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05/11/2021 - 10:00

Estado versus criminalidade


Todos acompanharam pela imprensa de todo o país a operação da Polícia Militar de Minas Gerais e Polícia Rodoviária Federal na cidade do interior de Minas Gerais, Varginha, no dia 31 de outubro, visando desmantelar uma perigosa quadrinha de criminosos de alta periculosidade, fortemente armados, voltadas para assalto a bancos.

A quadrilha, para realizar seus assaltos, utilizava-se de uma estratégia conhecida como o “novo cangaço”, que consiste em praticamente programar, de surpresa, uma invasão da cidade, utilizando armamentos pesados, explosivos, espalhando o terror e desnorteando moradores e autoridades policiais.

Recentemente, na cidade de Araçatuba, uma quadrilha de criminosos, invadiram aquela localidade, explodindo duas agências bancárias, dividindo as forças policiais e, por absurdo, usaram reféns como escudos humanos, alguns postos no teto e no capô dos veículos de fuga, uma verdadeira barbárie.

Em Minas Gerais, graças ao serviço de inteligência, em conjunto, da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal, a barbárie não ocorreu, eis que os criminosos foram surpreendidos pelas autoridades que anteciparam e fizeram cerco a bandidagem.

Ao perceberem a ação das polícias reagiram com intensas trocas de tiros, tendo o Estado saído exitoso e protegido a sociedade.

Na operação morreram 25 criminosos e foram apreendidos diversos explosivos, munições, armamentos pesados (metralhadoras, fuzis, metralhadora ponto 50, com poder de derrubar aeronaves), pregos retorcidos para impedir que veículos os perseguissem, além de diversos coletes a prova de bala, um verdadeiro arsenal de guerra.

Este noticiado, como dito no início desse artigo, foi amplamente divulgado, mas causa perplexidade algumas reações de seguimentos da sociedade questionando o trabalho das polícias que ao serem recebidos a tiros, utilizaram da força necessária para reprimir uma quadrilha, fortemente armada, de altíssima periculosidade.

O Conselho Estadual de Direitos Humanos enviou ofício ao Secretário de Estado, Justiça e Segurança Pública com questionamentos a respeito da atuação dos policiais, vez que morreram 25 criminosos.

Sua Excelência, Dr. Rogerio Greco, respondeu o ofício, explicando toda a operação realizada e questionando ao Conselho qual a atuação deste quando da morte de um policial, com tiro de fuzil, ao enfrentar uma quadrilha, que utilizava do mesmo modus operandi, no ano de 2017.

Diante da quadra de violência e de quadrilhas fortemente armadas, resta a pergunta a estes seguimentos da sociedade: O que pretendem? Uma equiparação de forças entre o Estado e bandidos? Para cada bandido morto deve haver, também, um policial?

O Estado deve ser soberano. Se alguém reage, com tiros, a presença da polícia, deve ser reprimido com todas as forças disponíveis do Estado. Não há que se falar em equiparação de forças, o que é e seria inadmissível é a morte de um policial, investido na autoridade do Estado para proteção da sociedade.

Não se está aqui defendendo abusos ou comemorando a morte de criminosos, mas separando o “Joio do Trigo”, comemorando a vida de inocentes e parabenizando o trabalho do Estado através de sua força policial.

Tenho dito!!!

. Por: Bady Curi Neto, advogado fundador do Escritório Bady Curi Advocacia Empresarial, ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) e professor universitário.

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