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02/04/2022 - 08:44

Balança comercial brasileira registra superávit de US$ 7,38 bilhões, diz Secex/ME


E US$ 11,313 bilhões no primeiro trimestre do ano. As exportações cresceram 26,8% e somaram US$ 71,74 bilhões de janeiro a março. As importações cresceram 25,0% e totalizaram US$ 60,42 bilhões. Enfim, resultado positivo para meses de março desde o início da série histórica, em 1989.

Sob a égide do momento de grande valorização das commodities (bens primários com cotação internacional), a balança comercial brasileira registra o melhor resultado positivo para meses de março desde o início da série histórica, em 1989. No mês de março, o país exportou US$ 7,383 bilhões a mais do que importou. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia(ME), em coletiva de imprensa transmitida pelo YouTube no dia 1º de abril (sexta-feira).

No primeiro trimestre, a balança comercial acumula superávit de US$ 11,313 bilhões. Isso representa 37,6% a mais que o registrado de janeiro e março do ano passado (US$ 8,087 bilhões). O saldo é o segundo melhor da história para o período, perdendo apenas para 2017, quando o superávit tinha ficado em US$ 13,016 bilhões nesse intervalo.

No mês de março de 2022, o Brasil vendeu US$ 29,095 bilhões para o exterior e comprou US$ 21,711 bilhões. Tanto as importações como as exportações bateram recorde em março, desde o início da série histórica, em 1989. As exportações subiram 25% em relação a março do ano passado, pelo critério da média diária. As importações aumentaram 27,1% na mesma comparação.

Um dos principais responsáveis pela recuperação do saldo comercial foi a valorização das commodities (bens primários com cotação internacional), que subiram em março em meio ao acirramento das tensões entre Rússia e Ucrânia. A estabilidade de algumas safras, principalmente a de soja, também contribuiu para o resultado.

No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu apenas 1,8%, enquanto os preços aumentaram 17,2% em média na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nas importações, a quantidade comprada caiu 7,1%, mas os preços médios subiram 29,5%.

Setores e Produtos: Exportações — Em março de 2022, o desempenho dos setores foi o seguinte: crescimento de 36,8% em Agropecuária, que somou US$ 8,17 bilhões; queda de -2,4% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 6,34 bilhões e, por fim, crescimento de 35,2% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 14,47 bilhões. A combinação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.

A expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas dos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos (1.995,5%), Café não torrado (60,7%) e Soja ( 35,0%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto ( 53,6%), Minérios de níquel e seus concentrados ( 102,9%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (21,5%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (69,3%), Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (49,0%) e Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (172,2%) na Indústria de Transformação.

Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos registraram diminuição nas vendas: Milho não moído, exceto milho doce (-91,3%), Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (-15,8%) e Mel natural (-37,0%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (-20,6%), Minérios de cobre e seus concentrados ( -9,1%) e Minérios de metais preciosos e seus concentrados (-54,7%) na Indústria Extrativa ; Carne suína fresca, refrigerada ou congelada (-25,4%), Açúcares e melaços ( -8,2%) e Produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço ( -9,1%) na Indústria de Transformação.

Acumulado no Ano — No acumulado de janeiro a março de 2022, em comparação com igual período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: crescimento de 61,0% em Agropecuária, que somou US$ 16,45 bilhões; queda de -5,3% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 15,94 bilhões e, por fim, crescimento de 33,4% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 39,02 bilhões. A associação destes resultados levou ao aumento do total das exportações.

Esta conjuntura de crescimento nas exportações foi influenciada pelo crescimento das vendas nos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos (448,1%), Café não torrado (60,6%) e Soja (75,6%) na Agropecuária; Pedra, areia e cascalho (45,1%), Outros minerais em bruto (49,1%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (38,3%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (64,5%), Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (42,5%) e Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (174,9%) na Indústria de Transformação.

Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (-5,5%), Mel natural (-33,3%) e Algodão em bruto (-10,4%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (-33,2%), Minérios de cobre e seus concentrados (-22,9%) e Outros minérios e concentrados dos metais de base (-15,8%) na Indústria Extrativa ; Carne suína fresca, refrigerada ou congelada (-18%), Açúcares e melaços (-7,5%) e Aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (-28,7%) na Indústria de Transformação.

Importações — Em março de 2022, o desempenho das importações por setor de atividade econômica foi o seguinte: crescimento de 21,0% em Agropecuária, que somou US$ 0,51 bilhões; crescimento de 94,9% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 1,79 bilhões e, por fim, crescimento de 25,2% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 19,34 bilhões. A combinação destes resultados motivou ao aumento das importações.

O movimento de crescimento nas importações foi influenciado pela ampliação das compras dos seguintes produtos: Pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (114,3%), Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas ( 50,0%) e Soja ( 81,9%) na Agropecuária; Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (113,7%), Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (221,1%) e Gás natural, liquefeito ou não ( 39,8%) na Indústria Extrativa ; Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (82,7%), Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (132,6%) e Válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (92,7%) na Indústria de Transformação.

Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Cevada, não moída (-32,4%), Cacau em bruto ou torrado ( -63,4%) e Látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (-6,8%) na Agropecuária; Pirites de ferro não torrados ( -12,7%), Minério de ferro e seus concentrados (-99,9%) e Minérios de cobre e seus concentrados (-85,3%) na Indústria Extrativa ; Cobre (-22,7%), Alumínio (-24,0%) e Equipamentos elétricos e não elétricos de uso doméstico (-37,1%) na Indústria de Transformação.

Acumulado no Ano — No acumulado de janeiro a março de 2022, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: crescimento de 0,9% em Agropecuária, que somou US$ 1,27 bilhões; expansão de 168,1% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 6,13 bilhões e crescimento de 20,0% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 52,43 bilhões. A combinação destes resultados levou ao aumento do total das importações.

Esta conjuntura de crescimento nas importações foi influenciada pelo crescimento das compras dos seguintes produtos: Pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (66,6%), Cevada, não moída (32,9%) e Látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (19,6%) na Agropecuária; Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (174,5%), Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (209,9%) e Gás natural, liquefeito ou não (222,2%) na Indústria Extrativa ; Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (53,7%), Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (106,2%) e Válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (66,2%) na Indústria de Transformação.

Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Arroz com casca, paddy ou em bruto (-81,1%), Milho não moído, exceto milho doce (-32,4%) e Cacau em bruto ou torrado (-87,9%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (-54,7%), Minérios de cobre e seus concentrados (-74,2%) e Minérios de alumínio e seus concentrados (-71,2%) na Indústria Extrativa ; Polímeros de cloreto de vinila ou de outras olefinas halogenadas, em formas primárias (-36,5%), Equipamentos de telecomunicações, incluindo peças e acessórios (-5,9%) e Plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes (-87,2%) na Indústria de Transformação.

Principais Parceiros Comerciais: Argentina — As exportações para a Argentina, no mês de Março/2022, cresceram 14,5% e somaram US$ 1,20 bilhões. As importações aumentaram 9,2% e totalizaram US$ 0,97 bilhões. Logo, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou superávit de US$ 0,22 bilhões e a corrente de comércio aumentou 12,1% alcançando US$ 2,17 bilhões.

No período acumulado de janeiro a março 2022, em relação a igual período do ano anterior, as vendas para a Argentina cresceram 20,3% e atingiram US$ 3,19 bilhões. As importações caíram -4,1% e chegaram US$ 2,56 bilhões. Com isto, neste período, a balança comercial para este país apresentou saldo positivo de US$ 0,63 bilhões e a corrente de comércio expandiu-se em 8,1% totalizando US$ 5,75 bilhões.

China, Hong Kong e Macau — As exportações para a China, Hong Kong e Macau no mês de Março/2022, cresceram 13,1% e somaram US$ 9,32 bilhões. As importações aumentaram 31,3% e totalizaram US$ 5,11 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou superávit de US$ 4,21 bilhões e a corrente de comércio aumentou 18,9% alcançando US$ 14,43 bilhões.

No período de janeiro a março de 2022, em relação a igual período do ano anterior, as vendas para China, Hong Kong e Macau cresceram 8,0% e atingiram US$ 19,78 bilhões. As importações cresceram 32,9% e totalizaram US$ 14,91 bilhões. Consequentemente, neste período, a balança comercial apresentou superávit de US$ 4,87 bilhões e a corrente de comércio expandiu-se em 17,5% somando US$ 34,70 bilhões.

Estados Unidos — As exportações para os Estados Unidos, em março de 2022, cresceram 26,1% e somaram US$ 2,90 bilhões. As importações aumentaram 26,8% e chegaram a US$ 3,81 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial resultou num déficit de US$ -0,91 bilhões e a corrente de comércio registrou aumento de 26,5% alcançando US$ 6,72 bilhões.

No acumulado de janeiro a março de 2022, em relação ao mesmo período do ano anterior, as exportações para os Estados Unidos cresceram 35,3% e atingiram US$ 7,68 bilhões. As importações cresceram 40,8% e totalizaram US$ 11,43 bilhões. Dessa forma, neste período, a balança comercial para este país apresentou déficit de US$ -3,75 bilhões e a corrente de comércio aumentou 38,5% chegando a US$ 19,11 bilhões.

União Europeia — As vendas para a União Europeia, cresceram 37,5% e chegaram US$ 4,36 bilhões. As importações aumentaram 14,5% e totalizaram US$ 3,79 bilhões. Assim, a balança comercial com este bloco resultou num superávit de US$ 0,57 bilhões e a corrente de comércio aumentou 25,8% alcançando US$ 8,14 bilhões.

No período acumulado de janeiro a março de 2022, em relação a igual período do ano anterior, as exportações para a União Europeia cresceram 42,8% e atingiram US$ 10,69 bilhões. As importações cresceram 11% e totalizaram US$ 9,85 bilhões. Consequentemente, neste período, a balança comercial com este bloco comercial apresentou superávit de US$ 0,84 bilhões e a corrente de comércio aumentou 25,5% somando US$ 20,54 bilhões.

Fertilizantes — A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou no início do mês passado que não há risco de desabastecimento de fertilizantes para a safra atual brasileira e que busca alternativas para a safra que se iniciará em setembro.

E para isso, segundo ela, o Mapa estuda alternativas viáveis, como diversificar a importação; utilizar menos fertilizantes, contando com apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para ir a campo e ensinar aos produtores métodos de produção com menor uso de fertilizantes; e agilizar o fluxo de entrada dos fertilizantes nos portos.

O governo federal também apresentou em meados de março um Plano Nacional de Fertilizantes (PNF) para o país. O documento lista uma série de medidas pensadas para aumentar a produção até 2050 e reduzir a dependência do mercado externo.

O Plano traz medidas para os próximos 28 anos focadas em diminuir a atual dependência do produtor rural brasileiro em relação aos fertilizantes importados e aumentar a produção nacional.

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