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05/05/2022 - 07:24

FED eleva taxas de juros em 0,5 p.p., em linha com estimativas e detalha tapering

A inflação ao consumidor (IPC) dos Estados Unidos chegou a 8,5% em 12 meses finalizados em março. A inflação atual é a mais alta em quatro décadas.

O Federal Reserve (FED) anunciou em comunicado no dia 04 de maio (quarta-feira) elevação da taxa de juros para 0,75% a 1%, elevação de 0,5 p. p., em linha com estimativas do mercado. A decisão foi unânime.

De acordo com as expectativas do mercado, o aumento na taxa de fundos federais para uma meta máxima de 1% dos 0,25% -0,5% anteriores era dado como certo, visto que a inflação ao consumidor (IPC) dos Estados Unidos chegou a 8,5% em 12 meses finalizados em março. A inflação atual é a mais alta em quatro décadas.

Segundo o FED, mesmo que a atividade econômica geral tenha diminuído no primeiro trimestre, os gastos das famílias e o investimento fixo das empresas permaneceram fortes. O BC americano reforça que os ganhos de emprego foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego diminuiu substancialmente. No entanto, a inflação continua alta devido a desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços mais altos de energia e pressões mais amplas sobre os preços.

—A invasão da Ucrânia pela Rússia está causando enormes dificuldades humanas e econômicas. As implicações para a economia dos EUA são altamente incertas. A invasão e os eventos relacionados estão criando uma pressão ascendente adicional sobre a inflação e provavelmente pesarão sobre a atividade econômica. Além disso, os bloqueios relacionados ao Covid na China provavelmente exacerbarão as interrupções na cadeia de suprimentos. O Comitê está altamente atento aos riscos inflacionários— diz o comunicado.

Leonardo Mendes, economista e sócio da JB3 Investimentos, afirma que o mercado não esperava uma posição muito hawkish visto que o FED possui duplo mandato — inflação e emprego — e o PIB dos EUA veio abaixo do esperado. —O mercado espera que o Fed desalavanque seus balanços, pare com recompra de títulos, comece a ter posição mais restritiva, mas não de forma tão aguda —afirma. O primeiro impacto, caso o tom seja mais duro, é uma possível recessão. Segundo Mendes, as bolsas de valores também podem experimentar sensibilidade, pois —a partir do momento em que se sobe as taxas de juros, os títulos públicos e a renda fixa ficam mais atrativas e parte desse capital que está bastante alavancado no preço das ações pode começar a migrar da renda variável para a renda fixa e poderia ter alguma correção maior em bolsa —completa.

Para Robson Gonçalves, economista e professor de MBAs da Fundação Getulio Vargas (FGV), a alta apenas coloca a taxa de juros dos EUA no caminho de normalidade. "A inflação nos EUA e no mundo inteiro está bastante elevada e o remédio tradicional para o combate é o aumento da taxa de juros". De acordo com Gonçalves, é possível esperar menor ingresso de capitais especulativos no Brasil, que agora serão atraídos pelos títulos da dívida dos EUA.

Redução no balanço, — Em comunicado, o FED informou que acredita que aumentos contínuos nos juros serão apropriados. Além disso, o Comitê decidiu começar a reduzir suas participações em títulos do Tesouro e dívida de agências e títulos lastreados em hipotecas de agências em 1º de junho. | Investing

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