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04/01/2022 - 09:15

Balança comercial brasileira registra superávit de US$ 61 bilhões em 2021, diz Secex/ME


Com a aceleração do preço das commodities (bens primários com cotação internacional), a balança comercial encerrou 2021 com recorde. Saldo resultante de US$ 280 bilhões em exportações e US$ 219 bilhões em importações; indústria da extração puxa desempenho positivo. Para 2022, o Ministério da Economia prevê superávit de US$ 79,4 bilhões.

A balança comercial brasileira fechou 2021 com superávit de US$ 61 bilhões, o melhor resultado da série histórica iniciada em 1989, segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia no dia 03 de janeiro (segunda-feira).

O resultado final, ficou acima da previsão do boletim Focus, pesquisa com analistas de mercado divulgada toda semana pelo Banco Central, que projetava superávit de US$ 59,15 bilhões no ano passado.

No ano passado, as exportações bateram recorde. O Brasil vendeu para o exterior US$ 280,39 bilhões, com alta de 34% em relação a 2020 pelo critério da média diária. O recorde anterior havia sido registrado em 2011, quando o país tinha exportado US$ 253,67 bilhões.

Impulsionadas pela recuperação da economia e pela alta do preço internacional do petróleo, as importações cresceram mais. No ano passado, o Brasil importou US$ 219,39 bilhões, com alta de 38,2% em relação a 2020, também pelo critério da média diária. Apesar do crescimento, o valor importado foi o quinto maior da história, sendo superado pelos montantes registrados em 2013 (recorde de US$ 241,5 bilhões), 2014, 2011 e 2012.

O superávit é registrado quando o número de importações é maior que o de exportações. O resultado superou o pico de US$ 56 bilhões registrado em 2017 e representa avanço de 21% ante 2020, quando o saldo entre importações e exportações fechou positivo em US$ 50,4 bilhões. O saldo do ano passado é resultado de US$ 280,4 bilhões em exportações — também recorde para o período —, e US$ 219,4 bilhões em importações, o melhor desempenho desde 2014. Na média diária, o país registrou 34% de avanço nas vendas de produtos no mercado internacional, enquanto as compras tiveram avanço de 38%, informou o Ministério da Economia.

O resultado positivo no ano foi puxado pela alta de 62% da indústria extrativa em meio a disparada do preço de commodities como o petróleo e o minério de ferro. A indústria de transformação registrou alta de 26%, enquanto o agronegócio teve aumento de 22%. Apesar do resultado recorde, o desempenho veio abaixo do projetado pela equipe econômica, que em outubro estimava saldo de US$ 70,9 bilhões. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior, a diferença foi causada pelo aumento dos valores das importações causado pela valorização do câmbio no último trimestre de 2021. Para este ano, os técnicos do órgão estimam que a balança comercial feche com superávit de US$ 79,4 bilhões — aumento de 30% em comparação com 2021. Segundo a equipe econômica, no entanto, o cenário ainda é bastante incerto devido à disseminação da variante Ômicron da Covid-19 e a implementação de novas medidas de restrição, sobretudo em países europeus.

2022 — Para 2022, o Ministério da Economia prevê superávit de US$ 79,4 bilhões, valor parecido com o deste ano. A estimativa já considera a nova metodologia de cálculo da balança comercial. As projeções estão mais otimistas que as do mercado financeiro. O boletim Focus projeta superávit de US$ 55 bilhões neste ano.

Em abril do ano passado, o Ministério da Economia mudou o cálculo da balança comercial. Entre as principais alterações, estão a exclusão de exportações e importações fictícias de plataformas de petróleo. Nessas operações, plataformas de petróleo que jamais saíram do país eram contabilizadas como exportação, ao serem registradas em subsidiárias da Petrobras no exterior, e como importação, ao serem registradas no Brasil.

Outras mudanças foram a inclusão, nas importações, da energia elétrica produzida pela usina de Itaipu e comprada do Paraguai, num total de US$ 1,5 bilhão por ano, e das compras feitas pelo programa Recof, que concede isenção tributária a importações usadas para produção de bens que serão exportados. Toda a série histórica a partir de 1989 foi revisada com a nova metodologia.

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