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04/06/2008 - 12:34

Secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio prevê futuro promissor para mercado de GNV

Um quadro excepcional para investimentos em todas as áreas, entre elas o mercado de Gás Natural Veicular (GNV). Assim, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno, definiu o Brasil para uma platéia de empresários brasileiros e estrangeiros que participaram, nesta terça-feira no Rio, da abertura do 11º Congresso Mundial de GNV, promovido pela Associação Mundial de Veículos a Gás Natural (IANGV) e pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP). Bueno representou no evento o governador Sérgio Cabral, que se encontra fora do país.

– Além de sermos um país com mais de 180 milhões de habitantes, distribuídos por 8,5 milhões de quilômetros quadrados, um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 1,2 trilhão, temos algumas vantagens em relação aos outros integrantes do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), como nossa localização no Ocidente, nossas instituições funcionando de forma livre e democrática e uma economia estabilizada e segura, em pleno desenvolvimento. Portanto, o país é um destino significativo para investimentos e está cada vez mais desejoso disso – ressaltou Bueno.

Em relação ao setor tratado no seminário, Bueno também elogiou a matriz energética do Brasil, cujo caráter renovável é singular no mundo, que responde por 90% da geração de energia elétrica no país.

– Temos o programa do etanol, que vem desde os anos 1970, que é admirável. No Brasil, se consome hoje mais etanol que gasolina. Temos os carros flex que podem usar três tipos de combustível: gasolina, etanol e gás natural. O abastecimento fica por conta do motorista de acordo com suas conveniências econômicas e de performance. O Brasil oferece inúmeras oportunidades para investimentos nesta área – sugeriu.

E no segmento específico do tema do encontro, o gás natural, Bueno também aponta um potencial de grandes proporções no país. De uso recente, o gás natural já representa quase 10% da matriz energética do país.

– As perspectivas são muito grandes. Eliminando alguns problemas pontuais, como a questão do marco regulatório e de uma crise de abastecimento, ocorrida no ano passado, já resolvida com um novo contrato entre a Petrobras e a CEG, não tenho dúvida de que o cenário do GNV será de abundância. As novas descobertas no pré-sal da Bacia de Santos apontam para um futuro alvissareiro para o Brasil e, em particular, para o Estado do Rio – prevê.

O estado do Rio tem 650 mil de 1,6 milhão de veículos da frota brasileira movida a GNV e conta ainda com a maior rede de abastecimentos, com 476 postos de combustível – de 1.620 no país – e o maior número de oficinas de conversão - 240. Por meio das distribuidoras CEG e CEG Rio, o gás natural está presente hoje em 32 municípios fluminenses. A previsão é que, até 2010, o combustível chegue a mais 13 municípios do interior.

Em março deste ano, a produção nacional de gás natural foi de 57 milhões de metros cúbicos por dia e uma oferta total de 60 milhões de metros cúbicos por dia. As previsões apontam para 2012 que o mercado de gás natural ultrapassará o volume de 131 milhões de metros cúbicos por dia, sem contar com a exploração das mega-jazidas de petróleo e gás na Bacia de Santos.

-A produção será mais do que suficiente para atender a crescente demanda local - apostou o vice-presidente da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás), Davidson Santos.

No discurso de boas-vindas aos participantes do encontro, o secretário executivo do IBP, Álvaro Teixeira, disse que o próximo desafio do setor de GNV no Brasil será o uso do combustível por veículos pesados.

- Grande parte, senão a maior, do transporte de cargas e passageiros no país é feito por veículos rodoviários. Precisamos expandir a rede de distribuição do combustível que ainda é muito pequena em relação às dimensões continentais do país - frisou.

O encontro, que vai até quinta-feira, é considerado o maior evento internacional sobre o tema e terá palestras e debates com personalidades ligadas ao setor em todo o mundo. Realizado de dois em dois anos, o próximo será em Roma, em 2010, e o seguinte na Coréia do Sul, em 2012. Durante o evento, serão apresentados trabalhos de mais de 18 diferentes países a respeito do desenvolvimento do mercado de GNV, oportunidades de crescimento de seu uso, novas tecnologias e aplicações a diferentes tipos de veículos. Também se discutirá a disponibilidade de gás natural na América do Sul, incluindo uma visão das recentes descobertas de novos campos no Brasil.

Paralelamente ao seminário, funciona no térreo do centro de convenções uma feira de GNV, aberta à visitação gratuita de hoje a quinta-feira, sempre a partir do meio-dia. São dezenas de estandes e de empresas nacionais e estrangeiras, expondo carros, equipamentos, componentes e sistemas de conversão de veículos a gás, entre vários itens relacionados ao uso do GNV, e até mesmo um test-drive com veículos de fábrica e apresentação de ônibus limpos, movidos a GNV.

Também compuseram a mesa de abertura do encontro o chairman do comitê técnico do NGV 2008, R. Fernandes, o presidente do IANGV, John Lyon, e o secretário-geral da International Gas Union (IGU), Torstein Indrebo. | Por : Guedes de Freitas

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