ESG e o peso da negligência empresarial

As métricas ESG estão completamente alinhadas com os pilares do Capitalismo Consciente, dentre eles, o pilar da Orientação para Stakeholder. Uma empresa que é capitalista consciente, sabe da importância dos seus stakeholders. Da mesma forma que as empresas que trabalham suas métricas ESG olham para fora e sabem que devem apresentar resultados sustentáveis e que mitigam riscos internos e externos. Além disso, entendem que seus resultados devem mirar no bem da sociedade e do planeta.

Estas são companhias que já entenderam que tudo começa por uma boa governança, além da importância de uma gestão ética e transparente que prepare a empresa para suas relações com investidores e público geral.

Uma questão de olhar — Essas empresas também olham para o seu Social interno com muito carinho e atenção. Além de tratarem seus colaboradores de forma respeitosa e acolhedora, incluindo diversidade de gênero, raça e idade, percebendo a riqueza e a criatividade que isso traz ao conjunto de colaboradores.

Olham, também, para o Social externo buscando abraçar ações, causas humanitárias e projetos sociais relevantes que busquem diminuir desigualdades e provam que empresas podem de fato ser protagonistas de transformações reais.

Finalmente empresas alinhadas com métricas ESG são aquelas que se preocupam com o meio ambiente, tratando-o como um de seus stakeholders mais nobres e importantes, tomando atitudes que vão desde a gestão de seus resíduos, gestão da água, compensação de carbono até o protagonismo de outras ações importantes no campo climático.

Sérias consequências — Não é mais possível que empresas sejam negligentes com essas métricas. O planeta e a população mundial sofrem cada dia mais com essa negligência. As empresas que não estiverem alinhadas aos princípios ESG não sobreviverão muito mais tempo.

A falta de transparência de seus resultados e ações impacta diretamente na sua reputação de marca e busca por novos investidores. Por outro lado, devem encarar consumidores que exigem que, cada vez mais, empresas se engajem por problemas da sociedade, ou seja, que traduzam em ações seus discursos de sustentabilidade.

Valor: o segredo — Hoje em dia, até mesmo os colaboradores, já escolhem suas empresas por alinhamento de valores. As novas gerações buscam lugares onde se reconhecem e podem reconhecer grandes atitudes da empresa na sociedade.

O capital intelectual existente, hoje, já busca acolhimento e pertencimento em empresas e marcas que olham para o ser humano de forma diferente, muito mais acolhedora. Essas empresas, entendem sobre ESG.

Momento de ação— Torna-se fundamental que todas as empresas, de todos os portes e segmentos, estejam olhando para essas métricas com especial atenção e cuidado. Identificando lacunas internas que possam ser rapidamente corrigidas ou preenchidas para que entrem na trilha e sigam a jornada do ESG com mais velocidade e transparência.

O credo do Capitalismo Consciente define um negócio desta forma: “um negócio é bom porque cria valor, é ético porque é baseado na troca voluntária, nobre porque pode elevar a existência, e heróico porque tira as pessoas da pobreza e gera prosperidade”.

Além disso, é possível complementar a ideia afirmando que empresas que tem seu propósito claro, conseguem maximizar seu lucro, pois engajam seus stakeholders pelas relações de valor compartilhado e seguem juntos sempre numa jornada de prosperidade.

O líder consciente, que conduz essa empresa, está sempre alinhado com seu propósito e, com isso, é exemplo para seus colaboradores. Negócios que alinham lucro e propósito são mais rentáveis, porque exercitam o bem para todos que estão ao seu redor.

Acreditamos que esse mindset é o novo modo de pensar de líderes que são conscientes do seu impacto e responsabilidade na sociedade e optam por gerar valor de forma positiva, constante e baseado em valores como integridade e verdade.

. Por: Daniela Garcia, Diretora Geral do Instituto Capitalismo Consciente Brasil (ICCB).

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