PIX, após 1 ano, preferência nas transferências e pagamentos

Provavelmente você já ouviu ou fez estas perguntas: "qual a sua chave Pix? Posso pagar com Pix?". Não é para menos, agora em novembro a nova alternativa de pagamento instantâneo completa 1 (um) ano de funcionamento.

Quando o Banco Central, em 16 de novembro de 2020, colocou no mercado uma novidade de serviço financeiro que facilitaria os pagamentos e transferências de valores entre pessoas (físicas e jurídicas), esperava-se uma grande adesão do público, uma vez que oferecia agilidade quase instantânea, no máximo 10 segundos para o dinheiro estar disponível na conta do recebedor.

Somente com uma informação, a chave PIX é o suficiente para ter os dados de destino do pagamento ou da transferência. Ainda, há possibilidade de acessar o sistema 24 horas por dia durante todos os dias do ano. E mais, as pessoas físicas estão isentas de pagar tarifas. Bem diferente das alternativas que eram utilizadas e ainda estão disponíveis no mercado (TED ou DOC).

A proposta do Banco Central ao colocar o Pix tinha e tem como objetivos oferecer uma nova dinâmica no mercado financeiro, agilidade, redução de custos, maior competitividade, menor intermediação nas transações e muitos outros.

Desde a sua implantação, o Bacen vem cumprindo uma agenda evolutiva, implementado novas possibilidades de uso dentro do PIX. Em 29 de setembro, integrou o Pix ao Open Banking como iniciador de pagamentos, solução que permite fazer compras em lojas virtuais sem a necessidade de usar o aplicativo do banco. O pagamento é feito via Pix no mesmo ambiente da compra.

Estão previstas para 29 de novembro outras duas aplicabilidades: o Pix Saque e o Pix Troco, que permitirão ao usuário sacar dinheiro ou receber troco em um estabelecimento comercial que aceite trabalhar utilizando estas opções. Na agenda,outras aplicabilidades como o Pix Cobrança e Débito Automático no PIX deverão surgir nos próximos meses.

Para ter uma ideia da aceitação do PIX, o Bacen divulgou uma estatística fechada em 31 outubro de 2021. O total de chaves Pix ativas é de 348 milhões, lembrando que a chave pode ser o CPF, CNPJ, E-mail, Celular ou uma Chave Aleatória e que cada usuário pode ter mais do que uma chave Pix. Em novembro de 2020, foram realizadas 27,6 milhões de transações via Pix; em setembro de 2021, um pouco mais do que 1 (um) bilhão de transações.

O volume financeiro das transações Pix somou R$ 25 bilhões em novembro de 2020, já em setembro de 2021, ultrapassou R$ 554 bilhões. Em outubro de 2021, 75% da quantidade das transações foram entre pessoas físicas (P2P – Pessoa para Pessoa). No mesmo mês, 34,5% dos usuários estão entre 20 e 29 anos, 31,3% entre 30 e 39, 18,2% entre 40 e 49, 7,9% entre 50 e 59, 3,6% com mais de 60 anos e 4,5% até 19 anos.

Atualmente são 762 instituições credenciadas pelo Bacen que atuam no sistema Pix. No decorrer dos últimos 12 meses, outro ponto que se destacou negativamente foi o fator segurança, não em relação ao sistema, mas sim à integridade física dos usuários, fator que fez o Bacen restringir o valor máximo de transferência para R$ 1.000,00 no período das 20h às 6h.

Podemos evidenciar que após um ano de uso, o novo sistema de pagamento é um sucesso, visto os números apresentados anteriormente e facilidade que temos para fazer uma transferência ou um pagamento qualquer.

. Por: Joni Tadeu Borges, especialista em Administração de Empresas e Comércio Exterior, tem MBA em Finanças Corporativas e Gestão de Riscos e três livros publicados na área. É professor de cursos de graduação e pós-graduação nas disciplinas de Comércio Exterior do Centro Universitário Internacional Uninter.

Enviar Imprimir