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09/04/2022 - 07:57

Operadoras de Turismo embarcaram 7,4 milhões de passageiros em 2021


Roberto Haro Nedelciu, presidente da Braztoa

E ultrapassaram marca obtida antes da pandemia. Entretanto, o faturamento de R$ 7,1 bilhões alcançado no período ainda está 44% abaixo do valor conquistado em 2019.

Depois de 2020, ano no qual o mundo foi pego de surpresa com a chegada de uma pandemia inimaginável, 2021 começou com expectativas tímidas de recuperação do Turismo, mas terminou com resultados surpreendentemente positivos. É o que mostra o Anuário Braztoa 2022, estudo realizado pela Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) em parceria com a Sprint Dados, empresa de consultoria especializada em análise de dados para o turismo, que traça o contexto econômico nacional e internacional do segmento de viagens de lazer e do comportamento do turista, a partir de informações das operadoras associadas à entidade.

Nesta edição, o Anuário vai além dos comparativos relacionados a 2020 e conta, também, com análises sobre 2019, período pré-pandemia que se tornou uma meta de retomada não apenas para o Turismo, mas para diversas atividades econômicas do Brasil e do mundo.

De acordo com a Organização Mundial do Turismo, 2021 teve 415 milhões de viagens internacionais, com uma receita entre U$ 700 - 900 bilhões. Segundo dados da IATA, 2021 contou com 29,5% menos viagens domésticas em nível global em comparação a 2019, e uma queda de 24% na oferta de assentos (média global).

Já no Brasil, as operadoras Braztoa demonstraram garra e resiliência durante este período desafiador, mantendo suas empresas abertas e em atividade, buscando se reinventar e trazer novas formas de atender seus clientes e gerar receitas para seus negócios. Os dados a seguir mostram a superação de alguns valores históricos, como a contabilização do maior volume de passageiros embarcados desde o início do Anuário. Estes números são a materialização da resiliência desenvolvida por cada uma dessas empresas.

Em 2021, as operadoras Braztoa alcançaram R$ 7,1 bilhões em faturamento, uma recuperação de 77,3% em relação ao ano anterior. Quando comparado a 2019, esse número fica 44% abaixo do que foi registrado no período (15,1 bilhões).

O turismo nacional representou um faturamento de R$ 5,8 bilhões (82,5%), já as vendas de viagens para o exterior – segmento que enfrentou diversas restrições – atingiram a marca de R$ 1,3 bilhão (17,5%).

O volume de passageiros embarcados foi surpreendente, contabilizando 7,4 milhões de embarques, o que corresponde a um aumento de 124,6% em relação a 2020 (3,3 milhões de pessoas), e 14,2%, se comparado a 2019 (6,5 milhões de pessoas). Desse total, mais de 7,1 milhões foram para destinos dentro do Brasil (95,8%), o que equivale à cidade de Nova York com 100% de ocupação por 13 dias. Um aumento de 225% em relação ao ano anterior, e 48% a mais que em 2019. Já a porcentagem de pessoas que viajaram para destinos internacionais foi de 4,2%, ou seja, pouco mais de 300 mil brasileiros foram para fora do país em 2021.

— O embarque doméstico superou todos os valores já registrados pela Braztoa, demonstrando que o setor de viagens soube se reinventar e criar novos produtos, além da existência de uma demanda reprimida que já começou a ser sanada e, principalmente, a inclusão de viagens na agenda de interesses e necessidade dos brasileiros— disse Roberto Haro Nedelciu, presidente da Braztoa.

No Brasil, o Nordeste permanece na liderança, com 67% do faturamento doméstico e 85,5% dos embarques, seguido pelo Sudeste (11,2% faturamento e 4,7% de embarques) e pelo Sul (9% de faturamento e 6,8% de embarques). Norte e Centro-Oeste ficaram abaixo de 3% do total nacional.

Entre os destinos que compõem o pódio brasileiro dos mais buscados, Salvador e Praia do Forte ficaram na primeira colocação, seguidos por Natal, Gramado e São Paulo. Destaca-se que as atrações mais vendidas foram resorts, praias e Natal Luz. Mais de 2,3 milhões de diárias em meios de hospedagem brasileiros foram comercializadas no período.

Nos embarques internacionais, as restrições sanitárias e de circulação implementadas, em virtude da pandemia, alteraram o cenário com uma significativa redistribuição do público, mantendo as tendencias iniciadas em 2020. Com isso, a América Central obteve o melhor desempenho, responsável por 27,7% do faturamento e 35,3% dos passageiros embarcados. Apesar das limitações de fronteiras, a Europa ficou em segundo lugar, com 23,8% do faturamento e 12,8% dos embarques.

No ranking de destinos, Cancun aparece em destaque, com grande vantagem dos segundos colocados Cairo e Miami. A atração mais buscada foi a Disney, mesmo diante das restrições de viagens para os Estados Unidos, vigentes até novembro de 2021. As Pirâmides do Egito também chamaram a atenção do público e apareceram entre as mais adquiridas. Em 2021, foram comercializadas mais de 687 mil diárias para hospedagens internacionais.

Ticket Médio e perfil das viagens — Com o aumento no volume de viagens realizadas, identifica-se uma redução de 15,7% no ticket médio dos roteiros domésticos em comparação a 2020, e de 45,8% em relação a 2019 chegando ao valor médio de R$ 820,55. — Esse número pode, em parte, ser explicado pela execução das viagens compradas nos anos anteriores, uma vez que o ticket médio é calculado pelo faturamento do ano de 2021 e pelas viagens realizadas no mesmo ano. Esta redução também pode estar relacionada ao aumento da frequência das viagens e redução da sua duração, pela alteração dos produtos comprados, com reforço do terrestre, dentre outros fatores —explica Rayane Ruas, CEO da Sprint Dados.

No internacional, observa-se o retorno ao patamar dos valores históricos, chegando a R$ 4.047,50, o que representa uma redução de 36% em relação a 2020 e um aumento de 15%, se comparado a 2019.

Vale ressaltar que ainda existe um volume de viagens que foram adquiridas antes da pandemia e só puderam ser executadas em 2021. Os operadores também apontam que, das viagens nacionais e internacionais adquiridas em 2021, 60% foram realizadas como previsto, 26% remarcadas, e apenas 13% canceladas.

Em relação à duração das viagens, os roteiros de média duração (5 a 9 dias) foram os mais escolhidos, alcançando 61% dos passageiros embarcados dentro do Brasil, e 79,8% dos internacionais.

Sobre o tipo de experiência vendida, as completas — aqueles que envolvem a parte terrestre e aérea representam 45% do faturamento, enquanto as viagens que englobam apenas a parte terrestre, sem aéreo, foram responsáveis por 34,7%. Vale ressaltar que, para a aquisição de viagens, a opção de pagamento parcelado em mais de cinco vezes atendeu a maior parte dos clientes (63%). O cartão de crédito e o boleto se confirmam como os principais meios de pagamento, sendo utilizado em 50% e 49% das vendas, respectivamente.

Quando o assunto é antecedência da compra, no mercado doméstico, 51% aconteceram no mês da viagem ou no mês anterior, ou seja, compra para consumo quase imediato. Para o internacional, as aquisições foram realizadas entre 2 e 6 meses antes. 75% das vendas foram feitas integralmente por meio digital e 23%, pelas lojas físicas.

Sustentabilidade e Inovação entre as Operadoras de Turismo — O novo comportamento digital, impulsionado pela pandemia, levou à forte presença das operadoras nos canais on-line e redes sociais, com 94% das empresas presentes no Instagram e 89%, no Facebook. O e-mail é o principal meio de comunicação (91%), seguido do WhatsApp (85%).

A sustentabilidade é outro ponto fundamental para o setor de viagens e muito presente nas operadoras associadas à Braztoa que, juntas, contribuem para os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos pelas Nações Unidas. 38% dessas empresas afirmam que suas ações de sustentabilidade aumentaram desde o início da pandemia, e 42,5% dizem que essa atuação se manteve. Entre as motivações, 76,9% das empresas fizeram implementações visando a proteção do meio ambiente, 74,3% para melhorar a sociedade, e apenas 38,4% focaram na redução de custos.

— Os dados apresentados acima traduzem o resultado de novas estratégias: cada associado Braztoa teve que olhar para o seu negócio e ao mesmo tempo, para suas equipes, seus clientes, para o mundo com todas as suas transformações. Precisou praticar muitas vezes o desapego e reaprender a fazer tudo, de um jeito novo. Os produtos e serviços precisaram ser repensados, pois nós mudamos, e a forma de consumir também. Se há uma coisa que pode ser afirmada é a veracidade da tendência de que o consumidor está, mais do que nunca, confiando nas operadoras e agências de turismo para realizar sua experiência de viagem. Nosso papel de preservar o tempo, as finanças e o equilíbrio emocional dos nossos viajantes está sendo cumprido e os números representam isso. O Anuário Braztoa 2022 consolida aonde chegamos em 2021 e traz indicadores e caminhos para os próximos passos — reforça Roberto Haro Nedelciu.

A versão completa do Anuário Braztoa 2022 para download está disponível no site www.braztoa.com.br

Perfil — A Associação Brasileira das Operadoras de Turismo(Braztoa) reúne operadoras de turismo e parceiros – de negócios e institucionais - responsáveis por estimados 90% das viagens organizadas de lazer, comercializados pela cadeia produtiva no Brasil.

Em 2021, as operadoras associadas à Braztoa faturaram R$ 7,1 bilhões e embarcaram 7,4 milhões de passageiros durante todo o ano.

Entidade de vanguarda e sem fins lucrativos, a Braztoa promove ações e parcerias que valorizam as atividades empresariais dos associados, apoiando o desenvolvimento do mercado turístico de forma sustentável.

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