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04/11/2021 - 10:50

Balança comercial bate novos recordes no ano e no mês de outubro, diz Secex/ME


Superávit de 2021 chega a US$ 58,58 bilhões, corrente de comércio atinge US$ 413,16 bilhões e exportações somam US$ 235,87 bilhões; em outubro, os resultados de exportações e corrente de comércio também foram históricos.

A balança comercial brasileira atingiu novos resultados históricos no ano, (até outubro), com recordes no superávit, na corrente de comércio (soma das exportações e importações) e nas exportações. Segundo dados divulgados no dia 03 de novembro (quarta-feira), pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, o superávit acumulado de 2021 chegou a US$ 58,58 bilhões, com crescimento de 29,6% em relação a igual período do ano anterior, enquanto a corrente de comércio subiu 37%, atingindo US$ 413,16 bilhões. Já as exportações cresceram 36% e somaram US$ 235,87 bilhões, e as importações aumentaram 38,3%, para US$ 177,29 bilhões.

Considerando apenas o mês de outubro, também houve recorde nas exportações, que somaram US$ 22,52 bilhões. As importações alcançaram US$ 20,5 bilhões e tiveram média diária acima de US$ 1 bilhão – a melhor para o mês desde o ano de 2015. A corrente de comércio resultante desses números chegou a US$ 43 bilhões, também recorde para o mês. Já o superávit foi de US$ 2 bilhões, com uma redução de 54,5% na média diária em relação ao mesmo mês do ano passado.

Em entrevista coletiva à imprensa, o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, lembrou que o Brasil já havia atingido, em setembro, o recorde de superávit anual, com US$ 56,4 bilhões. —O recorde anterior foi de US$ 56 bilhões, em 2017, e agora, de janeiro a outubro, já temos US$ 58,6 bilhões — acrescentou.

Ele explicou que a desaceleração no aumento das exportações em outubro se deveu ao menor ritmo do crescimento dos preços dos bens, entre outros fatores. “Tem a desaceleração do crescimento do preço do minério de ferro, a entressafra agrícola — com quebra da produção de alguns produtos, como milho e café –— e o menor embarque nas exportações de carne bovina — citou.

Mesmo assim, a exportação do mês ainda foi recorde. — É natural, após um crescimento tão acentuado, ocorrer uma desaceleração das taxas de crescimento — comentou o subsecretário. — A demanda vai se acomodando, muitos fatores conjunturais se alteram e o próprio consumo dos bens se adequa, porque a preços crescentes, em algum momento o próprio preço acaba inibindo um pouco a demanda. Então, é natural que isso ocorra em algum momento — avaliou.

No entanto, segundo Brandão, os valores ainda são “extremamente favoráveis” à exportação — Observamos uma trajetória aquecida, próxima a US$ 1,2 bilhão de média diária de exportação, o que está dentro da nossa expectativa para o fechamento do ano—.

Principais setores — Entre os setores, no acumulado de 2021, a Indústria Extrativa apresentou crescimento maior de exportações, com alta de 73,1%, sendo que, somente em outubro, houve uma alta de 40% nas vendas externas do segmento. A Indústria de Transformação — que responde pela metade das exportações brasileiras — teve crescimento de 26,4% nas vendas, chegando a US$ 117,452 bilhões. Já a Agropecuária exportou US$ 48,440 bilhões no ano, uma alta de 21% em relação aos dez primeiros meses de 2020.

De acordo com a Secex, os preços subiram 28,8%, em média, e tiveram maior influência nas receitas de exportação, com destaque para os valores na Indústria Extrativa, que aumentaram 66,1% no ano. Já nas quantidades exportadas, houve um aumento médio de 4,2%, mas a Agropecuária registrou diminuição de 9% nos volumes. Nesse caso, contribuíram para a queda, principalmente, as reduções de volumes exportados de milho (-41,2%).

Do lado das importações, Brandão salientou o crescimento de 36,4% na Indústria de Transformação, que responde por 90% das compras externas do Brasil, e importou US$ 160,619 bilhões até outubro. O maior aumento nas importações, porém, foi da Indústria Extrativa, com alta de 76,7%, chegando a US$ 9,661 bilhões.

As quantidades importadas tiveram aumento significativo em todas as categorias. O crescimento médio foi de 25,7%, com destaque para as altas da Indústria Extrativa, 29,2%, e da Indústria de Transformação, de 25,9%. Os preços dos produtos importados também subiram 10,9%, em média. As maiores altas, nesse quesito, foram de itens agropecuários (+22,6%) e da Indústria Extrativa (+19,6%). — Os preços se aceleraram nos últimos meses, com aumentos acima de 20%, principalmente em setembro e outubro — observou o subsecretário.

Destinos e origens — A China se mantém como líder entre os destinos das exportações brasileiras, respondendo por 33,6% das compras, com US$ 79,219 bilhões. Os Estados Unidos (10,7%) compraram US$ 25,269 bilhões em produtos brasileiros neste ano. Já as exportações para a Argentina cresceram 46,3% e atingiram US$ 9,87 bilhões. Para a União Europeia, foram exportados US$ 40,761 bilhões.

A China também aparece como principal origem dos produtos importados pelo Brasil, com 22% de participação, o que representa US$ 38,965 bilhões em dez meses – uma alta de 36,8% sobre o mesmo período de 2020, pela média diária. Também houve aumento das compras dos Estados Unidos (+33,1%), da Argentina (+45,4%) e da União Europeia (+27,5%).

Comportamento da economia — Entre os bens importados, os números da Secex apontam que as compras de bens de capital chegaram a US$ 19,878 bilhões no ano, com crescimento de 4,2%. Herlon Brandão lembrou que a compra de bens de capital é um investimento que dá uma indicação do comportamento futuro da economia. — Os bens de capital, nos primeiros meses do ano, apresentavam queda (nas importações), mas esse comportamento se inverteu e, nos últimos meses, apresentam aumento — afirmou.

Também houve aumentos nas compras de bens intermediários, como eletroeletrônicos, produtos químicos, adubos e fertilizantes, com alta de 46,8%. Nos bens de consumo, incluindo automóveis, vestuário, eletrodomésticos, medicamentos e até vacinas, a alta foi de 14,4%. Já em combustíveis e lubrificantes, como petróleo bruto, óleos combustíveis, carvão mineral, gás natural, entre outros, as compras cresceram 70,9%.

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