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05/11/2021 - 10:03

Moagem de cana registra queda na 1º quinzena de outubro, diz Unica


Na primeira quinzena de outubro a moagem de cana-de-açúcar alcançou 19,69 milhões de toneladas, o que representou uma queda de 46,77% quando comparada com o mesmo período da safra de 2020/2021 — 36,99 milhões de toneladas. O estado de São Paulo registrou 11,02 milhões (49% a menos) e os demais estados da região Centro-Sul 8,97 milhões de toneladas (-43,65%).

Desde o início do ciclo até 16 de outubro, a moagem acumulou uma queda de 9,56%. Nesse período, a quantidade de cana processada pelas usinas atingiu 487,33 milhões, ante 538,86 milhões na mesma data do último ciclo agrícola.

Em relação ao número de unidades operando, 195 empresas registraram a produção até 16 de outubro. Até o momento, 67 dessas já terminaram a produção no ciclo 2021/2022. O encerramento de mais 83 unidades produtoras está previsto para a segunda quinzena de outubro. As unidades que encerraram a safra até a primeira quinzena de outubro, tiveram uma redução de moagem de cana em relação à safra passada de 21,9%.

Produção de açúcar e de etanol — Em decorrência do baixo volume da moagem de cana na quinzena, houve uma queda generalizada na produção dos produtos da cana. A produção de açúcar retraiu em 56,28% nos últimos 15 dias do mês e atingiu 1,15 milhões de toneladas, ante 2,62 milhões de toneladas verificadas em igual período do ano anterior. A produção quinzenal de hidratado, por sua vez, alcançou 647 milhões de litros, registrando queda de 50,68%.

A respeito do aumento da quantidade de matéria-prima destinada à produção do etanol anidro, cujo percentual foi de 30,1% frente a 20,8% no mesmo período na safra anterior, a fabricação do aditivo, em função da queda na moagem, retraiu em 22,53%, totalizando 590 milhões de litros.

O executivo da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, destaca que — apesar dos preços atrativos do açúcar no mercado externo, as unidades açucareiras deixaram de produzir mais de 1 milhão de toneladas do adoçante como resultado da alteração no seu mix de produção, procurando atender seus compromissos com os contratos de açúcar e, concomitantemente, aumentar a oferta de etanol no mercado interno—.

Vendas de etanol — Na primeira quinzena de outubro, as unidades produtoras do Centro-Sul comercializaram um total de 1,04 bilhão de litros de etanol, registrando retração de 20,16% em relação ao mesmo período da safra 2020/2021. Do total comercializado no período, 29,98 milhões de litros foram destinados para o mercado externo e 1,01 bilhão de litros vendidos domesticamente. No mercado interno, as vendas de etanol hidratado alcançaram 575,25 milhões de litros, o que representa uma redução substancial de 34,31% sobre o montante apurado no mesmo período da última safra (875,61 milhões de litros). A quantidade comercializada de etanol anidro, por sua vez, segue em trajetória ascendente com variação positiva de 21,9%, com 431,36 milhões de litros vendidos em 2021 contra 353,88 milhões de litros em 2020.

O diretor da Unica explicou que o consumo de etanol hidratado segue retraindo em relação ao ano anterior como consequência da perda de competitividade do biocombustível em relação à gasolina e da priorização, por parte dos produtores, para a fabricação do etanol anidro. — O mercado segue se ajustando para que, dada as condições atuais, haja um pleno abastecimento da demanda. A oferta de etanol não coloca em risco o abastecimento do combustível renovável, seja no consumo direto de hidratado, ou no aditivo para a gasolina—, conclui.

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