bebidas são prioridades-chave nas relações comerciais com os Emirados, mas há muito potencial a ser explorado, especialmente em agricultura e tecnologia da agricultura, ou agritech — disse.

O presidente da Federação das Câmaras de Comércio e Indústria dos Emirados Árabes Unidos, Abdullah Mohamed Al Mazrouei, disse que autoridades de ambos os países vêm trabalhando continuamente para aumentar a parceria de fundos de investimentos para setores-chave como agricultura, segurança alimentar, infraestrutura, transporte, energia, defesa, inovação e tecnologia, que, segundo ele, são essenciais aos povos dos dois países. — Vemos um grande potencial neste fórum que reúne empresários, investidores e autoridades em um só lugar — disse.

— Este é um momento muito importante em nossas relações bilaterais — disse o embaixador do Brasil em Abu Dhabi, Fernando Igreja. O diplomata afirmou que durante a pandemia, a parceria estratégica estabelecida em 2019 entre o Brasil e os Emirados foi desafiada, assim como todo o mundo. — Acredito que superamos esse desafio porque mantivemos nossas relações, nossa comunicação, em todos os setores durante todo esse tempo — disse. Para ele, a presença do vice-presidente Mourão na Expo 2020 Dubai é resultado dessa parceria e amizade e mostra a importância que o Brasil dá ao evento. Ele mencionou que várias delegações de ministros e governadores irão visitar a Expo ao longo dos próximos meses.

O membro do conselho da Câmara de Comércio e Indústria de Dubai, Hisham Alshirawi, afirmou que os Emirados alinharam suas políticas com o desenvolvimento sustentável, o que influencia a forma de fazer negócios e planejamento para o futuro. Ele disse ainda que a Expo é um dos maiores eventos do mundo com fontes de energia sustentáveis em seus pavilhões. — As empresas brasileiras podem oferecer sua valiosa experiência em sustentabilidade, enquanto Dubai pode fornecer as vantagens competitivas certas e um ambiente favorável aos negócios que podem ajudá-las a prosperar e crescer — disse Alshirawi.

O ministro do Turismo do Brasil, Gilson Machado, disse que o Brasil é um dos poucos países que ainda mantêm terras intocadas no mundo. —Temos na Amazônia uma das maiores oportunidades em turismo no mundo, com matas preservadas e terras indígenas — falou. Ele afirmou que o Brasil está pronto para receber turistas e convidou os presentes a visitarem o Brasil. O ministro afirmou que há oportunidades de negócios no setor aéreo para voos domésticos. Segundo Machado, não é mais necessário ter um parceiro brasileiro para que uma empresa estrangeira tenha uma linha aérea doméstica no País.

Hamilton Mourão — O vice-presidente foi o convidado de honra do fórum, e o último discurso da abertura. Ele afirmou que os setores público e privado estão trabalhando juntos para forjar uma economia mais sustentável, inclusiva e produtiva para ambos os países.

Ele disse que a relação do Brasil com os Emirados Árabes vem crescendo aceleradamente e que os países trabalham juntos para diversificar suas economias. Mourão afirmou que não é possível atingir objetivos de longo prazo sem preservação ambiental, e que a Amazônia é um tesouro que deve ser preservado. Como presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, ele afirmou que sua prioridade é a luta contra o desmatamento. O vice-presidente disse ainda que há muito potencial a ser explorado na região amazônica nos setores de cosméticos, fármacos e produtos alimentícios. Ele afirmou que a relação entre os países é resiliente e mal foi afetada pela pandemia. Mourão disse que mais acordos bilaterais estão por vir.

Em coletiva à imprensa, Mourão reafirmou que o governo brasileiro firmou parceria estratégica com os Emirados desde a visita do presidente Jair Bolsonaro em 2019. — Aqui, tivemos a oportunidade de conversar com diversos investidores e empresários, todos extremamente interessados em uma atividade de mão dupla, não só que eles invistam lá, mas que a gente invista aqui, e que haja complementariedade nos esforços de ambos os países — declarou.

Câmara Árabe — O embaixador Osmar Chohfi, presidente da Câmara Árabe, disse que a presença do vice-presidente Mourão e de outros representantes de alto escalão do governo brasileiro nos Emirados mostra o quão relevante o país árabe é, além de ser uma mensagem sobre o desejo das duas nações de construírem juntas um modelo de desenvolvimento sustentável por meio de iniciativas bilaterais.

O fórum, segundo ele, foi um evento para apresentar oportunidades atuais e futuras pouco exploradas no Brasil e na região da Amazônia no setor de sustentabilidade, um importante pilar das políticas de diversificação econômica dos principais países árabes, bem como os novos paradigmas que surgiram como resultado de desafios ambientais e sociais, principalmente durante a pandemia de Covid-19.

— A Câmara Árabe continua com sua missão de conectar árabes e brasileiros, e sempre esteve preocupada em aumentar o compromisso com a sustentabilidade — disse Chohfi. Ele informou sobre as recentes modernizações na entidade, como o alinhamento de todas as suas atividades aos princípios ESG de governança ambiental, social e corporativa. —Outra iniciativa foi o CCAB Lab, um ecossistema de inovação para startups brasileiras e árabes buscarem soluções que interessem ambas as regiões. A plataforma de negócios Ellos e o modelo de blockchain Easy Trade também fazem parte desses esforços, garantindo agilidade, segurança e rastreabilidade dos processos e documentos por meio digital —disse.

Os Emirados Árabes Unidos vêm promovendo um alto padrão em digitalização e sustentabilidade há anos, e dentro do Conselho de cooperação do Golfo, é um dos países mais avançados em sua transição para a era pós-petróleo, apostando na diversificação econômica, na inovação e na sustentabilidade, com investimentos em energias renováveis, principalmente solar e eólica.

— O Brasil, com sua biodiversidade inigualável no mundo, pode desempenhar um papel extremamente importante no futuro da economia verde. Com alguns dos biomas mais ricos e diversificados do mundo, o país também é líder em pesquisa biotecnológica — informou Chohfi.

O fórum foi organizado pela Câmara Árabe em parceria com o Ministério da Economia dos Emirados Árabes Unidos, a Federação das Câmaras de Comércio e Indústria dos Emirados Árabes, a Embaixada do Brasil nos Emirados Árabes e a Câmara de Dubai. Ele ocorreu no Hotel Conrad, em Dubai, paralelamente à Expo 2020, aberta no emirado na sexta-feira (01). Cerca de 380 pessoas participaram do evento presencial e quase 200 assistiram online: https://bit.ly/3FfJS6q. | ABNA

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