Missão aproximou empresariado brasileiro dos árabes

Representantes de companhias brasileiras tiveram agenda de negócios nesta semana nos Emirados Árabes Unidos, como parte da missão da CNI ao país, que ocorreu com apoio da Câmara Árabe.

A Confederação Nacional da Indústria encerrou no dia 19 de novembro (sexta-feira) as atividades da missão comercial que organizou para os Emirados Árabes Unidos, no qual brasileiros puderam fazer contatos de negócios e conhecer de perto as oportunidades e a realidade econômica do país árabe. A delegação foi a maior já enviada aos Emirados e contou com mais de 320 representantes de 230 companhias brasileiras, segundo informações da assessoria de imprensa da CNI.

A missão teve início no dia 13 de novembro, primeiro com debates nos quais lideranças do setor privado e público do Brasil e Emirados emitiram suas posições sobre a relação dos dois países, e a partir do dia 16 com agenda voltada a negócios. No dia 17 de novembro (quarta-feira), a CNI assinou um memorando com a Federação das Câmaras de Comércio e Indústria dos Emirados Árabes Unidos (FCCI) que criou um Conselho Empresarial Brasil-Emirados Árabes Unidos.

A Câmara de Comércio Árabe Brasileira foi uma das instituições que apoiou a realização da missão da CNI. Na abertura da programação de negócios, no dia 16 (terça-feira), a diretora de Novos Negócios, Daniella Leite, deu dicas aos empresários sobre a entrada no mercado árabe. Segundo ela, a visita ao país é um primeiro passo, importante para conhecimento in loco, mas deve ser seguida de um planejamento estratégico de internacionalização, adequação de produtos se necessário, análise de competitividade e continuidade nos contatos.

Também na abertura da agenda de negócios, o diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael Lucchesi, falou que vê nos Emirados oportunidades de parcerias comerciais e investimentos para as empresas brasileiras. Segundo ele, os países da Europa e América do Norte já deixaram claro, como legado de emergência da covid-19, que não vão mais ficar reféns da China e da Índia. — Por que não o Brasil enxergar isso como uma oportunidade? — disse. Falaram no evento também o chefe do escritório da Câmara de Comércio e Indústria de Dubai (Dubai Chamber) no Brasil, João Paulo Paixão, e o diretor de Negócios da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Lucas Fiuza.

No mesmo dia, após a abertura na qual vários especialistas falaram, os brasileiros tiveram rodadas de negócios com empresários árabes. — Gerou muitos contatos — disse Daniella Leite sobre esse dia. A Câmara Árabe auxiliou no agendamento de reuniões da missão e na prospecção de executivos árabes para networking com a delegação do Brasil. Isso, segundo Leite, mostrou como é importante a existência do escritório da Câmara Árabe em Dubai. Ele foi aberto em 2019.

Além de participar de fóruns e seminários com autoridades, os empresários da missão fizeram visitas técnicas em diferentes regiões dos Emirados Árabes Unidos. Eles foram recebidos na Prefeitura de Dubai, no Centro Financeiro de Abu Dhabi, no Parque de Pesquisa, Tecnologia e Inovação de Sharjah, entre outros locais. A missão ocorreu por ocasião da participação brasileira na exposição  universal Expo 2020 Dubai, que ocorre nos Emirados entre outubro de 2021 e março de 2022. | ANBA