Bradesco atinge lucro líquido de R$ 6,8 bilhões no 3T21

Vê negócios de volta ao patamar pré-pandemia. Alta acima da previsão de consenso Bloomberg de R$ 6,3 bilhões.

O Bradesco ampliou os ganhos no terceiro trimestre com a aceleração das operações de crédito, expansão das receitas de seguros e serviços e redução nas despesas com provisões para devedores duvidosos conforme melhorou a atividade econômica. O banco vê o ritmo de negócios retomando os patamares anteriores à pandemia em 2019.

O banco teve lucro líquido recorrente de R$ 6,8 bilhões no terceiro trimestre — acima da previsão de consenso Bloomberg de R$ 6,3 bilhões. O resultado é o segundo maior da série histórica do banco, 34,5% superior ao obtido no mesmo período de 2020 e 7,1% maior do que o apurado no trimestre anterior.

A chamada margem financeira gerencial, que inclui os ganhos com operações de crédito, somou R$ 15,7 bilhões — crescimento de 2,7% em relação ao terceiro trimestre de 2020, as recuo de 0,2% em relação ao trimestre anterior.

As despesas com provisão de crédito somaram R$ 3,358 bilhões — queda de 39,9% em relação ao mesmo período de 2020 e de 3,7% na comparação com o segundo trimestre.

De acordo com o banco, a carteira de crédito expandida teve crescimento de 16,4% em 12 meses e de 6,5% no trimestre. Os financiamentos para o consumidor pessoa física tiveram expansão de 24,7% no ano e de 6,3% no trimestre, impulsionados pelo crédito imobiliário, cartão de crédito e crédito consignado. Na carteira de pessoas jurídicas, o segmento de pequenas e médias empresas teve crescimento de 27,8% no ano e 9,1% no trimestre.

As receitas com prestação de serviços atingiram R$ 8,8 bilhões, alta de 7,8% em relação ao mesmo período de 2020 e já superando os períodos que antecederam a pandemia. Segundo o Bradesco, os melhores desempenhos vieram dos negócios com cartões, conta -corrente, consórcios e crédito.

Na divulgação de resultados, o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Jr., considerou que o resultado foi relevante em todas as linhas, e destacou a recuperação dos volumes operacionais e de negócios aos mesmos patamares do período anterior à pandemia. —A recuperação da economia com o arrefecimento da pandemia trouxe de volta a demanda do cliente para novos negócios, investimentos e serviços — afirma. | Toni Sciaretta/Bloomberg Líne