Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

01/06/2008 - 08:25

Déficit na balança comercial do setor gráfico cresce 302% no primeiro trimestre

Segmento de cadernos perde dinamismo e exporta 44% menos no periodo em questão. Segmento editorial (livros e revistas) são responsáveis por maior fatia das importações, 45%.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC), no primeiro trimestre de 2008 as exportações da indústria gráfica brasileira totalizaram o valor de US$ 64,97 milhões, representando crescimento de 10,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando somou US$ 58,61 milhões. Já as importações atingiram US$ 82,10 milhões, um crescimento de 30,7% ante os US$ 62,89 milhões registrados nos três primeiros meses de 2007.

Em vista desses resultados, o saldo da balança comercial do setor encerrou o primeiro trimestre de 2008 com déficit de US$ 17,6 milhões. O valor é 302% maior do que o verificado em igual período de 2007, quando saldo negativo somou US$ 4,28 milhões. “A sobrevalorização de nossa moeda é a principal causa do problema”, acentua o presidente da entidade, Mário César de Camargo, explicando: “A taxa média de câmbio que vigorava no primeiro trimestre de 2007 era de 2,1085 reais por dólar; agora, já chega a 1,7377 real por dólar”.

No tocante às importações, os produtos editoriais (livros e revistas) foram responsáveis por US$ 37,6 milhões, ou 45% do total importado. Outros segmentos que também contribuíram para o forte incremento das compras no exterior foram cartões impressos (US$ 20,1 ou 24,3% do total) e embalagens (US$ 12,9 milhões ou 14%).

Quanto às exportações, o segmento de cadernos, que vinha contribuindo muito nos últimos anos para que a indústria gráfica tivesse superávit comercial, perdeu dinamismo, apresentando queda de 44% em relação ao primeiro trimestre de 2007. As embalagens lideraram as exportações no trimestre, com US$ 25,5 milhões (39% do total), seguidas de cartões impressos (US$ 12,9 milhões ou 18,7%).

Apesar do quadro negativo, o presidente da Abigraf lembra que as exportações representam menos de 2% das vendas gráficas totais, o que não chega a afetar, de forma muito significativa, o desempenho final do setor. “A indústria gráfica brasileira, de forma geral, segue em crescimento, acompanhando de perto a evolução do PIB. Em 2007, nossa receita atingiu R$ 17 bilhões, ou seja, 4,5% maior do que no ano anterior. E ao contrário do que acontece no resto do mundo, o setor gráfico no Brasil segue criando novos postos de trabalho e aumentando sua base de empresas”, destaca Camargo.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira