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CANAIS

17/02/2022 - 09:38

O que esperar do mercado varejista nos próximos anos?

A NRF 2022: Retail's Big Show 2022, maior evento do setor varejista que ocorreu em Nova York/EUA, foi uma real comprovação de que a velocidade das mudanças no varejo realmente serão aceleradas. Não faz muito tempo, falávamos em “ser omnichannel" como um diferencial competitivo. O conteúdo explorado na maior feira de varejo do mundo deixa claro que não se trata mais de uma estratégia omnicanal, mas sim, de estar presente em todos os momentos que o cliente quiser comprar: Live, WhatsApp, telefone, redes sociais, sinal de fumaça, loja física, web, metaverso, etc. Ou seja, canais alternativos não vão parar de surgir para atender as diferentes ocasiões de compras das pessoas.

Pego um exemplo real do Grupo Supernosso. Quando, há pouco mais de um ano, fizemos a aquisição da startup “Be Honest”, de lojas autônomas em condomínios, passávamos a proporcionar um valor único com os clientes, podendo adquirir seus produtos dentro do conforto e segurança de seus prédios, em menos de 10 minutos. Hoje, as entregas turbo surgiram, gerando grande conveniência e deixando nosso oceano das “lojas honestas”, não tão azul. Resultado: uma empresa tão jovem como a Supernosso Be Honest já teve que passar por vários ciclos de adaptação e segue se reinventando “muito bem, obrigado”.

Com essa pluralidade cada vez maior de canais, os alternative commerces, muda-se também a forma pela qual os resultados do negócio devem ser analisados. A lucratividade não pode mais ser visualizada somente por canal: lucro da loja física, lucro do e-commerce etc. O resultado deve ser olhado por cliente, ou por cluster de cliente. Ex.: resultado considerando todas as receitas e gastos para vender aos clientes da região X. Algum canal pode não ser tão lucrativo, mas pode ser essencial na composição do atendimento àqueles clientes.

Por falar em novos canais, foi possível constatar na NRF que o Metaverso está muito mais próximo do que imaginamos. Esse já era um tema que eu vinha “tateando” e estudando. Porém, acreditava que ele ainda demoraria a ter grande escala em comercialização efetiva (com exceção dos games, que já estão nesse ambiente há mais tempo). Ledo engano. A curva de evolução das transações no Metaverso está crescendo exponencialmente e as projeções são exorbitantes. Praticamente todas as grandes marcas já estão considerando o tema em suas estratégias e com algumas iniciativas em curso. Projeção de tamanho desse mercado em 2024: US$ 800 bilhões. (fonte: Bloomberg)

Por outro lado, alguns pontos que até então pareciam estar em crescente tendência, saíram desse status para pontos obrigatórios e garantia de longevidade. Questões como Propósito, Cultura e ESG (Environmental, social and corporate governance) já não foram tratadas mais como algo a ser buscado para evoluir, se diferenciar etc. A ordem do momento é: tenha esses aspectos entranhados de forma natural em sua organização ou ninguém mais vai querer saber de você. Uma empresa sem propósito já é vista como uma empresa sem alma perante todos que, potencialmente, se relacionariam com ela. Um simples produto ou serviço, sem motivação aspiracional para atrair as pessoas. Sem cultura forte nenhuma empresa terá unidade em sua proposta de valor. Sem ESG, sem caráter organizacional.

A conclusão é: por mais contraditório que pareça, cada vez mais teremos que Mudar para Manter. Isso mesmo! Teremos que aumentar nossa velocidade de transformação dos meios pelos quais geramos valor aos nossos clientes, se quisermos permanecer com o mesmo propósito sendo cumprido e a mesma marca fortalecida.

. Por: Vinícius Aroeira, Diretor de Finanças, Processos e Tecnologia do Grupo Supernosso. | Grupo Supernosso — Com 81 anos de atuação, faturamento de R$3,40 bilhões (2021) e 10 mil colaboradores, o Grupo Supernosso está entre os 20 maiores no Brasil, de acordo com ranking da ABRAS. Até 2030, o grupo planeja triplicar o tamanho da empresa, com expansão de lojas para o interior de MG e outros estados.

Em consonância com a proposta de proporcionar mais comodidade aos clientes, o grupo aposta fortemente em omnicanalidade. Hoje, conta com 71 lojas físicas em Belo Horizonte e na região metropolitana, sendo 40 unidades Supernosso, a rede de supermercados premium; 13 lojas de proximidade, lojas menores com foco em conveniência, com a bandeira Momento Supernosso e 18 atacarejos com a marca Apoio Mineiro. Além do Supernosso.com, canal de vendas online do Supernosso e o Apoio Entrega, canal de vendas online do Apoio Mineiro, que conta com os aplicativos Clube Supernosso e Clube Apoio. Ainda fazem parte do grupo mais de 200 mini lojas de conveniências em condomínios de Belo Horizonte, região metropolitana e Brasília/DF.

Também integram o Grupo uma indústria, a Raro Alimentos, que manipula carnes e frios com SIF para atender às lojas do Grupo; uma infraestrutura completa de panificação, que produz pães artesanais e alimentos prontos de marca própria para venda nas lojas. E a distribuidora especializada Decminas - eleita pela ABAD por cinco vezes consecutivas como a melhor distribuidora de produtos industrializados de Minas Gerais - que atende mais de 800 municípios mineiros.

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