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05/06/2008 - 11:00

Pesquisa da IBM indica que bancos quadruplicarão de tamanho até 2025

Para a maioria dos entrevistados, a globalização é o fator essencial para o crescimento .

São Paulo - Novo estudo da área de consultoria da IBM Corp. intitulado “Nenhum banco é uma ilha: globalize-se antes que globalizem você” aponta que o sistema bancário mundial quadruplicará de tamanho até 2025 e atingirá US$ 1,3 trilhão em faturamento. O levantamento foi feito em parceria com a Unidade de Inteligência do The Economist.

Mesmo com a turbulência no sistema de crédito norte-americano que tem preocupado economias do mundo todo, a pesquisa mostra que os executivos estão otimistas e apontam um caminho para o crescimento: a globalização. Mais de 40% dos entrevistados citaram a expansão para outros países como a principal oportunidade de crescimento. Foram ouvidos 637 executivos de 320 empresas do setor bancário em 89 países.

O levantamento aponta que existe um grande mercado a ser trabalhado pelos bancos em outras fronteiras: na China, por exemplo, o número de pessoas que ganha anualmente mais de US$ 50 mil tem crescido 15% ano a ano. Já na Índia, 41% da população ainda não possuem conta bancária. Até mesmo nos Estados Unidos, 32% dos imigrantes são “desbancarizados”.

De acordo com o estudo, mesmo os bancos que querem focar-se apenas em uma estratégia local serão afetados pelos efeitos da globalização, já que serão obrigados a reagir para não perder mercado para os novos concorrentes que surgirão em suas regiões de atuação. O desenvolvimento econômico dos países emergentes, aliado às alianças globais entre empresas, fez com que os bancos – e os riscos aos negócios – ficassem mais interdependentes.

Parcerias - Para alcançar novos territórios e oferecer serviços mais eficientes, 82% dos entrevistados disseram que já recorrem ou irão recorrer a parcerias estratégicas, sendo que 65% afirmaram que pretendem aumentar o relacionamento com empresas que não pertencem ao ramo financeiro, como empresas de tecnologia e de telecomunicações. Além disso, 40% afirmaram que irão associar-se a outros bancos ou empresas do mesmo ramo de atuação para entrar em novos mercados. “Os executivos perceberam que não podem prover tudo para todas as pessoas. Além disso, por meio da colaboração, eles conseguem alcançar o mercado que almejam a um custo menor”, diz Luis Antonio Simões Gouveia, diretor da área de consultoria da IBM Brasil especializado no setor financeiro.

Após as entrevistas, a área de consultoria da IBM chegou a algumas conclusões sobre a globalização do sistema bancário: - Destaque-se do grupo: os executivos de banco reconhecem que precisam medir os riscos e benefícios da globalização. Entender as suas próprias forças e vantagens e compreender profundamente as diferenças e detalhes do sistema financeiro em diversos lugares do mundo permitirão a eles escolher a estratégia correta.

- Bancos focados terão vantagem: os bancos que sabem o público em que querem focar sua estratégia conhecem mais as necessidades de seus clientes.

- Os bancos se sentem despreparados: os bancos estão falhando no caminho de operarem de uma maneira mais ágil e global: 51% dos bancos universais (aqueles que oferecem serviços e produtos para todas as camadas da população) classificaram a capacidade de integração global como ‘moderada’ ou ‘fraca’.

- Conquistar os públicos interno e externo é fator de sucesso: enquanto os executivos acreditam que a cultura organizacional de uma empresa é o principal fator de sucesso de uma organização global, eles também reconhecem que ao mesmo tempo pode ser uma enorme barreira. Os bancos precisam ativamente conquistar seus públicos externo (clientes, parceiros de negócios e fornecedores) e interno (funcionários) e gerenciar diferenças culturais para promover a colaboração e o alinhamento da cultura do banco com a de seus clientes.

De acordo com Luis Simões Gouveia, a globalização aumenta o número de pessoas com as quais um banco tem que se relacionar. “Os consumidores passam a ter mais opções de escolha. O desafio para os bancos não é apenas identificar o que o cliente quer, mas descobrir como oferecer exatamente o que ele quer, conforme sua necessidade específica”, afirma.

Mercados consolidados e mercados em crescimento - O estudo da IBM analisou especificamente 35 países dos 89 onde a pesquisa foi realizada. Essas 35 regiões foram classificadas em “mercados com oportunidades” ou “mercados veteranos”. Os “mercados com oportunidades” são aqueles com grandes chances de crescerem futuramente, e os “veteranos” são os que já estão consolidados. A Índia, por exemplo, é um “mercado com oportunidade” por conta do acelerado desenvolvimento econômico dos últimos anos e da conseqüente procura dos indianos por serviços bancários. O Brasil é outro exemplo: a classe C recebeu mais 20 milhões de pessoas que antes estavam nas classes D e E em apenas um ano (de 2006 a 2007), de acordo com pesquisa recente divulgada pelo instituto Ipsos. A migração de classes demonstra um aumento de renda dessa população, que representa um mercado a ser trabalhado pelos bancos varejistas.

A pesquisa perguntou aos entrevistados quais os benefícios esperados por eles ao expandirem sua atuação para outros mercados. Quase 80% dos que pertencem aos “mercados veteranos” disseram estar em busca de uma maior base de clientes, sendo que 60% dos que estão nos “mercados com oportunidades” responderam o mesmo. Menos de 40% dos bancos de “mercados veteranos” afirmaram estar em busca de novos produtos para oferecer a seus clientes. Esse número sobe para 60% entre os entrevistados que estão nos “mercados com oportunidades”. || Site: http://www.ibm.com/br

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