LM Wind Power fecha turma 100% feminina de jovens aprendizes em Suape (PE)

Empresa da GE Renewable Energy, cujo objetivo da iniciativa é impulsionar um número maior de mulheres no ambiente industrial, ainda com presença predominantemente masculina.

Respeitar e promover a igualdade e equidade nas empresas faz parte de um conjunto de valores que têm orientado diversas organizações que buscam construir ambientes de trabalho efetivamente diversos. E quando se trata da questão de gênero relacionada às profissões tradicionalmente atribuídas somente aos homens, promover mudanças que alterem esse “padrão” torna-se primordial para a quebra de paradigmas e inclusão das mulheres em várias áreas de atuação.

Fazendo parte deste movimento de mudanças, a LM Wind Power, unidade da GE Renewable Energy responsável por fabricação de pás eólicas em Suape (PE), finalizou a contratação exclusiva de 30 jovens aprendizes mulheres. As jovens profissionais irão atuar no processo de produção de equipamentos essenciais para a geração de energia eólica. A iniciativa faz parte do compromisso da GE com a Diversidade e Inclusão.

Anualmente, a unidade realiza programas de contratações de jovens aprendizes em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial(SENAI). Na última edição, o foco foi direcionado para mulheres cisgênero e transgênero, visando ampliar a participação feminina em mais setores da unidade.

—Quando a gente olha para dentro da planta, vemos que temos muitas mulheres trabalhando na fábrica, mas observamos a necessidade de fazer uma maior distribuição delas nesse ambiente. Não temos hoje mulheres em 100% das áreas da fábrica— observa Tatiane Conceição, gerente de Recursos Humanos da LM Wind Power. —Como temos o hub do Women’s Network, cujo foco é incentivar as mulheres a ingressarem no mercado de trabalho e ajudar nessas conexões profissionais, observamos que essa seria uma excelente oportunidade de trazer mais mulheres por meio do Programa de Jovem Aprendiz —conclui.

Todas as contratadas irão atuar em diversos setores da fábrica, como Engenharia, Produção, Qualidade, Logística, Manutenção, Recursos Humanos, dentre outros. O último processo envolveu a participação de 100 candidatas. A turma recém-contratada terá especialização em quatro tipos de cursos realizados no SENAI. Após o período de conclusão dos ensinos teóricos, as jovens aprendizes serão incorporadas à fábrica.

—São quatro tipos de cursos: assistente administrativo, auxiliar de operações logísticas, auxiliar de linha de produção e mecânico de manutenção. Em outubro de 2021, elas iniciaram o aprendizado da parte teórica do programa, no SENAI. Entre fevereiro e março deste ano, elas passarão a cumprir a parte prática, na fábrica —explica Catlen Jesus, assistente de Recursos Humanos.

O programa é fundamental para contribuir para a mudança de um quadro complexo em nível mundial. Segundo dados das Organização das Nações Unidas (ONU), as mulheres representam apenas 28% dos graduados em engenharia. A chegada das novas aprendizes reforça os resultados positivos que estão sendo promovidos por iniciativas como o programa da GE.

Para três das novas contratadas, a iniciativa adotada pela empresa é fundamental para corresponder às expectativas de aumento da representatividade feminina no setor de energia e de engenharia nas empresas.

—A iniciativa de ter uma turma exclusiva para mulheres foi sensacional para aumentar a representatividade feminina no segmento, além de dar a oportunidade dessas mulheres de serem incluídas no mercado de trabalho, ganhando experiência profissional e oportunidade de crescimento —avalia Alexia Yasmin Santana, 20 anos, aluna do curso tecnólogo em Automação Industrial e Engenharia Eletrônica.

Alexia Yasmin Santana: — O incentivo às mulheres no mercado industrial dá a possibilidade de ocupar melhor esse cenário. Nós podemos e temos auxílio para formar uma carreira com maior chance de autonomia e sucesso, o que ajuda a lutar contra o tabu de que mulheres são inferiores se comparadas às mesmas funções de um homem —considera Mariana Leite Caldeira, 18 anos, que é formada como técnica em Logística.

Mariana Leite Caldeira — As três jovens depositam muitas expectativas com o início do trabalho que representa uma oportunidade de traçarem caminhos promissores nas suas trajetórias profissionais.

3Esta é a minha primeira oportunidade de emprego, e eu me sinto extremamente ansiosa e animada em pensar no início das atividades práticas. Sempre tive muita curiosidade em entender de forma mais profunda o funcionamento dentro das empresas, em ver a aplicação das teorias que vi durante a qualificação, de entender como aplicar conhecimentos de comunicação e oratória nas relações com outros(as) funcionários(as). E o fato de estar trabalhando em uma empresa que está vinculada à geração de energia eólica é impressionante, sempre me sinto instigada a entender um pouco mais sobre os processos e sobre a amplitude de áreas que esta atividade alcança — relata Daiana Lourdes Miranda da Silva, de 22 anos, formada como Técnica em Automação Industrial e estudante de Engenharia Eletrônica.

Daiana Lourdes Miranda da Silva — Minha maior expectativa é poder colocar em prática tudo o que estou aprendendo e fazer a diferença no ambiente. Ser reconhecida pelo meu trabalho— confessa Mariana.