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04/06/2008 - 12:00

Expansão do setor de petróleo e gás colabora para o crescimento do alpinismo industrial

O setor de petróleo e gás está abrindo espaço para um serviço inovador e a cada dia mais necessário: os trabalhos técnicos especializados em altura. O chamado acesso por corda, também conhecido como alpinismo industrial, é utilizado para a execução de serviços de limpeza, tratamento e pintura de superfícies, inspeções, instalações de equipamentos e manutenção. A técnica pode ser utilizada em praticamente todas as demandas do mercado de petróleo e gás e, pela relação custo/benefício, é cada vez mais adotada pelas empresas que atuam no mercado brasileiro.

A Climbtec, empresa especializada em alpinismo industrial há seis anos no mercado, já realizou trabalhos como a limpeza dos tanques de carga (locais onde fica armazenado o petróleo) das plataformas P-48 e P-50; inspeção, montagem, pintura e solda na P-17; e, em 2008, pintou o flair de uma refinaria carioca em apenas 10 dias. “O trabalho necessitaria de 30 dias para ser realizado por métodos tradicionais, mas o prazo disponível pelo cliente era de 15 dias. O alpinismo industrial viabilizou a realização do serviço.”, explica o diretor da empresa Reinaldo Rabelais.

O crescimento do mercado brasileiro de alpinismo industrial trouxe para o mercado a execução de serviços em plataformas de petróleo e navios, dos mais básicos aos mais complexos, em prazos cada vez mais curtos. Rabelais cita o desmonte da torre da plataforma Olinda Star, estrutura de 75m e 172 toneladas, que foi concluído em apenas oito dias pela equipe da Climbtec, contra cerca de dois meses caso fossem utilizados métodos tradicionais.

O diretor da empresa afirma que o cumprimento de prazos é fundamental, por isso a necessidade de profissionalismo e qualificação. “Para atuar nesse mercado, a qualificação é o primeiro passo. No dia-a-dia, o profissional precisa lidar com os rigorosos processos de segurança e cumprir prazos. É uma espécie de corrida contra o tempo, com altos requisitos de segurança e resultados muito bons para os clientes.”, explica Rabelias.

A empresa é membro do IRATA (Industrial Rope Access Trade Association) e a única na cidade do Rio de Janeiro a oferecer curso de qualificação em um Centro de Treinamento próprio. O processo de qualificação para alpinistas industriais dura 5 dias e, após aprovação, o profissional torna-se muito requisitado num mercado onde falta mão-de-obra especializada. “As qualificações vão do nível 1, inicial, ao 3, mais avançado. Para um supervisor nível 3, a remuneração pode chegar a R$ 700 por dia de trabalho.”, afirma Rabelais.

Mercado recente - Até meados da década de 80, o trabalho com acesso por corda tinha presença tímida no Brasil. Após o desenvolvimento dos negócios off shore na Bacia de Campos, norte do estado do Rio de Janeiro, as oportunidades de trabalho aumentaram e o mercado viu nascer a concorrência.

Não há registro exato de quando e onde surgiu o alpinismo industrial de forma profissional. Indícios apontam para o início da década de 70, quando empresas de engenharia de países europeus, como França, Espanha e Inglaterra, perceberam as vantagens de substituir a mão-de-obra tradicional por escaladores. Dessa forma, começaram a surgir as primeiras empresas do que é hoje conhecido mundialmente como a indústria moderna do acesso por corda.

O aumento do número de empresas trouxe a necessidade de se criar regras para o mercado, principalmente nos quesitos qualidade e segurança. Faltava um parâmetro que alinhasse o que é o bom e o mau procedimento no acesso por corda. Foi então que, em 1987, um grupo de empresas criou o IRATA, primeira associação de empresas do setor, com sede na Inglaterra. Depois de estruturada, a associação passou a fornecer orientação no treinamento e na certificação do pessoal envolvido, a produzir publicações e orientações da prática do bom funcionamento e do treinamento dos procedimentos adotados.

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