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01/06/2008 - 07:07

Evento sobre Sustentabilidade no Mercado Segurador antecipa oportunidades de novos negócios

O mercado de seguros tem que se direcionar para oferecer produtos que incluam os três Ps. (Profit, People e Planet, ou Lucro, Pessoas e Planeta). Esta foi a conclusão de Leo Johnson, mestre em Economia Ambiental pela Universidade de Londres, e co-fundador da consultoria Sustainable Finance, consultor para o IFC (braço financeiro do Banco Mundial), durante sua palestra no Workshop Sustentabilidade no Mercado Segurador, realizado no dia 28 de maio, pelo CEBDS em parceria com a Fenaseg.

De acordo com Leo, os 100 participantes presentes ao evento fazem parte de um grupo privilegiado: o primeiro grupo de seguradores no mundo que falou sobre as expectativas de seus negócios sob o viés da sustentabilidade.

O evento visou orientar os profissionais de bancos e seguradoras sobre a importância de criar produtos que levem em consideração a sustentabilidade dos negócios, mas principalmente do Planeta, sempre pelo ponto de vista da prevenção, gestão de risco e as vertentes sociais, econômicas e ambientais, sem perder o foco nas oportunidades que a sustentabilidade traz.

Para Marina Grossi, coordenadora da Câmara Técnica de Mudanças do Clima do CEBDS, o encontro se faz necessário devido à importância desse segmento na economia brasileira e às diversas mudanças climáticas que têm levado as seguradoras a terem muitos prejuízos no exterior. “As seguradoras têm de iniciar um processo de análise dos riscos decorrentes do aquecimento global. Hoje percebemos que já há uma conscientização, há grupos de interesse no tema que já iniciaram diálogos, como aqueles formados pelos Bancos, e agora também surge o interesse das Seguradoras nas questões da gestão adequada destes riscos que, muitas vezes, ainda não são mensuráveis ou quantificáveis”, explicou Marina.

Leo falou da sustentabilidade nos negócios sob a veia do risco e de oportunidades. Citou alguns exemplos e pontuou as oportunidades das seguradoras em criar produtos destinados a esses efeitos. “Em casos de furacão, por exemplo, já é possível, em áreas de risco, minimizar os riscos por meio de incentivo a ações que minimizem seus efeitos. Já é possível reforçar as construções, desenvolver fontes de energia solar que possibilitem a continuidade de fornecimento de energia após construções serem atingidas por fenômenos naturais; com essas simples atitudes, as chances de perdas são menores e nesses casos todo mundo sai ganhando”.

O risco pode estar mudando para as empresas de seguro. Além dos riscos, Leo falou das oportunidades para o mercado segurador ao enfrentar as mudanças climáticas. Segundo Johnson, “A água é fonte de negócios essenciais para seguradoras no Brasil. Eu me concentraria nesse nicho aqui no País”.

Sobre a postura das empresas seguradoras, Leo enfatizou: “É totalmente possível criar novas coberturas com tais enfoques. Mas antes é preciso compreender as demandas de mercado e que os seguradores têm potencial de tornarem-se agentes de mudanças e indutores de novos hábitos”, acredita Leo Johnson.

No caso da criação de novos produtos as empresas devem avaliar os seguintes riscos: físico, legal, reputacional, cadeia de suprimentos, produto, mercado. E observou ainda que as empresas seguradoras devem assumir uma atitude estratégica e não apenas pensar em fechar negócios. “É função das seguradoras: mapear os riscos, aprofundar a análise do risco e principalmente auxiliar os clientes a enfrentá-los. Não se trata apenas de levantar a bandeira da sustentabilidade, mas sim tomar atitudes nesse sentido que se transformem em alternativas que agreguem valor ao seguro. Sustentabilidade não é simplesmente se negar a pagar os prejuízos quando alguma dessas catástrofes acontecem”, finalizou.

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