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05/06/2008 - 10:08

Banco Central leva Selic a 12,25%, sem pistas sobre próximo passo

Brasília- O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou no dia 4 de junho (quarta-feira), a taxa básica de juro em 0,50 ponto percentual pela segunda vez consecutiva, para 12,25 por cento ao ano, em linha com as expectativas do mercado.

A decisão foi tomada de forma unânime pela diretoria do Banco Central, que não deu indicações sobre os próximos movimentos da taxa.

Em breve comunicado, o Copom afirmou apenas que está "dando prossseguimento ao processo de ajuste da taxa de juro básica iniciado na reunião de abril".

Pesquisa da Reuters feita junto a 29 instituições financeiras na última semana mostrou que 19 apostavam em uma alta de 0,50 ponto do juro. Outras 9 esperavam um aumento de 0,75 ponto e um economista disse projetar uma elevação de 1 ponto da Selic.

"O Banco Central ainda não tem informações suficientes para avaliar se a estratégia adotada na última reunião, quando começou a elevar os juros, está dando certo. Por isso, tem que manter o plano de vôo e subir a taxa gradualmente", afirmou Roberto Padovani, economista-chefe do Westlb.

Em sua reunião anterior, após surpreender o mercado com um aumento dos juros maior do que o esperado após três anos sem elevações da Selic, o Copom havia afirmado que o movimento mais agressivo visava restringir o tamanho do aperto monetário total a ser promovido.

Desde então, as expectativas de inflação se deterioraram e a inflação recrudesceu.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril foi de 0,55 por cento, contra 0,48 por cento em março. O IPC-Fipe, que mede a inflação ao consumidor em São Paulo, teve alta de 1,23 por cento no mês passado, maior leitura desde fevereiro de 2003 e ante 0,54 por cento em abril.

Segundo sondagem semanal do BC, analistas do mercado projetam que a inflação de 2008 e de 2009 ficará acima do centro da meta de 4,5 por cento --em 5,48 por cento e 4,6 por cento, respectivamente.

"Eu acho que o 0,50 é compatível com o balanço de riscos que a gente enxerga à frente. Acelerar para 0,75 ponto seria ter uma política monetária volátil no futuro", disse Zeina Latif, economista-chefe do ABN Amro Real.

Em depoimento à comissões do Congresso na última semana, o presidente do BC, Henrique Meirelles, afirmou que a autoridade monetária estava preocupada com a possibilidade de a inflação no atacado contaminar o varejo. Ele frisou, contudo, que o BC não estava sendo surpreendido pela trajetória da inflação e não precisaria, portanto, de "correr atrás do prejuízo".

A próxima reunião do Copom está agendada para os dias 22 e 23 de julho.| Por: Isabel Versiani, com rreportagem adicional de Vanessa Stelzer e Aluísio Alves/Reuters.

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