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10/05/2022 - 07:46

ECSA ao resgate: ajuste de grãos na saga Rússia-Ucrânia

Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ajusta projeções para 2022. No foco trigo, milho, cevada e soja. Destaque para exportação do trigo.

Antes do conflito Rússia-Ucrânia, grande parte dos consumidores mundiais desconhecia o importante papel dos países no mercado internacional de trigo. A ruptura que a crise causou não só aumentou os preços, mas também fez com que a indústria global procurasse produtores alternativos para aumentar suas exportações para a temporada e, assim, compensar os volumes perdidos dos países em conflito e seus arredores. Por isso, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), principal fonte de dados agrícolas do mundo, publicou recentemente suas estimativas ajustadas para trigo, milho, cevada e soja.

Trigo: Brasil e Argentina —O trigo da América do Sul tem boas perspectivas nesta temporada, já que safras recordes estão sendo registradas na Argentina e no Brasil. Juntos, eles têm uma projeção de exportação de 17,5 milhões de toneladas em 2021/22 — segundo o mais recente boletim de carga seca BRS Dry Bulk Weekly Newsletter, ao qual a MundoMaritimo tem acesso exclusivo, e que detalha as projeções do USDA. Entretanto, devido ao conflito, as exportações totais da UE "terão que atingir 3,5 milhões de toneladas/mês de abril a junho para atingir os 34 milhões de toneladas projetadas (...) 8% das exportações de trigo da UE, estão limitando seus embarques para manter seu estoque doméstico." O trigo francês chegou para substituir os fornecimentos interrompidos do Mar Negro,

O Brasil pode até ver altas de 11 anos se atingir as estimativas de 2,5 milhões de toneladas, o que representa apenas 1% de todos os embarques de 2021/22, "mas com cultivo mais amplo e deslocamento contínuo de clientes do Mar Negro, sua participação pode aumentar. As exportações de trigo da Argentina para 2021/22 estão projetadas em 15 milhões de toneladas, um aumento de 56% em relação ao ano anterior e superando a alta histórica de 2017/18 em 1 milhão de toneladas. De acordo com o boletim do BRS, as exportações já estão em 11,5 milhões de toneladas este ano, com o mês de fevereiro batendo recorde. Como o Brasil, que já mostra um aumento nas exportações para destinos mais distantes como Indonésia, Argélia, Marrocos, Chile, Quênia e Nigéria.

ECSA milho e soja — Os volumes deslocados da Ucrânia migraram para o Brasil, onde a projeção atual é de 34 milhões de toneladas, um aumento de 24% em relação ao ano anterior, enquanto a Argentina espera uma safra histórica de 42,5 milhões de toneladas (aumento de 16,3% em relação ao ano anterior). a colheita em curso. —As safras favoráveis ​​da Costa Leste da América do Sul (ECSA) ajudaram a diminuir a pressão sobre os preços. No entanto, alguns dos principais estados produtores do Brasil enfrentaram condições climáticas severas durante o mês de abril, o que pode prejudicar a produção principalmente se essa situação se estender aos meses produtivos — destaca a análise. A exportação ucraniana detida também afetou as importações para a China, uma vez que a instabilidade da zona de trânsito pelo Mar Negro impede a transferência de carga para o gigante asiático.

Enquanto isso, a produção global e a exportação de soja foram reduzidas em 3,1 milhões de toneladas e 3,3 milhões de toneladas, respectivamente, para o ano de 2021/22. A produção de soja foi cortada devido a menos safras para Brasil e Paraguai que sofreram secas durante o ano – e isso também pode afetar o milho. Os Estados Unidos teriam uma projeção mais alta das exportações de soja, enquanto Brasil, Ucrânia e Rússia estão em queda. A demanda da China por soja foi reduzida em três milhões de toneladas para 91 milhões de toneladas devido a volumes menores e preços mais altos. Além disso, os altos custos de alimentação e os baixos preços da carne impactaram a soja durante o primeiro semestre de 2021/22. "Espera-se que os preços da soja permaneçam altos para o restante de 2021/22 sob oferta restrita",

Por fim, a mudança para a cevada tornou-se uma alternativa viável para atender a demanda de grãos em alguns países. Isso favoreceu as exportações australianas, que devem atingir 13,7 milhões de toneladas para a produção de 2021/22 e embarques de nove milhões de toneladas. Embora a China não seja seu principal comprador, a alta demanda vem firmemente da Arábia Saudita e do Sudeste Asiático. | MM.

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