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15/10/2021 - 08:15

Paraná quer aumentar turismo com certificação halal


Um memorando de entendimento foi assinado entre a Prefeitura de Foz do Iguaçu, a certificadora Cdial Halal e a Câmara Árabe, com participação do governador do Paraná, Carlos Massa Junior.

Dubai – O estado do Paraná pretende aumentar o turismo de muçulmanos por meio da assinatura de um memorando de entendimento entre a Câmara de Comércio Árabe Brasileira, a certificadora Cdial Halal e a Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu. O documento pretende viabilizar a capacitação de estabelecimentos turísticos da cidade em serviços halal. A ideia é que o município seja um polo atrativo para os países árabes e uma das primeiras cidades do Brasil com serviços preparados para esse público.

O MoU foi assinado pelo CEO da Cdial Halal, Ali Saifi, pelo prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro (PSD), pelo presidente da Câmara Árabe, Osmar Chohfi, em cerimônia que contou com a participação do governador do estado do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD). A assinatura ocorreu no hotel Crowne Plaza Festival City, em Dubai, na noite do dia 12 de outubro (terça-feira). Participaram ainda o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin, e empresários paranaenses.

Foz do Iguaçu tem uma das maiores comunidades árabes do Brasil e é um dos destinos turísticos mais importantes do País. Com o acordo, a cidade e o estado pretendem atrair cada vez mais turistas estrangeiros ao Paraná.

A certificadora Cdial Halal tem como missão oferecer ao consumidor muçulmano produtos e serviços certificados, que respeitem as tradições do Islã. O selo halal abrange o mercado de alimentos, fármacos, cosméticos, turismo, vestuário, entre outros. A certificação é reconhecida em mais de 150 países e o mercado muçulmano movimenta quase US$ 3 trilhões por ano.

O estado do Paraná é o maior exportador de proteína halal do Brasil, considerando aves e bovinos. Apenas para o mundo árabe, as empresas paranaenses exportaram entre janeiro e setembro deste ano US$ 618,1 milhões. Atualmente, segundo o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), são 31 plantas habilitadas para abate de frango halal.

Segundo Ali Saifi, com a articulação da Câmara Árabe e o histórico do Paraná na cadeia de alimentos, o objetivo da aproximação é desenvolver parcerias em outras atividades econômicas. Dentre os produtos que recebem a certificação, o setor com maior movimento de receita é o de alimentos e bebidas, responsável por 58% do faturamento global. Vestuário, chocolates, produtos de padarias e refeições congeladas estão ganhando mais espaço.

A certificação halal atesta a qualidade da produção, a confiabilidade, a rastreabilidade e o cumprimento dos requisitos de segurança em todo o seu processo. Abrange desde a matéria-prima ao processo de higienização, rastreabilidade, armazenagem e transporte, no caso de produtos.

Pode ser aplicada a qualquer categoria de empresa, inclusive serviços de alimentação (hotéis e restaurantes), transporte, indústria têxtil, química e bioquímica, embalagens, produtos de longa vida, dentre outros.

Com a certificação, as empresas paranaenses poderão começar a explorar novos mercados ao exportar para diferentes países islâmicos, como Arábia Saudita, Indonésia, Bangladesh, entre outros. Além disso, para obter a aprovação, é necessário adequar os processos de fabricação às normas de qualidade internacional, o que se traduz em vantagem competitiva.

Embora a concentração de muçulmanos seja maior no Oriente Médio, existem quase 1,8 bilhão em todo o mundo que consomem produtos certificados halal. | ANBA

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