MVC colabora para a inclusão de portadores de necessidades especiais no mercado de trabalho

Empresa é exemplo de responsabilidade social.

São José dos Pinhais - Com o objetivo de valorizar o ser humano e ampliar as ações de responsabilidade social, a MVC, empresa líder nacional na produção de componentes plásticos e pertencente à Marcopolo S/A, começou há 10 anos o projeto de contratação de pessoas portadoras de necessidades especiais em suas unidades fabris. Este projeto cresceu, conta hoje com 21 colaboradores e deve chegar a 30 ainda no primeiro semestre.

Portador de deficiência auditiva Enoque Panasiuk, que trabalha na área de Extrusão da MVC, é um dos símbolos das comemorações dos 10 anos de existência do projeto de contratação de pessoas portadoras de necessidades especiais. O próprio Enoque explica que, em 1998, começou a sua trajetória profissional na empresa, adquirindo respeito dos profissionais que trabalham ao seu lado. Ele se considera um bom profissional, afirma com orgulho que nunca falta ao trabalho e que gosta de ajudar as pessoas. Em função do seu gosto pela atividade profissional e pelo bom relacionamento com os colegas, não pensa em deixar a empresa tão cedo.

Gerissa da Costa, da CasaPrática, divisão de casas da MVC, também com deficiência auditiva, trabalha na empresa há dois anos. Como Enoque, encontrou na empresa a primeira experiência profissional. "Comecei nas máquinas. Não sabia nada, mas os colegas me ensinaram e agora sei tudo", comenta a colaboradora, que hoje tem outra função no setor. Persistente e sonhadora, Gerissa pensa em prestar vestibular para Medicina Veterinária, o que não significa que pense em abandonar a MVC. "Gosto de tudo, das pessoas, do que faço. Espero continuar aqui por bastante tempo", salientou.

O programa social - Eugênio Anthero, coordenador de Recursos Humanos da empresa, explica que, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há mais de 15 anos, o grupo de trabalhadores com necessidades especiais vem aumentando - ainda que lentamente - na população economicamente ativa do Brasil. De acordo com essas estatísticas, eles já ocupam mais de 80 mil postos de trabalho em todo país, mas existem 25,5 milhões de brasileiros portadores de algum tipo de deficiência.

“Aos poucos, as empresas vão se adequando à Lei Federal 8.213/91, que obriga as empresas com mais de 100 empregados a ter em seu quadro de funcionários de 2% a 5% de portadores de necessidades especiais, mas o caminho de quem busca a inclusão ainda é muito difícil. Grande parte deles está fora do mercado de trabalho por falta de qualificação, preconceito da sociedade e outros por falta de apoio da família, que o considera um "deficiente", ou seja, que deveria ser aposentado! Temos depoimentos de portadores, que querem trabalhar e a família quer aposentá-lo por invalidez,” ressalta.

O executivo explica que na MVC foi diferente. "Sempre buscamos incluir portadores de necessidades especiais no nosso quadro porque acreditamos no potencial e na capacidade deles", complementa. Mas, o executivo reconhece que encontrar estes profissionais não é uma tarefa fácil e explica que embora a empresa eventualmente ofereça vagas para deficientes, a demanda do mercado é maior que a oferta. | Foto: Enoque Panasiuk | Site: www.mvc-marcopolo.com.br