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19/03/2022 - 06:46

Infectologista do Grupo Fleury esclarece dúvidas

E faz alertas sobre vacinação contra a covid-19, gripe e arboviroses.

Segundo números do Grupo Fleury, a positividade para casos de covid-19 está caindo 2% por dia, o que mostra a eficácia da vacinação, principalmente com a terceira dose. Hoje, são 156 milhões de brasileiros imunizados com duas doses ou dose única, o que equivale a aproximadamente 73% de protegidos.

Segundo o infectologista Celso Granato, diretor Clínico do Grupo Fleury, dono das marcas Felippe Mattoso, Labs a+ e LAFE no Rio de Janeiro, nos laboratórios do Grupo já é possível verificar queda da positividade, mas o especialista reitera que ainda é necessário esperar o período de pelo menos 15 dias após o Carnaval para confirmar essa diminuição. — O cenário é muito animador, mas ainda devemos usar as medidas de segurança necessárias, como uso de máscara, lavar as mãos e/ou higienizar com álcool em gel, até termos a esperança de que o pior já passou —alerta.

Diante do cenário atual da pandemia e com o avanço da vacinação, Dr. Celso Granato faz abaixo algumas considerações importantes sobre o tema, incluindo a vacinação das crianças, a necessidade da quarta dose da vacina contra a covid-19, além de abordar os temas de arboviroses e vacina da gripe.

A terceira dose da vacina contra a covid-19 pode ser aplicada se a pessoa estiver com o diagnóstico positivo da doença ou sintomas gripais? - Celso Granato: ainda não há uma resposta científica sobre essa questão. A pessoa com a covid-19 tem seus anticorpos aumentados e nesse período de incubação do vírus há grande chance desses anticorpos que foram gerados pela doença inativarem a vacina. Após 30 dias da doença, o nível de anticorpos cai pela metade e, por isso, a recomendação tem sido aplicar a vacina pelo menos um mês depois para garantir sua eficácia e proteção.

Como analisa a aplicação da quarta dose da vacina contra a covid-19? - CG: não há nenhuma dúvida da importância da quarta dose para as pessoas com imunodepressão e com comorbidades. Para as demais pessoas, já vem sendo aplicada a terceira dose e é importante completar esse quadro vacinal. No entanto, isso é muito complexo. Tem sido observado que existem casos de grande queda de anticorpos nas pessoas vacinadas depois de alguns meses. Ainda não existe uma explicação científica para isso, mas é uma constatação. Então, é provável que será necessária a aplicação da quarta dose da vacina, principalmente porque não parece haver efeitos colaterais importantes.

Aqui no Brasil ainda não há vacinas suficientes para se aplicar a quarta dose em toda a população. Futuramente, com a produção da vacina pela Fiocruz ou pelo Instituto Butantã, haverá a possibilidade de vacinar as pessoas com mais doses. Os esforços estão centrados para que o Brasil consiga acabar com essa dependência dos insumos da vacina que são trazidos de fora, bem como ter um estudo e uma vacina de acordo com a realidade do nosso país e da nossa população.

Por enquanto, a covid-19 não é uma doença sazonal. Em breve, é possível que o cenário passe a ser de uma endemia e a doença se torne sazonal.

E sobre a vacinação contra a covid-19 em crianças? - CG: vacinação nas crianças vem sendo bem-sucedida. Em São Paulo, duas a cada três crianças estão vacinadas. Algumas já iniciaram a aplicação da segunda dose e a situação é positiva se continuar avançando dessa forma. Mas ainda não é hora de relaxar e, por isso, a recomendação é seguir com os protocolos de segurança.

A volta às aulas influenciou na evolução da pandemia? - CG: não foi detectada nenhuma variação que pudesse influenciar na evolução da pandemia. Principalmente porque a vacinação das crianças nas regiões Sul e Sudeste do Brasil está bastante avançada.

E as arboviroses, são um problema nessa época do ano? - CG: desde 2019 não há dados públicos sobre o cenário das arboviroses no Brasil. Já era difícil prever situações apenas com base em números e agora, com a falta de dados, o recurso usado pela saúde pública é analisar o número de casos no final do ano, em novembro e dezembro, que tende a aumentar e passa a ser um indicativo que no ano seguinte haverá alta incidência de arboviroses, como a dengue, por exemplo, cujo pico é em abril por conta da incidência de chuvas. Mas há alertas para cuidados com chikungunya e zika, em que incidência de casos foram registrados já em 2022.

E como será a campanha vacinal contra a gripe em 2022?- CG: a entrada de um novo vírus da gripe em dezembro de 2021, o H3N2, fez com que fosse registrada uma alta incidência de casos. Com isso, há uma população parcialmente imunizada contra essa variante e que pode contribuir para que o número de casos de gripe em 2022 seja menor. Diferentemente do cenário de vacinação do ano passado, em que a baixa adesão pode ter sido causada por conta de estar vigente dois esquemas vacinais ao mesmo tempo, a projeção para este ano é positiva. A população está mais sensibilizada, mas ainda assim haverá o desafio em relação à imunização contra a gripe - que normalmente conta com 80 milhões de doses no Brasil – volume baixo diante do número de habitantes no País. A grande vantagem, diferentemente da vacina con tra a covid-19, é que a vacina da gripe é feita no Brasil. A campanha vacinal de 2022 já contemplará os quatro componentes cuja formulação contém proteínas de diferentes cepas, a chamada vacina quadrivalente: vírus A e B, H1N1 (Victoria), H3N2 (Darwin), (linhagem B/Victoria) e (linhagem B/Yamagata).

Haverá a vacinação dupla contra a covid-19 e a gripe? -CG: Instituto Butantã já estuda uma vacina dupla e que trará tranquilidade e um cenário positivo para imunizar o maior número de pessoas ano a ano.|Anesia Pinto.

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