Governança, transparência e IFRS no 10º Encontro Nacional de RI e Mercado de Capitais

A relação entre governança corporativa, transparência e IFRS foi discutida durante o 10º Encontro Nacional de RI e Mercado de Capitais, realizado no WTC Hotel, em São Paulo, por IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) e ABRASCA (Associação Brasileira das Companhias Abertas). O chefe do departamento de normas do Sistema Financeiro do Banco Central, Amaro Luiz de Oliveira Gomes afirmou que há necessidade de investidores e gestores de recursos internacionais com compreensão do ambiente regulatório e entendimento das perspectivas do sistema financeiro.

O analista de normas contábeis da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), Wagner de Aquino, disse que a reforma da lei 11.638/07, as normas contábeis com base em pronunciamento do CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) e instruções recentemente aprovadas pela CVM relacionadas à consolidação das IFRS são ações com objetivo de atender ao investidor global, gerando melhor comparabilidade de informação num contexto de competição global e evolução dos modelos de informação.

Para o sócio da Motta Fernandes Rocha Advogados, Luiz Leonardo Cantidiano, a essência sobre a forma traz conceitos que precisam ser ponderados para serem aplicados. De acordo com ele, isso gera necessidade de educação das pessoas que tratam destas informações. “Aperfeiçoamento e conhecimento do RI é fundamental”, afirma.

O sócio da Greenberg Trauring, Ross Kaufman contou que mais de 100 países já adotaram ou permitem o uso das IFRS. Ele destacou a permissão da SEC aos emissores americanos do uso das IFRS sem reconciliação ao US GAAP. O diretor de risk advisory services da Ernst & Young, Antonio Cocurullo, lembrou que a atualização do modelo de governança corporativa é o principal desafio atualmente. De acordo com ele, a complexidade das melhores práticas e a evolução do mercado interno de governança estão se distanciando.