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07/06/2008 - 19:47

Empresas incorporam sustentabilidade e responsabilidade social em seus processos

Global Forum América Latina reúne empresários, executivos, academia e representantes do poder público e sociedade para discutir o papel da educação para os negócios, com foco na sustentabilidade.

A sustentabilidade e a responsabilidade social estão cada vez mais presentes nas empresas. Pesquisa realizada pelo Observatório de Indicadores de Sustentabilidade (Orbis) revela que mais de 60% das indústrias paranaenses realizaram ações sociais em 2006. Para atender à demanda das empresas por profissionais com visão mais sistêmica, não apenas tecnicista, instituições de ensino superior devem inserir discussões acerca da sustentabilidade em seus currículos.

É dentro desta temática que empresários, executivos, academia, representantes do poder público e sociedade civil reúnem-se em Curitiba, de 18 a 20 de junho, para fortalecer a articulação entre as instâncias e discutir o papel da educação para os negócios, com foco na sustentabilidade. Eles participam do Global Forum América Latina, uma promoção da Unindus – universidade corporativa do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), com patrocínio do o Serviço Social da Indústria (Sesi), em parceria com o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP) e Case Western Reserve University (EUA).

Na avaliação de Ricardo Dellaméa, assessor da diretoria do Sebrae Paraná, a sustentabilidade e a responsabilidade social serão permanentes numa empresa. “É um espaço que está sendo criando, mas cada vez mais crescente, principalmente por exigência de mercado. As organizações terão áreas e gerências de sustentabilidade e responsabilidade social, que serão tão importantes quanto as áreas financeira e de marketing”, diz.

Na Spaipa, fabricante dos produtos Coca Cola no Paraná, existem setores específicos para tratar dos assuntos. “Quando se fala em responsabilidade social e sustentabilidade deve haver o envolvimento de todas as áreas, principalmente os gestores, que colocam os conceitos dentro da cultura da empresa”, afirma a coordenadora de responsabilidade social e benefícios da Spaipa, Ana Lucia Gomes.

Para Ana Lucia, deve haver uma integração entre as instituições que trabalham com sustentabilidade. “Não adianta só a empresa trabalhar de forma sustentável e repassar os conceitos para o colaborador, se o filho do colaborador vai para a escola que não trabalha com os conceitos”, diz, ressaltando que a empresa pode até conscientizar, mas o resultado será bem mais satisfatório se existir um alinhamento. “Quando o colaborador leva os ensinamentos para a família e o filho já ouviu esse conhecimento na escola, o resultado multiplicador é muito maior.”

Sustentabilidade nas empresas - Na opinião do consultor em Terceiro Setor, responsabilidade social empresarial e sustentabilidade, Ricardo Voltolini, muitas empresas se dizem sustentáveis, mas poucas realmente aplicam o conceito. “Tornar-se sustentável requer mudanças em princípios e práticas.” Ele define quatro estágios de empresas na busca pela incorporação da responsabilidade social. “Existem as organizações que não exercem responsabilidade social; aquelas que praticam cidadania corporativa, ou seja, apóiam projetos sociais; as com práticas socioambientais e, em nível mais elevado, as empresas sustentáveis”, explica.

Voltolini classifica o momento atual como de transição. “Não é da noite para o dia que uma empresa se torna sustentável, e isso requer coragem e coerência nas atitudes dos líderes. É difícil para um empresário mais antigo entender que o mote agora não é produzir visando o lucro, mas sim fabricar produtos socialmente sustentáveis. É o desafio da transição”, diz, ressaltando que “quando houver um ponto de intersecção entre os negócios e os interesses da sociedade e do planeta, teremos um mundo melhor”.

“As empresas estão preocupadas com a questão da sustentabilidade e já procuram especialização nesta área. Os cursos e projetos do Sebrae já trabalham com a sustentabilidade em seus três pilares: econômico, social e ambiental”, afirma Ricardo Dellaméa.

A coordenadora de responsabilidade social e benefícios da Spaipa acredita que a tendência é a contratação de profissionais com formação mais ampla, que não dominem apenas a técnica, mas que conheçam e saibam aplicar conceitos de responsabilidade social e sustentabilidade. “Esse tipo de conhecimento faz um grande diferencial para qualquer profissional. As grandes empresas que trabalham com esse foco, darão prioridade a profissionais que tenham essa formação”, diz.

Segundo o presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, o grande desafio é alcançar uma relação de interatividade entre as esferas empresarial e acadêmica, e destas com o contexto global. “A sustentabilidade deve ser o referencial central e permanente a balizar atitudes, métodos, sistemas e processos educacionais que impactam a produção e transmissão de conhecimento em gestão”, diz. | www.fiepr.org.br

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