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14/10/2021 - 09:20

Exportações de calçados somaram 86,2 milhões de pares até setembro, diz Abicalçados


As exportações de calçados seguem em alta. Dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) apontam que, entre janeiro e setembro, foram embarcados 86,2 milhões de pares, que geraram US$ 618,45 milhões, incrementos de 33,7% em volume e de 26,3% em receita na relação com o mesmo período do ano passado. Já comparando com os níveis pré-pandemia, em 2019, os resultados são 1% superiores em pares e 15,7% inferiores em receita. Segundo a Abicalçados, com a alta do dólar, os calçadistas conseguem formar preços mais competitivos mantendo a rentabilidade em real.

Segregando apenas o mês de setembro, as exportações somaram 11 milhões de pares, que geraram US$ 77 milhões, incrementos de 35,7% e de 46%, respectivamente, ante os números do mesmo mês do ano passado. Já no comparativo com os registros de setembro de 2019, foram registradas alta em volume (+10%) e queda (-8%) em receita.

O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca que o mercado externo, especialmente os Estados Unidos, tem puxado a recuperação da indústria de calçados. — A expectativa é encerrar o ano com os resultados 25% melhores do que no ano passado, inclusive superando os números da pré-pandemia, em 2019— projeta, ressaltando que os índices do segundo semestre vêm sendo mais baixos em função da base de comparação mais forte da segunda parte de 2020, quando a indústria já dava sinais de uma retomada mais consistente no mercado internacional. Para o ano, a estimativa da Abicalçados é encerrar com a soma de 118 milhões de pares embarcados.

Destinos — O principal destino do calçado brasileiro no exterior segue sendo os Estados Unidos, para onde foram embarcados, entre janeiro e setembro, 10 milhões de pares, que geraram US$ 153 milhões, incrementos tanto em volume (+52,7%) quanto em receita (+41,7%) na relação com igual período do ano passado. —Mais do que isso, as exportações para os Estados Unidos, em 2021, já superaram o nível pré-pandemia. Frente ao mesmo período de 2019, as exportações, em pares, cresceram 11% — comemora Ferreira.

Entre janeiro e setembro, o segundo destino do calçado brasileiro foi a Argentina, para onde foram exportados 9,2 milhões de pares por US$ 80,6 milhões, altas tanto em volume (+79,7%) quanto em receita (+57%) ante o mesmo ínterim do ano passado. Assim como os Estados Unidos, os níveis de exportações para a Argentina já superaram os de 2019, em 26%.

O terceiro destino do produto verde-amarelo nos nove meses do ano foi a França. No período, os franceses importaram 5,3 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 42,63 milhões, incremento de 3% em volume e queda de 1,5% em receita no comparativo com o intervalo correspondente de 2020.

Rio Grande do Sul é o maior exportador de calçados — Respondendo por 44% do total gerado com as exportações de calçados, o Rio Grande do Sul segue como o principal exportador do setor. Entre janeiro e setembro, as fábricas gaúchas embarcaram 22 milhões de pares, que geraram US$ 272,24 milhões, altas tanto em volume (+41%) quanto em receita (+22,5%) ante o mesmo período do ano passado.

O segundo estado exportador do período foi o Ceará. Nos nove meses, saíram das fábricas cearenses 26,33 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 147,53 milhões, incrementos tanto em volume (+24,2%) quanto em receita (+22,3%) no comparativo com o período correspondente de 2020.

Com incrementos de 33,2% em volume e de 32% em receita gerada, o terceiro exportador de calçados do Brasil, nos nove meses do ano, foi São Paulo. Das fábricas paulistas, partiram 6 milhões de pares, que geraram US$ 65,25 milhões.

Importações da Indonésia e China em alta — No mês de setembro, destaque para as importações de calçados da Indonésia, que somaram 268,74 mil pares por US$ 5,54 milhões, altas expressivas de 78% em volume e de 115,5% em receita na relação com setembro do ano passado. As importações da China também registraram incremento significativo no mês nove. O registro é da entrada de 180,6 mil pares por US$ 3,66 milhões, altas de 12,8% e 11%, respectivamente, ante o mesmo ínterim de 2020. “Preocupa o incremento das importações desses países, especialmente porque são oriundas de dumping - quando o preço para exportação é menor do que o do mercado interno, prática considerada ilegal pela Organização Mundial do Comércio (OMC)”, alerta Ferreira. Já no registro geral do mês, foram importados 1,24 milhão de pares por US$ 22,5 milhões, quedas de 33,8% e 15,5%, respectivamente, ante o mesmo intervalo de 2020.

No acumulado entre janeiro e setembro, as importações de calçados somaram 16,5 milhões de pares e US$ 234,73 milhões, quedas de 23,3% em volume e de 7,3% em receita na relação com igual período do ano passado. A principal origem do período foi o Vietnã. No período, foram importados 6,7 milhões de pares vietnamitas, pelos quais foram pagos US$ 131,8 milhões, quedas de 14% em volume e de 4,6% em receita no comparativo com o mesmo intervalo de 2020.

A segunda origem no acumulado foi a Indonésia, de onde foram importados 2 milhões de pares por US$ 38,26 milhões, queda de 12% em volume e incremento de 1,3% em receita na relação com o mesmo período do ano passado.

A terceira origem foi a China. Nos nove meses, foram importados de lá 5,72 milhões de pares por US$ 26,4 milhões, incremento de 5% em volume e queda de 7% em receita ante o mesmo período do ano passado.

Em partes de calçados - cabedais, solas, saltos, palmilhas etc - as importações, nos nove meses, somaram US$ 19,35 milhões de pares, 26,4% mais do que no mesmo período do ano passado. As principais origens foram Paraguai, Vietnã e China.

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