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14/12/2021 - 08:16

Fiocruz inaugura Biobanco Covid-19 com presença do Ministro da Saúde


O Biobanco tem capacidade para armazenar 1,5 milhão de amostras. O empreendimento de 1100 m2 de área, que recebeu o investimento de R$ 40 milhões do Ministério da Saúde, com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) inaugurou o Biobanco Covid-19 (BC19-Fiocruz), no dia 13 de dezembro (segunda-feira), no campus Expansão, no Rio de Janeiro. O evento contou com as presenças do Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga; da Presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima; e do Secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, entre outros representantes. Esse é o primeiro biobanco no Brasil direcionado ao armazenamento de material humano e não humano.

O BC19-Fiocruz tem capacidade de armazenar até 1,5 milhão de amostras de vírus, bactérias e fungos que podem surgir em uma pandemia com vírus originário no Brasil e, inclusive, de outra parte do mundo. O investimento do Ministério da Saúde foi estimado em R$ 40 milhões, entre o projeto, a obra e a estruturação do parque tecnológico permanente. A construção contou ainda com apoio complementar do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

O BC19-Fiocruz, ação conjunta das Vice-presidências de Gestão e Desenvolvimento Institucional (VPGDI) e de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB), possibilitará a concepção e condução de pesquisas, desenvolvimento tecnológico e ensaios clínicos relacionados à Covid-19, independentemente da localização geográfica do material biológico humano e dos vírus. Com capacidade para armazenar até um milhão e meio de amostras de materiais biológicos humanos e não humanos, a nova unidade da Fundação contribuirá de forma decisiva para a ciência brasileira.

—É um grande avanço para a ciência e tecnologia. Vai propiciar pesquisas, colocando o Brasil num grupo restrito de países com biobancos com essa capacidade. Com essa estrutura, ficamos mais seguros em dar respostas, não só a pandemia da Covid-19, mas outras possíveis emergências sanitárias — comentou o ministro Marcelo Queiroga.

Marcelo Queiroga, ainda disse que o investimento da pasta é um compromisso com o presente, mas, sobretudo, com o futuro. Conforme o ministro, junto ao trabalho que será realizado no local, o Brasil mostra que tem condição de intensificar a capacidade de identificação desses vírus após o fortalecimento da estrutura dos Laboratórios Estaduais de Saúde Pública (Lacens).

—Hoje temos muito mais Lacens do que tínhamos antes, e a prova disso é que identificamos uma das mutações desse vírus aqui no Brasil, a gama, importante para a condição da saúde pública brasileira, mas também em nível mundial —disse.

Segundo o ministro, atualmente o país vive espreitado por outras possíveis variantes desse vírus, como é o caso da Ômicron, que foi conhecida recentemente por cientistas na África do Sul. Ele criticou possíveis punições aos países que identificam novas mutações do vírus.

—Já foram identificados 11 casos no Brasil, com certeza deve haver mais. Quando se identifica uma variante não é o caso de punir o país que identificou. Temos, sim, que aplaudir quem identifica essas variantes do vírus para que possamos nos preparar melhor para combater essas ameaças imprevisíveis causadas por mutações do vírus —disse.

O ministro Queiroga lembrou que recentemente o Brasil firmou compromisso no âmbito do G20 para fortalecimento do sistema de saúde de acesso global e da ampliação do acesso a imunizantes e insumos estratégicos para o enfrentamento não só dessa emergência sanitária causada pelo novo coronavírus, mas outras que podem surgir em função de mutações do próprio vírus ou de outros que comprometam a segurança na sociedade.

—Esse investimento na área da pesquisa, ciência e tecnologia é fundamental para ampliar essa capacidade de resposta — disse.

Segundo o ministro, a Fiocruz e a sua pasta são indissociáveis e que o Ministério da Saúde pode ser considerado um filho da fundação, porque resulta da centenária tradição de saúde pública do país, liderada por Oswaldo Cruz, Carlos Chagas.

Para o ministro, o legado que os dois cientistas deixaram permanecerá vivo para sempre e talvez por isso o Brasil tenha uma capacidade tão grande de vacinar a população. —O Brasil hoje é um exemplo mundial em relação à campanha de imunização contra a covid-19 e é por isso que nos últimos seis meses tivemos uma redução expressiva do número de casos e de óbitos decorrentes da covid-19 e resultou consequentemente em uma menor pressão sobre nosso sistema de saúde e uma esperança de contermos o caráter pandêmico da covid-19 e vivermos no tão ansiado pós covid —completou.

O empreendimento de 1100 m2 de área, que recebeu o investimento de R$ 40 milhões do Ministério da Saúde, com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, funcionará como um centro provedor de serviços altamente qualificados e materiais biológicos, com áreas laboratoriais com classificação de nível de biossegurança 2 (NB2), permitindo colaborações nacionais e internacionais, além de fortalecer o mercado interno e reduzir a dependência internacional do Brasil na área. Com os materiais biológicos e dados armazenados no Biobanco, os pesquisadores poderão desenvolver estratégias baseadas em evidências, projetar protocolos de tratamento e previsões baseadas na medicina de precisão.

— Essa é uma plataforma que chega para reforçar o enfrentamento à pandemia e a preparação frente a novas emergências sanitárias. Foi um trabalho conjunto que envolveu toda Fiocruz pensando no futuro da vigilância e da saúde pública no Brasil — destacou a presidente da Fundação, Nísia Trindade Lima.

Na visão de Queiroga, a Fiocruz tem dado uma contribuição extraordinária em relação ao combate da covid-19 e a mais significativa, para ele, é a relativa à encomenda tecnológica feita ao Laboratório AstraZeneca com transferência de tecnologia, tendo como resultado a produção da vacina com IFA nacional, que está em fase final de processo regulatório para a aprovação.

—[O IFA] Permitirá que tenhamos a condição de produzir até 480 milhões de doses no ano de 2022. É um extraordinário avanço que decorre da união de todos. Do governo federal, que alocou recursos expressivos nessas ações, da Fundação Oswaldo Cruz, com a capacidade que têm os seus pesquisadores; o fortalecimento do complexo industrial de BioManguinhos no futuro em Santa Cruz e deixar, sim, um legado para o nosso Sistema Único de Saúde —disse, acrescentando que a criação do SUS —foi uma aposta dos nossos constituintes de 1988, que se mostrou ao longo do tempo muito acertada—.

— Saúde como direito fundamental, saúde como direito de todos e dever do Estado. Quero parabenizar a todos que integram a Fundação Oswaldo Cruz por esse Biobanco e dizer que estamos cada dia mais seguros em relação a problemas sanitários — disse Queiroga.

O projeto do BC19-Fiocruz é fruto de debates que envolveram potenciais usuários a partir de um grupo de trabalho constituído por profissionais de diferentes áreas da instituição como engenharia, arquitetura, qualidade, biossegurança e bioproteção, virologia, biologia molecular, entre outros. O empreendimento contou com investimento do Ministério da Saúde estimado em 40 milhões de reais, entre o projeto, a obra e a estruturação do parque tecnológico permanente, além de um apoio complementar do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

A gerente - geral do BC19-Fiocruz, Manuela da Silva, destaca o pioneirismo da iniciativa da Fiocruz: — O Biobanco representa um diferencial. Esse é o resultado de um antigo projeto para implantar o Centro de Recursos Biológicos em Saúde da Fiocruz constituído por vírus, bactérias, fungos e protozoários e outros materiais biológicos de interesse taxonômico, epidemiológico e biotecnológico. Essa infraestrutura seguirá todos os requisitos legais, de qualidade, biossegurança e bioproteção nacionais e internacionais—.

Serviço qualificado — O Biobanco, iniciativa pioneira, está instalado em uma área de 1,1 mil metros quadrados e vai funcionar como um centro provedor de serviços altamente qualificados e materiais biológicos, com áreas laboratoriais de classificação de nível de biossegurança 2 (NB2).

De acordo com a Fiocruz, isso vai abrir espaço para colaborações nacionais e internacionais, além de fortalecer o mercado interno e reduzir a dependência internacional do Brasil nessa área. Com a estrutura, os pesquisadores poderão desenvolver estratégias baseadas em evidências, projetar protocolos de tratamento e previsões baseadas na medicina de precisão, a partir dos materiais biológicos e dados armazenados no Biobanco.

—O Biobanco representa uma resposta concreta à demanda urgente do SUS [Sistema Único de Saúde], proporcionando uma estrutura pioneira em um momento de emergência sanitária e traz o resultado de um antigo projeto para implantar o Centro de Recursos Biológicos em Saúde da Fiocruz constituído por vírus, bactérias, fungos e protozoários e outros materiais biológicos de interesse taxonômico, epidemiológico e biotecnológico, que garantirá o apoio para a preparação e rápidas respostas às futuras emergências de saúde pública —disse a gerente-geral do BC19-Fiocruz, Manuela da Silva.

O projeto tem autonomia no abastecimento de água; sistema de descontaminação de efluentes com estação de tratamento de esgoto próprio; central de gases diversos, incluindo nitrogênio líquido, destinado aos equipamentos de criopreservação; além de diversos sistemas específicos para garantir a segurança e a rastreabilidade das amostras, atendendo aos requisitos legais de qualidade, biossegurança e bioproteção.

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, disse que a nova unidade da fundação contribuirá de forma decisiva para a ciência brasileira. —Este evento de hoje, para nós, tem um significado especial, para as ações de ciência, tecnologia e inovação, e para as ações de vigilância em nosso país —disse.

Nísia Trindade disse que além de enfrentamento da emergência sanitária da covid-19, a criação do novo centro de pesquisa é fundamental para o futuro da vigilância e da saúde pública no Brasil, que também se depara com a questão de preparação frente a possíveis emergências sanitárias.

— Em todo o mundo, esta é hoje uma pauta prioritária que vai além da saúde. É a pauta da vida, da possibilidade de um desenvolvimento sustentável com equidade e que faz com que as nações estejam preparadas para as emergências — disse.

Projeto — O projeto do BC19-Fiocruz foi elaborado após debates que envolveram potenciais usuários reunidos em um grupo de trabalho constituído por profissionais de diferentes áreas da instituição, entre elas, a de engenharia, arquitetura, qualidade, biossegurança e bioproteção, virologia, biologia molecular.

Legado para o SUS — A construção do empreendimento teve como base três princípios valorizados pela Fiocruz: sustentabilidade, acessibilidade e conforto dos usuários, com a capacidade de armazenar materiais biológicos em condições adequadas de temperatura, umidade e pressão. Sua estrutura será permanente, constituindo mais um legado para o SUS. Futuramente, será possível ampliar o projeto, com expansão horizontal e vertical em mais um pavimento.

O projeto conta com autonomia no abastecimento de água; sistema de descontaminação de efluentes com Estação de Tratamento de Esgoto próprio; central de gases diversos, incluindo nitrogênio líquido, destinado aos equipamentos de criopreservação; além de diversos sistemas específicos para garantir a segurança e a rastreabilidade das amostras.

O Biobanco Covid-19 da Fiocruz começará a receber material biológico no início de 2022. Mais informações no site do BC19-Fiocruz: https://biobanco-covid19.fiocruz.br

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