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08/12/2021 - 09:48

Unidades da Universidade Oxford se instala no Rio de Janeiro


Pesquisadores brasileiros e da Universidade de Oxford vão atuar juntos em cooperação inédita. Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e representantes da instituição inglesa participaram de cerimônia no Rio de Janeiro. O Centro de pesquisa será o primeiro construído pela Universidade Oxford nas Américas. Instituto Carlos Chagas e Centro Cultural do Ministério da Saúde serão as sedes de Oxford no Rio de Janeiro.

Uma cooperação inédita entre o Brasil e a Universidade de Oxford, do Reino Unido, trará avanços significativos em pesquisa científica para o país. Com a instalação de um novo centro administrativo na cidade do Rio de Janeiro, pesquisadores brasileiros atuarão ao lado de pesquisadores ingleses fortalecendo a cultura da ciência e da pesquisa em saúde em solo brasileiro. Nessa parceria internacional, os primeiros projetos, que já estão em andamento, vão discutir temas como Cardiologia, Inteligência Artificial, Atenção Primária e Covid-19.

O marco desse intercâmbio científico ocorreu no dia 06 de dezembro (segunda-feira), no Centro Cultural do Ministério da Saúde, no Centro do Rio de Janeiro, quando o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e representantes da instituição inglesa participaram da cerimônia. —A parceria com o Reino Unido é natural, são países amigos, que cultivam a tradição e o investimento na educação e na saúde. O Sistema Único de Saúde (SUS) foi feito à semelhança do Serviço Nacional de Saúde (NHS) e é uma grande referência para nós —afirmou Queiroga.

A iniciativa é mais um passo do Brasil na relação com a Universidade de Oxford, que foi a responsável pelo desenvolvimento dos estudos clínicos da vacina AstraZeneca, imunizante contra a Covid-19, que já conta com mais de 118 milhões de doses distribuídas para todo País. —A parceria entre a Universidade de Oxford e a Fiocruz proporcionou a melhor vacina de custo-efetividade dentre os imunizantes usados no PNI. Isso é fruto de pesquisa, da colaboração e do esforço de todos nós para termos em uma instituição pública, a produção de vacinas com Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) nacional. Isso é uma conquista de todos os brasileiros — ressaltou.

A cooperação entre as autoridades brasileiras em prol do conhecimento científico e do desenvolvimento do país foi reconhecida pelo professor Andrew Pollard, representante da Universidade de Oxford. —É uma honra muito grande estar com vocês, porque foi o trabalho de muitos que nos possibilitou que isso acontecesse hoje. Muitas das pessoas daqui tiveram influência direta no resultado que tivemos com a Oxford/Astrazeneca, e por isso temos um cenário mais tranquilo em relação à pandemia —observou o cientista.

Outro aspecto importante da parceria, de acordo com ele, é a questão educacional. —Temos muitos jovens talentosíssimos no Brasil, que gostariam de estudar, e queremos proporcionar a eles essa oportunidade. Fazer com que esses jovens possam estudar vacinas e doenças infecciosas em nossos programas — planejou o cientista, que disse estar orgulhoso em celebrar a parceria em solo brasileiro.

A pesquisadora brasileira Sue Ann Cost Clemens, que conduziu as pesquisas em parceria com o Ministério da Saúde, agradeceu a confiança da instituição no Brasil e nos brasileiros e reforçou o caráter pedagógico e científico da iniciativa. —Temos dois grandes objetivos. Um deles é a educação: capacitar pessoas e fazer adaptações às necessidades dos profissionais brasileiros e trabalharmos juntos, em parceria com as instituições locais; e a pesquisa, que demonstramos que sabemos fazer mas queremos ampliar, do A a Z, de identificação do antígeno até o registro internacional —concluiu.

O marco inicial desse intercâmbio científico contou também com a presença do prefeito do Rio, Eduardo Paes, do secretário estadual de Saúde, Alexandre Chieppe, do Embaixador britânico no Brasil, Peter Wilson, e do representante da Universidade de Oxford, Andrew Pollard, entre outras autoridades. A unidade promoverá pesquisas científicas com foco na saúde em conjunto com centros de tecnologia do Ministério da Saúde, como o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o Instituto Nacional do Coração (INC) e o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO).

Para o prefeito Eduardo Paes, é um orgulho para a cidade receber uma unidade da Oxford na capital: —O Rio de Janeiro agora consolida a sua posição de ser a ponta da tecnologia, da pesquisa nessa área da saúde. Essa já é uma característica forte do Rio, que tanto nos orgulha. É evidente que o Brasil tem tantas outras cidades com profissionais capazes, mas sei que a decisão política de trazer a instituição para a cidade do Rio é algo que não vamos esquecer. Eu diria que esse é um dos pontos de virada mais importantes da história recente da cidade do Rio de Janeiro.

A parceria é mais um passo do Brasil na relação com a Universidade de Oxford, que foi a responsável pelo desenvolvimento dos estudos clínicos da vacina AstraZeneca, imunizante contra a Covid-19, que já conta com mais de 118 milhões de doses distribuídas para todo país.

— Com o apoio de todos nós vamos vencer os desafios. E, sobretudo, o nosso único inimigo, o novo Coronavírus. E nós estamos conseguindo porque temos um grande aliado, o Sistema Único de Saúde. Afinal de contas, a saúde é um direito fundamental, a saúde é um direito de todos e um dever do Estado, de garantir políticas sociais e econômicas. O SUS é, sobretudo, a nossa atenção primária. É com as unidades básicas que vamos fazer a verdadeira revolução na saúde do Brasil. O Rio de Janeiro é um exemplo na atenção primária, e nós temos trabalhado duro para ampliar e espalhar para todo o Brasil. A parceria com o Reino Unido é natural, porque ela data da origem do Estado brasileiro –—disse o ministro Marcelo Queiroga.

Por ano, só no Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos, o Ministério da Saúde investe mais de R$ 150 milhões em pesquisa científica para atender às necessidades do sistema de saúde brasileiro. Em mais de 20 anos, foram financiadas mais de sete mil pesquisas só nesse departamento que coordena o fomento à pesquisa, pesquisa clínica, evidências e informações estratégicas para a gestão em saúde, genômica e medicina de precisão.

A parceria — O ponta pé inicial para que a parceria se concretizasse aconteceu durante visita do ministro Marcelo Queiroga à universidade, na Inglaterra. A medida foi celebrada com a assinatura de um termo de compromisso entre o Ministério da Saúde e a instituição inglesa. Essa será a primeira unidade da universidade nas Américas. A previsão é que seja instalada até o ano que vem.

A iniciativa tem o apoio do Governo Britânico e o suporte acadêmico e científico da Universidade de Siena, na Itália, do Institute for Global Health, do Internacional Vaccines Institute e de outras entidades pelo mundo. No Brasil, é parte das ações do Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT) da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) do Ministério da Saúde.

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