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Recorde histórico de gastos de turistas estrangeiros no Brasil em 2006, confirma dados do Banco Central


Receita anual de US$ 4,3 bilhões consolida crescimento sobre 2005, que já havia sido superado no acumulado até novembro; desembarques internacionais alcançam resultado expressivo.

Números finais do Banco Central (BC) divulgados dia 25 de janeiro atestam: 2006 foi o melhor ano da história do turismo brasileiro no que diz respeito ao ingresso de divisas por meio do gasto de turistas estrangeiros no País. De acordo com boletim do BC, com a entrada de US$ 400 milhões em dezembro, o Brasil fechou o ano com US$ 4,316 bilhões recebidos com a atividade. O valor supera em 11,77% os US$ 3,861 bilhões registrados em 2005 - até então a melhor marca da série histórica iniciada em 1969.

Presente à Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), uma das principais feiras do setor na Europa, o ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia, comemorou o resultado ao lado da presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Jeanine Pires. "O recorde de US$ 4,3 bilhões comprova que o turismo do Brasil atravessa um momento histórico, apesar dos problemas verificados na aviação civil recentemente. Em nenhum outro governo havíamos registrado mais do que US$ 2 bilhões de receita cambial turística", disse Mares Guia, destacando a criação do Ministério do Turismo em 2003.

Mares Guia ainda fez a ressalva de que o resultado poderia ter sido muito maior. "Cerca de 400 mil turistas estrangeiros deixaram de visitar o País na esteira da crise financeira e operacional da Varig. Cada um deles gastaria, em média, US$ 100 por dia", afirmou.

Entre os empresários e autoridades de turismo presentes no estande brasileiro na BTL, Jeanine lembrou que, antes do final do ano passado, ainda em novembro, os resultados já superavam todo o valor de 2005 e destacou a importância da parceira entre os setores público e privado: "Em novembro já registrávamos uma receita acumulada de US$ 3,916 bilhões, batendo todo o ano de 2005. Nós só conseguimos esses resultados devido ao trabalho conjunto da iniciativa privada e governo no esforço de promoção do Brasil no exterior".

Com o acréscimo de dezembro - alta temporada para o turismo receptivo internacional brasileiro -fechou-se o quinto ano consecutivo de expansão do ingresso de divisas no País por meio do turismo internacional. Para se ter uma idéia, os US$ 4,316 bilhões do ano passado são 116,02% maior do que o US$ 1,998 bilhão de todo o ano de 2002, o primeiro dessa seqüência positiva. A seqüência, depois de 2002, é: US$ 2,479 bilhões, em 2003; US$ 3,222 bilhões, em 2004; e US$ 3,861 bilhões, em 2005.

Na comparação mês a mês, a entrada de US$ 400 milhões em dezembro de 2006 supera em 11,35% os US$ 360 milhões obtidos em dezembro do ano anterior. Esse valor de dezembro do ano passado é praticamente igual ao recorde mensal - que é de US$ 402, em janeiro de 2006. "Mesmo com a crise da Varig e outros problemas que a aviação civil sofreu ao longo de 2006, o ano foi bastante positivo face ao crescimento qualitativo do gasto dos turistas estrangeiros no Brasil", avaliou o diretor de Estudos e Pesquisas da Embratur, José Francisco de Salles Lopes.

Os dados divulgados pelo BC contabilizam os gastos feitos por meio de cartões de crédito e trocas oficiais de câmbio. Não consideram as trocas não oficiais de moeda, aquelas feitas informalmente pelos turistas.

Desembarques internacionais - Apesar das adversidades da aviação civil brasileira em 2006, os desembarques internacionais de passageiros, que incluem estrangeiros e brasileiros em retorno ao Brasil, teve um desempenho expressivo. Em todo 2006, chegaram ao Brasil 6.330.144 passageiros em vôos internacionais (vôos regulares acrescidos de fretamentos). Total apenas 6,75% inferior ao que havia sido registrado nos 12 meses de 2005 (6.788.233 passageiros).

A variação é confirmada pela quantidade de assentos disponibilizados pelas companhias aéreas no período, que caiu 6,60%. Isso corresponde a uma perda líquida (assentos retirados, menos assentos criados) de 480.612 lugares, em termos absolutos. Os problemas enfrentados pela aviação no Brasil foram as principais causas do resultado, especialmente durante o terceiro trimestre do ano, coincidindo com o pior momento da crise da Varig. Somente a companhia aérea respondeu pela retirada de 1,2 milhão de assentos do mercado. Em contrapartida, superada a instabilidade, as companhias repuseram 722 mil novos lugares até dezembro.

Já os desembarques internacionais em vôos charters (fretamentos) confirmaram uma trajetória de crescimento: foram 422.118 passageiros em 2006, contra 349.654 desembarcados em 2005, desempenho 20,73% superior. Os vôos charters transportam exclusivamente turistas estrangeiros.

"É importante destacar que os charters mostraram consistência e tendência de incremento ao longo de praticamente todo o ano. Muitas vezez, chegam também em locais que não contam com vôos regulares, o que contribui para o desenvolvimento regional", comenta Lopes.

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