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31/05/2022 - 08:53

Brasil importou mais de 140 toneladas de cânhamo de 1999 a 2021

Ceará, Rio Grande do Norte e Santa Catarina compraram 13,5 kg de cânhamo da China em 2021. Em 2007 e 2008 o Brasil também registrou um aumento significativo no volume de importações de insumos do cânhamo após São Paulo comprar mais de 100 toneladas do produto.

A Kaya Mind, primeira empresa brasileira especializada em dados e inteligência de mercado no segmento da cannabis e de seus periféricos, realizou um estudo inédito que analisa a demanda por cânhamo, planta pertencente à espécie Cannabis sativa L., no Brasil de 1999 a 2021.

A análise faz parte do relatório “Cânhamo no Brasil”, que traz dados e estimativas sobre os possíveis impactos econômicos e sociais deste insumo sustentável no país, principalmente para uso na agricultura, devido às suas inúmeras possibilidades de produção de matérias-primas.

Pesquisa da startup — Mesmo em contradição à lei, que não permitia o uso de derivados da cannabis ou cânhamo, o Brasil tem registros de importações de insumos do cânhamo desde 1999, mas foi só nos anos de 2007 e 2008 que esses números tiveram um aumento significativo. Nesse período, o estado de São Paulo trouxe de Bangladesh mais de 100 toneladas de cânhamo bruto. Ainda, em 2010 e 2011, também houve um salto considerável o estado do Paraná importou da Bélgica mais de 40 toneladas de cânhamo em estopas e outras formas não fiadas.

No ano de 2021, é possível observar outra ascensão no total de importações, pois os estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Santa Catarina compraram uma grande quantidade de fios de cânhamo vindos da China por volta de 7, 5 e 1,5 toneladas, respectivamente.

Pode-se dizer, portanto, que o bloco econômico que mais exportou cânhamo para o Brasil foi a Ásia e, por conta da grande compra proveniente de Bangladesh, São Paulo foi o principal estado importador.

Mais especificamente, a China lidera o número de exportações de derivados do cânhamo para o Brasil, seguida da Alemanha, Bélgica, Espanha e Itália. Por outro lado, Bangladesh é o primeiro no que diz respeito à quantidade em quilogramas de produtos de cânhamo já exportados para o país, com Bélgica, China, Canadá e Chile na sequência.

Volume total de cânhamo importado por estado brasileiro:

Na região Nordeste, o volume importado de cânhamo por estado nos últimos anos foi de 8,8 toneladas no Ceará; 5,1 toneladas no Rio Grande do Norte; 2 kg na Paraíba; 12 kg em Sergipe; 10 kg em Pernambuco e 102 kg na Bahia. No Sudeste, foram 504 kg no Espírito Santo; 58 kg no Rio de Janeiro; 100 toneladas em São Paulo e; 4 kg em Minas Gerais. No Sul, o volume de importações é de 5 toneladas no Rio Grande do Sul; 2,4 toneladas em Santa Catarina; 41,6 toneladas no Paraná. Por fim, no Norte, foram importados 43 kg de cânhamo por Rondônia; 43 kg pelo Pará; e 10 kg por Pernambuco.

Já em relação ao volume de cânhamo exportado pelo Brasil por região/bloco econômico, 114,9 toneladas foram provenientes da Ásia, 21,5 toneladas da União Europeia; 4,9 toneladas da América do Norte e 150 kg da América do Sul.

Abaixo o número de exportação de cânhamo ao Brasil por país e o volume total dessas importações:

China: 23 exportações - total de 15,4 toneladas | Alemanha: 8 exportações - 9 kg | Bélgica: 6 exportações - 21,3 toneladas | Espanha: 5 exportações - 95 k | Itália: 5 exportações - 77 kg | Bangladesh: 4 exportações - 99,5 toneladas | Canadá: 3 exportações - 4,9 toneladas | Japão: 2 exportações - 6 k | Chile: 1 exportação - 150 k | Finlândia: 1 exportação - 40 k | Estados Unidos: 1 exportação - 58 kg.

Com base na análise da Kaya Mind, ainda, pode-se entender quais foram as principais vias de importação de derivados do cânhamo para o Brasil. A marítima ficou em primeiro lugar, com 99,5% de participação, seguida da área, com 0,4%, e rodoviária, com 0,1%, o que significa que praticamente todas as importações foram realizadas por rotas de navegação pelo mar.

Todos esses dados foram coletados por meio do Comércio Exterior Brasileiro (Comex Stat). Eles mostram que existe uma demanda significativa para derivados do cânhamo no Brasil, mesmo que ainda se encontrem em uma zona cinzenta, mas que é suprida por países estrangeiros, sendo que a agricultura nacional, caso houvesse regulamentação da planta, poderia fazer esse papel e ainda ser responsável por exportações para potências econômicas.

Além de dados de importações, o relatório elaborado pela Kaya Mind ainda possui inúmeras análises e projeções de dados que exemplificam o que esperar e evitar sobre o futuro mercado de cânhamo no Brasil, que hoje, enfrenta desafios na sua legalização por conter quantidades insignificantes de fitocanabinoides psicotrópicos e ser proveniente da planta Cannabis Sativa L.

Com base nessas questões, a análise da consultoria evidencia a necessidade de uma mudança na legislação para que diversos setores avancem e possam ser desenvolvidos o quanto antes, pois o mercado de cânhamo possui um potencial produtivo e econômico muito alto para o Brasil, podendo chegar a 15 mil hectares de plantação no seu quarto ano de regulamentação e atingir 4,9 bilhões com a venda de insumos no período, de acordo com estimativa levantada pela Kaya Mind em seu relatório de junho de 2021.

Perfil — A Kaya Mind é a primeira empresa brasileira especializada em dados e inteligência de mercado no segmento da cannabis, do cânhamo e de seus periféricos. Com metodologia própria e análises quantitativa e qualitativa desenvolve relatórios relacionados à cannabis. A startup oferece, ainda, uma plataforma de consolidação de dados e consultoria estratégica para empresas interessadas ou atuantes nesse setor, dentre outros serviços com foco na indústria de cannabis.

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