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05/06/2008 - 10:09

Contratos da Petrobras para 12 sondas atingem US$8 bilhões

Rio de Janeiro - O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, informou no dia 4 de junho (quarta-feira), que os contratos de afretamento de 12 sondas de perfuração pela empresa atingiram o valor de 8 bilhões de dólares.

Ele ressaltou que, por se tratarem de contratos de longo prazo, cerca de 6 a 7 anos, a Petrobras conseguiu reduzir as diárias pagas pelas unidades.

"Enquanto o mercado está falando numa faixa de 600, 700 mil dólares por dia, nós ficamos na faixa de 400, 450 mil dólares, isso é um diferencial fantástico para a empresa", disse Barbassa a jornalistas após palestra para executivos de finanças.

O diretor informou que para tentar reduzir seus custos na contratação de unidades de exploração e produção, cuja demanda aumentou no planejamento da estatal devido à descoberta de reservas gigantes na camada pré-sal da costa brasileira, a Petrobras vai integrar, pela primeira vez, um fundo de investimento para disponibilizar capital de risco para a indústria nacional.

O fundo, com capital inicial de 100 milhões de reais, será feito em parceira com o Banco do Brasil e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A Petrobras entrará com 10 por cento desse total, informou.

"Está em fase final de estruturação e é para financiar pequenas e médias empresas fornecedoras da Petrobras, que vai adiantar recursos para essas empresas para elas terem capital de giro", explicou o executivo.

Sobre financiamentos para a empresa desenvolver a produção dos blocos na camada pré-sal, que por ser muito profunda demandará recursos elevados, Barbassa explicou que a demanda mais forte por recursos para a nova área deverá ocorrer a partir de 2010, por isso não há necessidade imediata.

Este ano, a previsão continua sendo a captação de 5 bilhões de dólares, ainda não executada pela companhia.

Na avaliação de Barbassa, os investimentos mais pesados para produzir o petróleo e o gás natural na camada pré-sal vão coincidir com uma fase em que a Petrobras estará produzindo muito mais petróleo do que hoje, o que poderá ajudar a financiar grande parte dos investimentos com o próprio caixa.

"O impacto do investimento das novas descobertas vai acontecer a partir de 2010, e começa mais intensamente, e se intensificando, em 2012, 2013, 2014... mas até lá vamos estar produzindo 3,5 milhões de barris por dia gente, é muita geração de caixa", afirmou.

Mas ele admitiu que a empresa terá que recorrer ao mercado a partir de 2010 com essa finalidade.

"A gente espera que venha a ser um tomador de recursos do mercado, mas não tenho avaliação completa da necessidade de recursos para o pré-sal", afirmou.

"O mercado pode estar entendendo que a Petrobras vai precisar de muito dinheiro do mercado, mas tenho também muito fluxo de caixa e outros fatores que limitam a utilização dos recursos, como a falta de equipamentos", concluiu.

A Petrobras divulga em setembro a revisão do seu plano estratégico. Pelo atual plano, a empresa previa investir 112,7 bilhões de dólares de 2008 a 2012. No mesmo período, a previsão de captação de recursos no mercado era de 20 bilhões de dólares. | Por: Denise Luna/Reuters.

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