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31/03/2022 - 09:01

Pesquisa e tecnologia são vantagens competitivas do Brasil


Para atrair investimentos em energia. Painel organizado pela Itaipu na Expo Dubai 2020 reuniu especialistas do setor para debater transição energética e fontes renováveis.

As iniciativas da Itaipu Binacional e do Parque Tecnológico Itaipu (PTI) no desenvolvimento de tecnologias que impulsionam a transição energética foram um dos temas abordados por especialistas do setor de energia durante o painel “Transição Energética e Oportunidades de Investimento no Brasil”, realizado no dia 30 de março (quarta-feira). O debate, moderado pelo diretor de Negócios e Inovação do PTI, Rodrigo Régis, fez parte da programação de eventos paralelos organizados pela Itaipu durante a Expo 2020 Dubai.

Sob as diretrizes e a orientação do Governo Federal, a Itaipu investe e incentiva o desenvolvimento de diversas fontes renováveis de geração de energia, por meio do PTI: o hidrogênio, a geração solar e o biogás. Além disso, a binacional investe em projeto piloto de microrredes elétricas em área rural; pesquisas para desenvolvimento de baterias de sódio e do primeiro ônibus híbrido (elétrico – etanol) do mundo, em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação.

O debate foi aberto pelo diretor-geral brasileiro da Itaipu, almirante Anatalicio Risden Junior, que apresentou um panorama da situação brasileira em relação às energias renováveis e enfocando o pioneirismo do país, que iniciou o processo de transição energética ainda na década de 1970. “O Brasil tem a matriz energética mais limpa dentre as grandes economias do mundo. Segundo os dados da Empresa de Pesquisa Energética, mais de 47% de sua matriz é proveniente de fontes renováveis, contra 14% da média mundial”, lembrou o diretor.

A transição energética é um movimento motivado pela descarbonização, com foco na sustentabilidade e cumprimento das metas da Agenda 2030. Além disso, baseia-se na descentralização da geração de energia e na digitalização, com novas tecnologias se tornando parte do setor elétrico, como redes inteligentes, internet das coisas, big data, entre outras.

Para os painelistas, o Brasil está em uma posição bastante vantajosa em relação a esse processo. —O Brasil é um ponto de referência em transição energética, porque além de recursos naturais, aqui o investidor encontra mercado, segurança jurídica, recursos humanos e, em especial, pesquisa e desenvolvimento, o que permite diversificar o portfólio e ampliar o investimento no país — avaliou Alessandro Amadio, representante da Unido (Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial).

—O Brasil oferece não só um imenso mercado interno, como também a possibilidade de exportar energia para outros mercados —completou José Carlos Aleluia, conselheiro da Itaipu. —A crise da covid-19 expôs a fragilidade energética de países robustos e mostrou que o Brasil tem uma boa base, principalmente por contar com a Itaipu, uma usina que, mais do que produzir energia, produz segurança, garantindo o fornecimento em caso de picos de demanda— disse.

Diversificação e oportunidades — Desenvolver e colocar no mercado novas fontes e novas tecnologias para manter a disponibilidade do sistema é um diferencial para o Brasil e permite uma inserção competitiva do país no segmento de baixo carbono —afirmou Giovani Machado, diretor da EPE (Empresa de Pesquisa Energética). —E não vemos apenas a substituição de empresas existentes por outras, mas sim uma diversificação, como empresas de óleo e gás que passam a investir em energia solar, por exemplo—.

Como investidor, o CEO da Alexandria Energia Solar, Alexandre Brandão, colaborou com o debate trazendo uma visão de mercado e reforçou o interesse cada vez maior de empresas estrangeiras em investir no setor elétrico brasileiro. —Somos um país resiliente, com um mercado interno sólido, infraestrutura e muita oportunidade. Além disso, temos um desenvolvimento tecnológico de alto nível, muito puxado pela própria Itaipu e o PTI, que facilita as operações, reduz custos e permite melhoria na gestão —disse.

A Itaipu — Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, 2,8 bilhões de MWh. A hidrelétrica é responsável pelo abastecimento de aproximadamente 8% de toda a energia consumida pelo Brasil e aproximadamente 85% do Paraguai.

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