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04/06/2008 - 12:45

Itaipu e governo do Estado vão atuar juntos na Bacia do Paraná 3


O diretor-geral de Itaipu Binacional, Jorge Samek, assinou no dia 3 de maio (terça-feira), em Curitiba, um convênio de cooperação técnica com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente para a elaboração do plano hidrológico da Bacia do Paraná 3, da qual fazem parte os rios que abastecem o reservatório da usina.

A assinatura do acordo foi durante a Escola de Governo do Paraná, na presença do governador Roberto Requião. O plano hidrológico vai diagnosticar a condição dos rios da região Oeste do Paraná, além de sugerir ações de conservação e potencialidades que possam ser exploradas e favorecer o desenvolvimento da economia local.

Os trabalhos do plano hidrológico ficarão a cargo da Itaipu, da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e do comitê gestor da Bacia do Paraná 3, integrado por autoridades e pela iniciativa privada, bem como grandes usuários dos recursos hídricos, como a Sanepar. A primeira etapa, de diagnóstico, deve ser concluída até o final deste ano.

Um dos pontos que deverão ser abordados na elaboração do plano hidrológico é a possibilidade de cobrança pelo uso da água, prevista na Lei das Águas e já em vigor em rios como o Paraíba do Sul, que cruza os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. No Paraná, há 16 bacias hidrográficas geridas por 12 comitês.

A Bacia Hidrográfica do Paraná 3 abrange 29 municípios e, nela, Itaipu já desenvolve ações de preservação e manejo como parte do programa Cultivando Água Boa.

Iniciativas como a restauração da mata ciliar, o estímulo ao plantio direto e projetos de educação ambiental são realizados em parceria com municípios e a comunidade, de modo a garantir a continuidade das atividades. As medidas adotadas têm impacto direto na qualidade da água.

Samek destacou que a assinatura do acordo, durante a Semana do Meio Ambiente, consolida o Paraná como referência para o Brasil na gestão dos recursos hídricos. “O nosso Estado, por muito tempo, foi exemplo do que não se devia fazer. As chuvas tornavam nossos rios vermelhos por causa da erosão. Hoje, podemos dizer que não existem na América Latina experiências de preservação dos rios e nascentes tão bem sucedidas quanto aqui”, afirmou o diretor-geral de Itaipu.

A região da Bacia do Paraná 3, observou Samek, abriga a maior criação de aves e suínos do Brasil, cujos resíduos historicamente eram jogados nos rios. Com o apoio de Itaipu, os dejetos agora estão sendo aproveitados para gerar energia elétrica, por meio da instalação de biodigestores em propriedades rurais. “Estes resíduos poluíam os lençóis freáticos e hoje estão gerando energia para os produtores rurais, que ainda podem vender o excedente para a Copel”, ressaltou Samek.

A geração de energia a partir da biomassa, um dos projetos da Plataforma Itaipu de Energias Renováveis, realizada em parceria com a Copel, está sendo avaliada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e deve se tornar referência para o Brasil.

Outra ação ambiental de sucesso desenvolvida no âmbito da Bacia do Paraná 3, citou Samek, é a formação do corredor de biodiversidade Santa Maria, uma faixa de mata nativa recuperada que permite a migração de animais entre o Pantanal e os parques nacionais da Ilha Grande e do Iguaçu. “Conseguimos estabelecer a marca de 780 mil hectares de florestas conectadas”, completou Samek. | Foto: Jorge Samek, diretor-geral de Itaipu Binacional e Lindsley da Silva Rasca Rodrigues, secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná | www.itaipu.gov.br

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