Página Inicial
PORTAL MÍDIA KIT BOLETIM TV FATOR BRASIL PageRank
Busca: OK
CANAIS

14/07/2022 - 11:16

Diabetes: como prevenir além dos hábitos saudáveis?


No Brasil, data comemorada em 26 de junho relembra a importância de diagnosticar e tratar o diabetes. Mas, os cuidados devem ser diários.

O calendário aponta 26 de junho como o Dia Nacional do Diabetes. Na folhinha, um círculo é feito para que não haja esquecimento de um momento tão importante. Na mente, o sentimento é de reflexão. No organismo, a ideia é de prevenção.

A data é celebrada em uma parceria entre o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS). Há outra ocasião em que a doença é lembrada: 14 de novembro, o Dia Mundial, criado em 1991 pela Federação Internacional do Diabetes. Mas, essa é uma luta de todos os dias.

No mundo há aproximadamente 463 milhões de diabéticos. Segundo dados divulgados nos últimos meses de 2021 pelo Governo Federal, estima-se que vivam no Brasil cerca de 17 milhões de pessoas com diabetes. E esse número pode ser ainda maior visto que existem as pessoas ainda não diagnosticadas.

Diabetes é um grupo de doenças nas quais nosso organismo não produz insulina o suficiente ou não consegue absorvê-la corretamente, o que resulta em taxas de glicose (açúcar) maiores no sangue do que o normal.

Seu diagnóstico é realizado por meio de exame de análise clínica que avalia a quantidade de glicemia no sangue. Entre 70 e 99 é o nível considerado normal. De 100 a 125 é preciso atenção, porém a partir de 126 é que a investigação é dada como positiva.

A título de curiosidade, a diabetes é uma doença conhecida há milênios. Seus sintomas já eram ilustrados em hieróglifos egípcios de 1550 a.C. Embora quase todos já tenham ouvido sobre esta condição de saúde, ainda há muita confusão com relação aos seus diferentes tipos, suas causas e o que fazer em cada caso. Pela diferença de tratamento, o diagnóstico preciso do tipo de diabetes é essencial para garantir qualidade de vida para todos que vivem com a condição. Confira abaixo as formas mais comuns da doença: os tipos 1, 2, gestacional e a diabetes monogênica.

Os tipos mais conhecidos — Existem vários tipos de diabetes. Entretanto, os mais conhecidos são os tipos 1 e 2, afetando mais mulheres do que homens, de acordo com o Ministério da Saúde.

A diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, ou seja, o próprio corpo ataca as células do pâncreas que produzem insulina. Como resultado, esse hormônio para de ser produzido ou é produzido em quantidades tão pequenas que não são suficientes para regular as taxas de glicose no sangue. Geralmente, a doença aparece na infância ou adolescência e o tratamento inclui aplicações diárias de insulina.

Já a diabetes tipo 2 é a forma mais comum da doença, sendo responsável por cerca de 90% dos casos no Brasil. Geralmente, ela aparece depois dos 40 anos de idade em pessoas sedentárias e/ou com obesidade, principalmente quando seus hábitos alimentares incluem grande ingestão de açúcar. Isso porque, as células do corpo acabam perdendo a sensibilidade à insulina, o que aumenta os níveis de açúcar no sangue. O pâncreas tenta corrigir este problema aumentando a produção do hormônio, mas mesmo assim a glicemia tende a permanecer alta nessas pessoas, caracterizando a doença. Outro fator de risco é a predisposição genética — vale ficar de olho!

Sobrepeso ou obesidade também aumentam as chances do desenvolvimento de diabetes gestacional durante a gravidez. Alguns hormônios produzidos pela placenta diminuem a efetividade da insulina em controlar os níveis de glicose no sangue. Por isso, algumas mulheres grávidas começam a produzir mais insulina do que o normal, mas mesmo assim não conseguem atingir o equilíbrio entre a necessidade de insulina e seus níveis de glicemia, podendo se tornar diabéticas durante a gestação.

Diabetes monogênica — Por fim, a diabetes monogênica, também conhecida pela sigla MODY (do inglês Maturity-Onset Diabetes of the Young) é o tipo mais raro da doença, sendo responsável por cerca de 1% a 2% dos casos. Ao contrário da diabetes tipo 1 e 2, causadas por combinação de diversas alterações genéticas e estilo de vida, para desenvolver a diabetes monogênica basta uma mutação em um único gene. Alguns dos mais comuns são: HNF1A, HNF4A e o GCK. Em geral, a mutação é herdada de um dos pais e permanece na família ao longo das gerações.

Poucas pessoas sabem da existência desse tipo da doença. Por outro lado, o diagnóstico de diabetes tipo 1 e 2 muitas vezes é confundido com a diabetes monogênica por falta de um exame genético. E, por fim, algumas pessoas podem sofrer da condição e nem desenvolver sintomas.

Prevenção além dos hábitos saudáveis — O tipo 2 da doença, assim como a gestacional podem ser prevenidas por meio de um estilo de vida saudável, o que inclui alimentação balanceada e prática de exercícios físicos com regularidade - sempre com acompanhamento profissional. Porém, esses são apenas os fatores de risco de natureza ambiental.

Por isso é preciso refletir também sobre genética uma vez que doenças que estão na família podem também ser causadas por fatores genéticos hereditários, ou seja, que estão no DNA e são passados de uma geração para outra. E esse pode ser o caso da forma monogênica da diabetes, por exemplo.

Dessa forma, além do acompanhamento especializado e dos exames de rotina, algo que pode ser incorporado ao cuidado com a saúde é a realização de mapeamentos genéticos já disponíveis no País, sem a necessidade de pedido médico, como uma forma de autoconhecimento. Um exemplo é o serviço de mapeamento genético oferecido pela healthtech meuDNA.

Basta a coleta de uma amostra de saliva para que sejam analisados os genes relacionados à diabetes monogênica. O mapeamento genético pela empresa brasileira analisa três genes, cada um relacionado a um subtipo de diabetes:

Diabetes monogênica 1 — gene HNF4: é um dos tipos menos comuns de diabetes monogênica. Geralmente, afeta pessoas que nasceram com peso acima dos 4 kg com baixos níveis de glicemia.

Diabetes monogênica 2 — gene GCK: o gene afetado neste subtipo de diabetes é o da glucocinase (GCK), cuja função está relacionada a diminuir os níveis de glicose no sangue quando ficam elevados. Entretanto, na maioria dos casos, a glicemia de quem tem diabetes monogênica 2 é apenas um pouco mais elevada do que o normal e não requer injeções diárias de insulina, podendo ser controlada apenas com uma dieta adequada.

Diabetes monogênica 3 – gene HNF1A: é o tipo mais comum de diabetes monogênica, sendo responsável por 70% dos casos. A mutação no gene HNF1A faz com que o pâncreas produza pouca insulina, o que leva à diabetes geralmente entre a adolescência e os 25 anos de idade. É mais grave do que o tipo 2, pois os pacientes costumam ter uma piora na secreção de insulina ao longo do tempo. Mesmo assim, em alguns casos, é possível controlar a doença apenas com dieta; em outros, entretanto, injeções de insulina diárias podem ser necessárias.

Esse nível de detalhe para identificar corretamente o tipo de diabetes é importante para que a equipe médica possa realizar a melhor escolha quanto à idade de início de acompanhamento e tipo de tratamento a ser realizado. Conhecer a predisposição é uma oportunidade de fazer as melhores escolhas para a saúde junto a um médico e se prevenir ao aumentar as chances de detecção precoce e cura caso elas surjam.

Enviar Imprimir


© Copyright 2006 - 2024 Fator Brasil. Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Tribeira