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19/03/2022 - 07:06

“Super abelhas” atraem centenas em Varginha


Lançamento do Programa de Melhoramento Genético na Apicultura do Sistema Faemg chamou a atenção da região – até maio, mais 12 eventos serão realizados no estado.

É oficial: começou no dia 18 de março (sexta-feira), a jornada do Programa de Melhoramento Genético - Produção Itinerante de Rainhas rumo a distribuir cinco mil abelhas-rainha com genética superior para apicultores mineiros. No evento de lançamento realizado hoje (18), em Varginha, 180 participantes de 44 municípios foram apresentados à iniciativa inédita do Sistema FAEMG/SENAR/INAES/Sindicatos por meio do Programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG.

— Nós vivemos um momento pós pandemia difícil. Cabe ao Sistema Faemg e parceiros encontrar saídas e uma das que acredito é sair de nossas casas em busca de melhorias. Uma delas é a que buscamos aqui hoje — sem a melhoria de nossas abelhas, vacas, milho, não vamos avançar. O custo aumentou, precisamos aumentar a produção e isso só é possível com eficiência, técnica e gestão —comentou o presidente do Sistema Faemg, Antônio de Salvo, na abertura do evento.

—Nossa expectativa para o projeto é ele superar a proposta de melhorar a questão social e a sustentabilidade ambiental, que são muito importantes, para potencializar os ganhos desses apicultores com a atividade. Ou seja, aumentar a produção e a produtividade de mel e própolis vencendo o desafio de fazer com que o apicultor ganhe dinheiro de forma sustentável. Essa é a proposta do Sistema Faemg com mais essa inovação que estamos trazendo para os produtores que participam do ATeG Apicultura —explicou Christiano Nascif, superintendente do SENAR Minas.

Participação — Quem foi ao Parque de Exposições João Urbano Figueiredo pode conhecer detalhes da tecnologia do programa e ver de perto a unidade móvel que funcionará como laboratório itinerante. O veículo foi adaptado para receber todo o processo de gestação das novas rainhas e poder ir até os apiários entregar os animais aos produtores participantes. O gerente de Assistência Técnica e Gerencial do Sistema Faemg, Bruno Rocha de Melo, está satisfeito com o início do programa: —tivemos aqui um engajamento muito grande de apicultores da região e esperamos contar com a presença de todos nos próximos eventos. Serão mais 12 encontros até o mês de maio em todo o estado— informou.

O apicultor de Elói Mendes, Aécio Marques, é um dos atendidos pelo Programa ATeG que está na expectativa para receber novas rainhas. Ele quer melhorar geneticamente o apiário em busca de mais rentabilidade e ainda aponta outros benefícios do programa: —primeiro, uniformizar procedimentos; segundo, nos organizar em grupos para comprar equipamentos e insumos mais barato no atacado; e, terceiro, e mais importante, começar a deixar procedimentos que dão errado individualmente para adotar um procedimento só que dá certo para todo mundo — e um deles é esse melhoramento genético das abelhas-rainha, porque é delas que parte todo o resto—.

Aprimoramento constante — Para o presidente Antônio de Salvo, o processo de melhoramento genético é contínuo, e a apicultura não podia ficar de fora disso. —É um setor que está crescendo internamente com o aumento do consumo no Brasil, mas também atrai olhares da Europa para a qualidade dos nossos produtos. Nada mais justo e em tempo do que iniciar esse processo de melhoramento para que nossos apiários possam produzir 30, 40% mais do que antes disso. Precisamos ter consciência de que só com tecnologia vamos conseguir isso —afirmou.

A expectativa é que as abelhas geneticamente superiores aumentem a qualidade dos produtos apícolas e a sustentabilidade do negócio. Até o início de 2023, espera-se que o Norte e o Sul de Minas, regiões que se destacam na apicultura, já tenham um banco de genética adequado para a produção local de mel e própolis.

O consultor master das cadeias de Apicultura e Agroindústria do Programa do ATeG, o zootecnista Arnaldo Maurício Correa Neto, acompanhará todo projeto. Ele esclarece que as rainhas selecionadas oferecerão uma produtividade de mel e própolis maior que a média atual dos enxames brasileiros. Com o melhoramento genético das rainhas, espera-se um crescimento de 30% na produção de mel e própolis, já que 95% dos produtores não faziam a substituição das rainhas improdutivas.

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