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04/03/2022 - 08:01

Balança comercial brasileira registra superávit de US$ 4 bilhões em fevereiro, diz ME


O melhor resultado para o mês em cinco anos. Saldo representa aumento de 108% em comparação ao mesmo mês de 2021.

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 4,05 bilhões em fevereiro, aumento de 108% em comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados no dia 03 de março (quinta-feira), pelo Ministério da Economia(ME). Este foi o melhor resultado para o mês desde 2017, quando o saldo foi de US$ 4,22 bilhões. As exportações cresceram 32,6% e somaram US$ 22,91 bilhões, enquanto as importações registraram alta de 22,9% e totalizaram US$ 18,86 bilhões. A corrente de comércio teve aumento de 28%, alcançando US$ 41,78 bilhões. O resultado faz a balança comercial registrar superávit de US$ 3,84 bilhões desde o começo do ano, crescimento de 125,4% em paralelo aos dois primeiros meses de 2021. No período, as exportações cresceram 29% e somaram US$ 42,55 bilhões, enquanto as aumentaram 23,8% e totalizaram US$ 38,71 bilhões. Os dados de fevereiro não refletem o conflito na Ucrânia após a invasão de tropas russas. O subsecretário de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Herlon Alves Brandão, afirmou que os impactos da tensão no Leste Europeu ainda serão observados pela equipe econômica, mas minimizou ao afirmar que a corrente de comércio com a Rússia e Ucrânia corresponderam apenas a 1,5% do saldo brasileiro em 2021.

A venda de produtos brasileiros no mercado internacional foi puxada pelo agronegócio, que registrou aumento de 114,2% e somou US$ 4,94 bilhões. A indústria extrativa teve alta de 3,7%, com saldo de US$ 5,51 bilhões, enquanto a indústria de transformação aumentou 29% e alcançou US$ 12,36 bilhões. No lado das importações, o destaque foi o aumento de 142,3% da indústria extrativa, somando US$ 1,9 bilhão e 19,3% da indústria de transformação, com US$ 16,4 bilhões. A compra de itens agropecuários registrou queda de 2,7%, somando US$ 390 milhões. Os dados de fevereiro não refletem o conflito na Ucrânia após invasão da Rússia. O subsecretário de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Herlon Alves Brandão, afirmou que os impactos da tensão no Leste Europeu ainda serão observados pela equipe econômica, mas minimizou ao afirma que a corrente de comércio com a Rússia e Ucrânia corresponderam apenas a 1,5% do saldo brasileiro em 2021.

Exportações — Em fevereiro de 2022, o desempenho dos setores foi o seguinte: crescimento de 114,2% em Agropecuária, que somou US$ 4,94 bilhões; crescimento de 3,7% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 5,51 bilhões e, por fim, crescimento de 29,0% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 12,36 bilhões. A combinação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.

A expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas dos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos (874,7%), Café não torrado (89,7%) e Soja ( 187,5%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto (114,1%), Minérios de cobre e seus concentrados ( 19,0%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (74,2%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (81,8%), Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (40,5%) e Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (290,1%) na Indústria de Transformação.

Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos registraram diminuição nas vendas: Produtos hortícolas, frescos ou refrigerados (-52,5%), Mel natural (-16,0%) e Algodão em bruto (-19,5%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (-43,9%), Minérios de alumínio e seus concentrados (-88,4%) e Outros minérios e concentrados dos metais de base ( -1,9%) na Indústria Extrativa ; Carne suína fresca, refrigerada ou congelada (-24,6%), Aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (-53,9%) e Ouro, não monetário (excluindo minérios de ouro e seus concentrados) (-17,7%) na Indústria de Transformação.

Em fevereiro de 2022, comparado a igual mês do ano anterior, as exportações cresceram 32,6% e somaram US$ 22,91 bilhões. As importações cresceram 22,9% e totalizaram US$ 18,86 bilhões. Assim, a balança comercial registrou superávit de US$ 4,05 bilhões , com crescimento de 108,9%, e a corrente de comércio aumentou 28,0%, alcançando US$ 41,78 bilhões.

Acumulado no Ano — No acumulado janeiro/fevereiro 2022, em comparação com igual período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: crescimento de 106,4% em Agropecuária, que somou US$ 8,27 bilhões; queda de -7,1% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 9,56 bilhões e, por fim, crescimento de 32,4% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 24,51 bilhões. A associação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.

Esta conjuntura de crescimento nas exportações foi influenciada pelo crescimento das vendas nos seguintes produtos: trigo e centeio, não moídos (276,6%), Café não torrado (60,5%) e Soja (293,1%) na Agropecuária; Pedra, areia e cascalho (48,5%), Outros minerais em bruto (46,2%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (50,1%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (62,1%), Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (39,2%) e Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (176,7%) na Indústria de Transformação.

Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Produtos hortícolas, frescos ou refrigerados (-21,7%), Mel natural (-31,6%) e Algodão em bruto (-17%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (-40,5%), Minérios de cobre e seus concentrados (-32,8%) e Outros minérios e concentrados dos metais de base (-35,8%) na Indústria Extrativa ; Açúcares e melaços (-8%), Aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (-57,4%) e Ouro, não monetário (excluindo minérios de ouro e seus concentrados) (-15,5%) na Indústria de Transformação.

No acumulado janeiro/fevereiro 2022, em comparação a igual período do ano anterior, as exportações cresceram 29,0% e somaram US$ 42,55 bilhões. As importações cresceram 23,8% e totalizaram US$ 38,71 bilhões. Como consequência destes resultados, a balança comercial apresentou superávit de US$ 3,84 bilhões , com crescimento de 125,4%, e a corrente de comércio registrou aumento de 26,5%, atingindo US$ 81,26 bilhões.

Importações — Em fevereiro de 2022, o desempenho das importações por setor de atividade econômica foi o seguinte: queda de -2,7% em Agropecuária, que somou US$ 0,39 bilhões; crescimento de 142,3% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 1,90 bilhões e, por fim, crescimento de 19,3% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 16,40 bilhões. A combinação destes resultados motivou ao aumento das importações.

O movimento de crescimento nas importações foi influenciado pela ampliação das compras dos seguintes produtos: Pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (32,9%), Trigo e centeio, não moídos ( 19,8%) e Cevada, não moída (620,0%) na Agropecuária; Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (130,4%), Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (109,6%) e Gás natural, liquefeito ou não (280,3%) na Indústria Extrativa ; Compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas (64,5%), Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (112,6%) e Válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (58,3%) na Indústria de Transformação.

Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Arroz com casca, paddy ou em bruto (-84,2%), milho não moído, exceto milho doce (-78%) e Cacau em bruto ou torrado (-100%) na Agropecuária; Fertilizantes brutos (exceto adubos) (-41,5%), Minérios de cobre e seus concentrados (-44,0%) e Outros minérios e concentrados dos metais de base ( -8,8%) na Indústria Extrativa ; Polímeros de cloreto de vinila ou de outras olefinas halogenadas, em formas primárias (-50,2%), Equipamentos de telecomunicações, incluindo peças e acessórios (-16,7%) e Partes e acessórios dos veículos automotivos (-12,6%) na Indústria de Transformação.

Acumulado no Ano — No acumulado janeiro/fevereiro 2022, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: queda de -9,4% em Agropecuária, que somou US$ 0,76 bilhões; expansão de 220,0% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 4,34 bilhões e crescimento de 17,0% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 33,08 bilhões. A combinação destes resultados levou ao aumento do total das importações.

Esta conjuntura de crescimento nas importações foi influenciada pelo crescimento das compras dos seguintes produtos: Pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (42,5%), Cevada, não moída (111,5%) e Látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (44,7%) na Agropecuária; Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (213,7%), Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (205%) e Gás natural, liquefeito ou não (386,1%) na Indústria Extrativa ; Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (38,8%), Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (92,6%) e Válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (51,9%) na Indústria de Transformação.

Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Milho não moído, exceto milho doce (-50,9%), Cacau em bruto ou torrado (-100%) e Soja (-56,9%) na Agropecuária; Pedra, areia e cascalho (-23,7%), Minérios de cobre e seus concentrados (-70,8%) e Minérios de alumínio e seus concentrados (-82,9%) na Indústria Extrativa ; Polímeros de cloreto de vinila ou de outras olefinas halogenadas, em formas primárias (-43,9%), Equipamentos de telecomunicações, incluindo peças e acessórios (-8,7%) e Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes (-88,9%) na Indústria de Transformação.

Principais Parceiros Comerciais: Argentina — As exportações para a Argentina, no mês de fevereiro de 2022, cresceram 30,4% e somaram US$ 1,04 bilhões. As importações diminuíram -16,7% e totalizaram US$ 0,79 bilhões. Logo, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou superávit de US$ 0,25 bilhões e a corrente de comércio aumentou 4,8% alcançando US$ 1,84 bilhões.

No período acumulado de janeiro/fevereiro 2022, em relação a igual período do ano anterior, as vendas para a Argentina cresceram 24,4% e atingiram US$ 1,99 bilhões. As importações caíram -11,0% e chegaram US$ 1,59 bilhões. Com isto, neste período, a balança comercial para este país apresentou saldo positivo de US$ 0,40 bilhões e a corrente de comércio expandiu-se em 5,7% totalizando US$ 3,58 bilhões.

China, Hong Kong e Macau — As exportações para a China, Hong Kong e Macau no mês de fevereiro de 2022, cresceram 11,5% e somaram US$ 6,03 bilhões. As importações aumentaram 27,3% e totalizaram US$ 4,61 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou superávit de US$ 1,42 bilhões e a corrente de comércio aumentou 17,8% alcançando US$ 10,64 bilhões.

No período de janeiro/fevereiro 2022, em relação a igual período do ano anterior, as vendas para China, Hong Kong e Macau cresceram 4,6% e atingiram US$ 10,36 bilhões. As importações cresceram 33,7% e totalizaram US$ 9,80 bilhões. Consequentemente, neste período, a balança comercial apresentou superávit de US$ 0,56 bilhões e a corrente de comércio expandiu-se em 17,0% somando US$ 20,17 bilhões.

Estados Unidos — As exportações para os Estados Unidos, em fevereiro de 2022, cresceram 34,4% e somaram US$ 2,49 bilhões. As importações aumentaram 44,4% e chegaram a US$ 3,54 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial resultou num déficit de US$ -1,05 bilhões e a corrente de comércio registrou aumento de 40,1% alcançando US$ 6,02 bilhões.

No acumulado de janeiro/fevereiro 2022, em relação ao mesmo período do ano anterior, as exportações para os Estados Unidos cresceram 42,2% e atingiram US$ 4,76 bilhões. As importações cresceram 49,3% e totalizaram US$ 7,61 bilhões. Dessa forma, neste período, a balança comercial para este país apresentou déficit de US$ -2,85 bilhões e a corrente de comércio aumentou 46,5% chegando a US$ 12,37 bilhões.

União Europeia — As vendas para a União Europeia, cresceram 50,1% e chegaram US$ 3,51 bilhões. As importações aumentaram 15,3% e totalizaram US$ 3,12 bilhões. Assim, a balança comercial com este bloco resultou num superávit de US$ 0,38 bilhões e a corrente de comércio aumentou 31,4% alcançando US$ 6,63 bilhões.

No período acumulado de janeiro/fevereiro 2022, em relação a igual período do ano anterior, as exportações para a União Europeia cresceram 48,3% e atingiram US$ 6,33 bilhões. As importações cresceram 9,2% e totalizaram US$ 6,06 bilhões. Consequentemente, neste período, a balança comercial com este bloco comercial apresentou superávit de US$ 0,26 bilhões e a corrente de comércio aumentou 26,1% somando US$ 12,39 bilhões.

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