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03/06/2008 - 09:16

"Constructus"

A Galeria de Arte IBEU abre a exposição "Constructus", da artista plástica carioca Adir Maria Andrade, com 12 "pinturas", em que não entram tinta nem pincel, e sim os suportes primordiais da tradição pictórica: tela, madeira - base da pintura medieval e renascentista - e parede - a do afresco a partir do dia 5 de junho.

A tela é de linho belga cru, claro e escuro, o mais tradicional da Europa, e também o predileto do pintor Iberê Camargo. As tiras de cedro maciço são certificadas pelo Ibama.

Através de justaposição, aglutinação e superposição de módulos de linho e madeira, surgem linhas, sombras e espaços ocupados ou vazios. A parede é convocada a participar da composição que Adir Maria chama de "pintura".

Foi durante sua estada de quatro anos em Paris, estudando arte, nos anos 2000, que a artista achou que a tinta sufocava a beleza da trama do linho. A partir daí, começou a fazer módulos de tela crua, baseados no retângulo. Em um segundo momento, vieram os planos vazados, montados com a tela e a madeira. As peças desafiam a questão do limite ou da transgressão dos meios da pintura, escultura e do objeto.

No processo plástico de Adir Maria, o suporte|pintura ganha relevância pela ausência absoluta de elementos pictóricos - tinta e imagens, enfatizando as formas traçadas pela artista e a natureza do material empregado. A cor é a natural dos materiais. O rigor das construções evidenciam a origem construtiva desses trabalhos. Segundo Reynaldo Roels, curador do MAM-RJ, as pinturas "afirmam o predomínio da montagem sobre a 'unidade' do retângulo, apropriando-se da parede como elemento integrante e essencial da obra."

Ao longo dos três anos em que se dedicou a essa produção, Adir Maria expandiu as dimensões e a dinâmica das composições. A que dá título à mostra Constructus tem 5,2 x 2,5 metros.

Formação - Adir Maria Andrade fez formação em Arte na E.A.V. do Parque Lage, com João Magalhães, Luiz Ernesto, Regina Silveira, Anna Bella Geiger, José Maria Dias Cruz, Carli Portela, Nelson Leirner, Franz Manata, Iole de Freitas, Reynaldo Roels Jr. e Paulo Sergio Duarte. Atualmente faz grupos de estudo, teórico, com Fernando Cocchiarale, e prático, com Iole de Freitas.

Entre 2002 e 2005 cursou a École Nationale Supérieure des Beaux-Arts, Paris, e freqüentou os ateliês de Michel Giminiagni, Didier Semin e Abraham Pincas. Fez parte, a convite, do grupo de artistas do Atelier Beaux-Arts da Prefeitura de Paris.

Esta é a quinta individual de Adir Maria no circuito institucional carioca, nos anos 2000. Ela começou a expor em uma coletiva, em1997, na St. Joseph's University, Filadélfia, EUA. Em 2004, foi uma das selecionadas do Projeto Universidarte, pelos críticos Luiz Camillo Osorio e Reynaldo Roels Jr. Em 2006, participou da Bienal de Santos, à qual concorreram 764 artistas para 40 selecionados e apenas quatro do Rio de Janeiro.

Temporada: 5 junho a 4 julho 2008, segunda a sexta-feira, das 13 às 19h. Galeria de Arte IBEU, Av.Nª Sª de Copacabana 690 | 2º andar, Copacabana – Rio de Janeiro | Telefone: (21) 3816-9400 | www.ibeu.org.br (Entrada franca ).

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