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06/07/2022 - 07:33

Produção industrial cresce em maio, mas ainda há um longo caminho pela frente, vê Firjan

Apesar do resultado positivo, o setor produtivo ainda convive com os efeitos da falta de insumos, do alto custos de produção e da recuperação lenta da atividade econômica

Em maio, descontados os efeitos sazonais, a produção industrial brasileira avançou 0,3% frente ao mês anterior. Os dados foram divulgados no dia 05 de julho (terça-feira) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar do resultado positivo, no acumulado dos cinco primeiros meses de 2022, o nível de produção segue inferior ao registrado no mesmo período do ano passado: 2,6% menor.

Para a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), os dados evidenciam que os efeitos da pandemia da covid-19 e da guerra na Ucrânia ainda são elementos que impactam negativamente a retomada da economia brasileira. A indústria de transformação segue como um dos setores mais afetados, devido à sensibilidade a restrições de insumos.

Neste cenário, os primeiros cinco meses do ano de 2022 foram ainda mais desafiadores para alguns segmentos, são exemplos a fabricação de veículos automotores (retração de 7,6% em relação a 2021) e importantes setores desta cadeia produtiva: Produtos de metal (-13,3%) e Produtos de Borracha e de Material Plástico (-11,2%).

—As perspectivas para o contexto internacional e as questões internas mostram que ainda há desafios para o crescimento da atividade econômica. O possível prolongamento da guerra na Ucrânia intensifica os gargalos associados à falta de matéria-prima e repercute na continuidade de aumento de preços de commodities, em especial o petróleo — destaca o economista Jonathas Goulart, gerente de Estudos Econômicos da Firjan.

O ano de 2022 já está marcado por medidas de contenção do avanço de preços, o que inclui o aumento da taxa de juros por diversos países, e consequente perspectiva de desaceleração da atividade econômica mundial. No Brasil, o quadro requer maior atenção devido ao ano eleitoral. As reformas estruturais, como a reforma tributária, seguem adiadas e as dúvidas quanto a sustentabilidade fiscal mantém a percepção de risco sobre a economia brasileira.

Por fim, apesar do resultado positivo de maio, o setor produtivo brasileiro ainda convive com os efeitos da falta de insumos, do alto custos de produção e da recuperação lenta da atividade econômica. A Firjan finaliza destacando que, para um ambiente de negócios mais competitivo e para fazer frente às adversidades do contexto internacional, é preciso atacar as questões estruturais que distanciam a economia brasileira de seu potencial.

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