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26/03/2022 - 08:02

Antigo Convento do Carmo é reinaugurado pelo Estado do Rio de Janeiro


Investimentos de R$ 30 milhões feitos pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), que agora aporta o Centro Cultural da PGE, como mais uma opção de lazer cultural na cidade.

Depois de passar os últimos quatro anos em obras que restauraram suas antigas características arquitetônicas, o Convento do Carmo, no Centro do Rio, foi reinaugurado no dia 24 de março (quinta-feira) pelo Governo do Estado. A Procuradoria Geral do Estado (PGE) investiu R$ 30 milhões na recuperação do prédio, que foi residência de D. Maria I, rainha de Portugal, depois que a corte portuguesa mudou-se para o Brasil, em 1808, e vai instalar ali o Centro Cultural da Procuradoria, com biblioteca, salão de exposições e um bistrô, abertos ao público.

—O Convento do Carmo é parte importante da riqueza histórica e cultural do Rio de Janeiro e do Brasil. A reforma realizada pela PGE revelou tesouros arqueológicos da época em que a família real portuguesa chegou ao Brasil, no início do século XIX, e é uma grande satisfação para o nosso governo poder devolver esse patrimônio à população — declarou o governador Cláudio Castro.

Durante a cerimônia que marcou a conclusão das obras de restauro do convento e a inauguração do Centro Cultural da PGE, o procurador-geral do Estado, Bruno Dubeux, e o secretário de Estado de Educação, Alexandre Valle, assinaram um termo de cooperação pelo qual os alunos da rede estadual de ensino poderão fazer visitas guiadas ao local.

— A PGE tem muito orgulho de ter recuperado esse patrimônio histórico e cultural da cidade. A conclusão da obra de reforma deste prédio, que viu o Rio de Janeiro nascer e foi residência da única mulher que assumiu o trono português, simboliza o renascimento do Centro da Cidade — destacou o procurador-geral do Estado, Bruno Dubeux, referindo-se às atrações da programação do Centro Cultural da PGE, como mais uma opção de lazer cultural na cidade.

A reforma — O principal foco do projeto de reforma do antigo Convento, construído pelos frades carmelitas em 1620, foi a restauração de esquadrias, pisos, forros e pinturas, elementos da arquitetura colonial. Ao mesmo tempo, foram incorporadas novas soluções de acessibilidade, conforto ambiental, acústico e de instalações prediais, que possibilitaram agregar um projeto contemporâneo, sem perder de vista as características históricas do prédio.

No andar térreo da construção de três andares, a obra resgatou a originalidade dos arcos que emolduram os dois grandes ambientes, onde serão instalados o bistrô e o salão de exposições. No primeiro andar, os aposentos que serviram à D. Maria I tiveram o piso, com tábuas de pinho de riga trazidas em navios da Europa, completamente restaurado, assim como a cor das paredes e as pinturas que adornam o ambiente.

A reforma também revelou a estrutura das paredes internas do primeiro piso, com vigas de madeira entrelaçadas, que lembra a preocupação dos europeus com os abalos sísmicos que devastaram Lisboa em 1755. Ao lado dessa lembrança trágica, a obra também descortinou uma delicada pintura na parede que imita uma divisória em madeira - técnica artística conhecida como trompe l'oeil (em francês), que cria uma ilusão de ótica e transforma a figura em três dimensões. Há, ainda, paredes erguidas com pedras coladas com óleo de baleia.

Achados arqueológicos — As escavações feitas no prédio para a instalação de novos sistemas de água e esgoto desenterraram dezenas de achados arqueológicos utilizados no dia a dia pela família real portuguesa: louças francesas e inglesas, garrafas de vinho, talheres de prata, moedas, pentes, cachimbos e fragmentos de cerâmica. Esses utensílios da família real serão reunidos e organizados para uma exposição no próprio convento ainda este ano.

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