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10/11/2021 - 09:11

Brasil registra 3 entre 10 dos casos de câncer de pênis diagnosticados na América Latina e Caribe

Com 1,6 mil novos casos de câncer de pênis diagnosticados em 2020, o Brasil tem a maior incidência de tumores penianos da América Latina e Caribe. A maior prevalência do mundo está no Estado do Maranhão. Doença é associada com pobreza, falta de higiene e contaminação pelo vírus HPV.

Embora raro, o câncer de pênis é um problema de saúde pública no Brasil entre as pessoas mais pobres e com baixo grau de escolaridade, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Com 6.1 casos diagnosticados para cada 100 mil habitantes, o Maranhão tem a maior prevalência de câncer de pênis no mundo1.

Em todo o país, segundo o levantamento Globocan 2020, foram diagnosticados no ano passado 1,6 mil novos casos de câncer de pênis, mais do que o dobro do México, com 696 registros, a segunda maior incidência entre os países da América Latina e Caribe. Em terceiro está a Colômbia, com 550 casos. A incidência brasileira equivale 33% de todos os tumores de pênis diagnosticados nesta região (4988). Os números observados no Brasil também são proporcionalmente altos quando o assunto é mortalidade por esta doença. O Brasil responde por 539 das 1627 mortes registradas nos países latino-americanos e caribenhos2,3.

Continente mais populoso do mundo, a Ásia teve o maior número de novos casos de câncer de pênis diagnosticados em 2020. Composta, dentre outros, por países como Camboja, Filipinas, Malásia, Singapura, Tailândia, Timor-Leste, Vietnã, a região do sudeste asiático responde por 17,3 mil destes registros de câncer de pênis2.

Novembro Azul — No novembro azul, mês de conscientização mundial sobre os tumores do aparelho reprodutor masculino, dentre eles próstata, pênis e testículo, o objetivo é alertar para a importância da prevenção, diagnóstico precoce, tratamento e reabilitação do paciente. —Em relação ao câncer de pênis, os principais fatores de risco são a falta de higiene do órgão, fimose, infecções virais e comportamento sexual de risco. É fundamental intensificar a difusão de informação qualificada sobre estes temas para a sociedade — ressalta o cirurgião oncológico Gustavo Guimarães, que é diretor do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR) e coordenador geral dos Departamentos Cirúrgicos Oncológicos do grupo BP-A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Adotar medidas de prevenção e estar atento aos sinais para não negligenciar o diagnóstico da doença é fundamental para o sucesso do tratamento, para evitar a amputação do pênis, assim como amenizar o impacto físico, sexual e psicológico associado ao tratamento. Além disso, o perfil socioeconômico e o formato de acesso aos serviços de saúde especializados refletem no percentual de pacientes vivos cinco anos após o tratamento. Quando a doença está localizada (restrita à próstata), o paciente tem 82% de chance de sobrevivência em cinco anos. Considerando todos os casos registrados nos Estados Unidos, independentemente da fase de descoberta da doença, 67% vivem, ao menos, cinco anos ou mais4.

Prevenção e diagnóstico precoce — O câncer de pênis é uma doença evitável. As principais medidas preventivas são lavar o órgão com água e sabão (incluindo a glande). De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SUS), a fimose aumenta em quatro vezes o risco de surgimento de lesões malignas na glande e prepúcio. A entidade recomenda a realização do autoexame do pênis, com repetição mensal, como estratégia simples para a identificação precoce de lesões de aspecto suspeito. Recomenda-se também vacinar os meninos contra o vírus HPV (a vacina está disponível no SUS) e realizar sexo com proteção.

Por sua vez, caso a doença ocorra, é fundamental que o paciente tenha acesso ao diagnóstico precoce. “Descobrir a doença cedo não só aumenta as chances de sucesso no tratamento, como também diminui o risco de amputação do pênis”, explica Gustavo Guimarães. De acordo com a SBU, são realizadas mil amputações anuais de pênis no Brasil, mutilação física que também impacta a vida sexual e o emocional do paciente5. A maioria dos casos de câncer de pênis é observada em homens de 50 a 70 anos de idade. “Por sua vez, cerca de um terço dos pacientes tem menos de 50 anos”, ressalta Guimarães.

Sintomas: Dor | Mudança na cor e textura da pele do pênis | Crescimento ou lesão semelhante a verrugas que podem ou não ser dolorosas | Coceira | Ferida que não cicatriza | Erupção avermelhada | Inchaço | Corrimento persistente e fedido | Linfonodos inchados na virilha.

Tratamento — A abordagem terapêutica é definida caso a caso. A cirurgia é adotada na maioria das vezes. Quando o câncer peniano está restrito ao prepúcio, é indicada a circuncisão. Quando o tumor é pequeno, pode se optar por uma excisão simples ou pela penectomia parcial. Para a doença mais avançada é necessária a penectomia total (que consiste na remoção de todo o pênis com redirecionamento da uretra por trás dos testículos. — Nesses casos, uma uretrostomia (buraco) é feita para que seja possível urinar — explica Guimãraes.

Também pode-se optar por cirurgia à laser, cirurgia de Mohs, assim como a radioterapia, que pode ser usada para tratar tumores em estágio inicial, combinada com a cirurgia, para remover linfonodos e para controlar a disseminação e ajudar a aliviar os sintomas em estágios avançados. Mais informações sobre epidemiologia, prevenção, diagnóstico, fases da doença e tratamento estão disponíveis em https://www.iucr.com.br/cancer-penis.

O IUCR — O Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica(IUCR ) Dr. Gustavo Guimarães, criado em 2013, é especializado na prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação do paciente com câncer. A equipe médica é formada por profissionais altamente especializados em uro-oncologia, cirurgia oncológica e oncologia clínica, sob a liderança do cirurgião oncológico Dr. Gustavo Guimarães, que possui mais de 20 anos de atuação e dedicação à assistência do paciente, ao ensino e à pesquisa científica nessa área.

Guimarães desenvolveu ampla experiência em tecnologias e procedimentos minimamente invasivos como cirurgia laparoscópica, ultrassom focalizado de alta intensidade-HIFU e cirurgia robótica, tendo desenvolvido um consistente Programa de Consultoria e Capacitação sobre Cirurgia Robótica para Instituições de saúde em todo o país, que engloba a implantação, o desenvolvimento das diversas técnicas cirúrgicas e a capacitação das equipes.

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