Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

16/03/2022 - 08:46

O exemplo que vem do varejo


Um dos impactos mais marcantes de todo o processo de hiper digitalização que temos vivido nos últimos anos – e que deve se manter nos próximos – é a colocação do consumidor no centro das decisões. Isso já vinha se mostrando uma realidade em setores como serviços e, principalmente, o varejo. Um dos princípios do comércio eletrônico é justamente o uso da tecnologia, não apenas para trazer mais conveniência e comodidade aos consumidores, mas também para conhecê-los melhor. É isso que vem permitindo ao varejo criar, mais que ofertas, experiências personalizadas, atraindo e retendo seus clientes com itens que vão além do melhor preço. Como resultado, vemos o cliente ditando as regras, dizendo o que quer e como quer.

O que muitos clientes têm se perguntado nos últimos anos é: se isso é possível no varejo, por que não em outras áreas? Este é exatamente o desafio que vem sendo colocado ao setor financeiro, mais especificamente aos bancos. Até bem poucos anos atrás, este era um setor acostumado a ditar suas próprias regras, estabelecer processos e aguardar que os correntistas se adaptassem.

Já não funciona mais assim, e há uma série de fatores que demonstram isso. Um deles é o Open Banking, que além de colocar o cliente no centro das estratégias, tirou o protagonismo das grandes instituições financeiras, abrindo espaço para que bancos digitais e fintechs passassem também a oferecer serviços financeiros.

E não só. Com a digitalização, esses serviços estão hoje disponíveis para os chamados “desbancarizados” e para aqueles que estão começando sua vida financeira. Ao colocar esse público no centro de suas estratégias, estes novos atores conquistam não apenas o mercado, mas a relevância necessária para tensionar as relações com as instituições tradicionais, forçando-as a mudar também.

Tudo isso vem sendo acompanhado de perto pela legislação, que hoje vem sendo adaptada para regular e definir esse novo modelo de relação. Hoje há, por exemplo, regramento que permite às instituições operar no mercado financeiro com menos vínculos do que os mantidos hoje pelos clientes com os grandes bancos.

O fato é que chegamos ao ponto em que o setor de finanças começa a se aproximar de outros, como o varejo, seguindo seu exemplo. Isso tem se traduzido em uma busca cada vez maior pelo entendimento do cliente, pelo conhecimento de seus costumes e interesses. Estamos em um momento em que as instituições financeiras começam a entender como operar nesse meio, atraindo, fidelizando e mantendo seus clientes.

E a tecnologia tem sido fundamental nesse processo. Muitas destas instituições têm se aproveitado do open innovation para, com base nos feedbacks obtidos de seus clientes, criar novos produtos e serviços, acelerando suas entregas. Esse movimento pressupõe o uso de plataformas, sejam fornecidas por startups ou não, para obter tempos de resposta cada vez mais rápidos e estar à frente da concorrência, isso sem deixar de lado a segurança e flexibilidade necessárias para acompanhar um eventual crescimento.

É o que temos visto com o Open Banking. O cliente no centro das estratégias e desafiando o setor financeiro a operar em um ecossistema aberto, oferecendo a possibilidade das startups se integrarem a ele. A tecnologia deve ser o acelerador desse mercado e para isso precisa ser bem trabalhada para que não seja um inibidor desse processo, seja em qualquer elo da cadeia, da segurança à entrega, como no varejo.

. Por: Paulo Marcelo, CEO da Solutis. | Perfil — A Solutis é o Tech Partner que sustenta a jornada digital dos seus clientes. Com uma abordagem Ágil e baseada em Pessoas, une Tecnologia e Negócio, utilizando o modelo Agile DevOps, implantando produtos e canais digitais, integrando a plataforma Salesforce, migrando serviços para Cloud, implementando Automação e RPA, além de serviços de Suporte e Monitoramento digital. A Solutis conta com um time de mais de 900 Soluters no Brasil, atuando a partir de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Conectada aos ecossistemas de inovação integra Startups às arquiteturas de aplicações, construindo jornadas simples e no menor tempo para empresas do Setor Financeiro, Varejo, Bens de Consumo e Telecom, Setor Público e Utilities. *Curso profissionalizante com tecnologia é a saída que o Brasil precisa

Segundo dados do FGV IBRE (Instituto Brasileiro de Economia), o desemprego é um grande desafio para 2022, podendo persistir até 2025. Atualmente em 11,6% (dados de janeiro de 2022), serão 10 anos seguidos observando números acima de 10%.

Tanto tempo registrando taxas tão altas é altamente prejudicial para a economia e a sociedade. As pessoas não são capazes de ter poder de compra, freando um crescimento sustentável do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado? Crise econômica e recessão.

Esses 10 anos significam quase toda uma geração prejudicada pela falta de oportunidades. Jovens a partir dos 18 anos que não têm a oportunidade de entrar e desenvolver suas habilidades no mercado de trabalho. E são os mais pobres que sofrem os efeitos.

Enquanto a TV mostra filas quilométricas quando um novo supermercado abre, o mercado carece de profissionais qualificados. A saída está na educação profissionalizante. Capacitação para posições que não se acham profissionais: Enfermagem, Contabilidade, Recursos Humanos, Vendas, Seguros, Tecnologia e Marketing, segundo a consultoria em Recursos Humanos Robert Half.

Faltam no mercado cursos reais, práticos e que sejam capazes de formar e capacitar profissionais, deixando-os prontos para um mercado de trabalho ávido por mão de obra. Qualificação rápida e confiável, é realmente disso que o Brasil precisa.

O ensino a distância, apoiado por novas tecnologias, é o formato ideal para atender a urgência de novos profissionais. Qualificações realizadas em períodos curtos que já preparem para as necessidades das empresas. Disponível a todas as pessoas que têm acesso à Internet, é o formato ideal para atender principalmente regiões carentes de escolas profissionalizantes.

E já se foi o tempo que as aulas on-line eram vistas como o ‘primo pobre’ da educação. O medo do contágio ainda é real e o ensino remoto se revela um aliado fundamental nessa jornada.

Com uma conexão à Internet, se tem acesso a informações na ponta dos dedos 24 horas por dia. Graças à tecnologia, a sala de aula não tem mais paredes, o ambiente de aprendizagem não tem mais limites. E a instrução pode ser fornecida por qualquer tipo de especialista no assunto no mundo real.

Alunos do Amazonas, por exemplo, podem aprender sobre manutenção de dispositivos industriais com IoT vendo vídeos de professores internacionais e até mesmo conversar ao vivo com eles por meio de uma videoconferência. É possível compartilhar o que estão aprendendo com outras pessoas que fazem o mesmo curso em outros estados.

Outros recursos fundamentais nos cursos profissionalizantes são as Realidades Aumentada e Virtual (RA e RV). Elas podem auxiliar em conteúdos técnicos como o desmonte de um motor de um automóvel ou mesmo ensinar procedimentos de emergência em um pronto socorro. Os alunos que aprendem por meio da RV experimentam uma presença completa, aumentando as chances de assimilarem novos conhecimentos e habilidades.

A tecnologia torna o aprendizado mais envolvente e colaborativo. Em vez de memorizar fatos, os alunos aprendem na prática e por meio do pensamento crítico, o que faz toda a diferença no ensino profissionalizante. E, para tornar o aprendizado envolvente, ele precisa ser realmente interativo.

Em uma sala de aula tradicional, alunos que têm dificuldade de aprender ficariam atrás de seus colegas. Com componentes de aprendizagem auto acelerados que o ensino a distância propõem, eles podem avançar em seu próprio ritmo como parte do processo de aprendizagem. Aqueles que precisam de mais tempo ou ajuda extra podem praticar fora da aula com exercícios guiados ou trabalhos adicionais.

A Inteligência Artificial será de grande valia nesse processo﹒Os alunos podem obter ajuda de tutores de IA a qualquer hora, inclusive fora do horário de aula. Alguns cursos já usam essa tecnologia para monitorar o progresso dos alunos e alertar os professores quando pode haver um problema com o desempenho.

Em última análise, a tecnologia permite que os alunos expandam seus horizontes, estendendo o aprendizado além de livros didáticos e palestras e conectando-os ao mundo real.

Capacitações acessíveis e apoiadas em novas tecnologias. É disso que o Brasil realmente precisa para combater o desemprego!

. Por: Luiz Alexandre Castanha, administrador de Empresas com especialização em Gestão de Conhecimento e Storytelling aplicado à Educação, atua em cargos executivos na área de Educação há mais de 10 anos e é especialista em Gestão de Conhecimento e Tecnologias Educacionais. Mais informações em seu blog.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira