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28/07/2022 - 08:22

Grupo Maersk arremata área do Estaleiro Atlântico Sul por R$ 455 milhões


O Grupo Maersk, por meio da APM Terminals, arrematou por R$ 455 milhões a área interna do Estaleiro Atlântico Sul (EAS). A Unidade Produtiva Isolada da UPI Pré-constituída B do estaleiro.

A previsão é de que o local arrematado seja utilizado para a implantação de um Terminal de Uso Privativo (TUP), que deverá estabelecer concorrência no Porto de Suape, que fica em Ipojuca(PE).

O diretor de planejamento e gestão de Suape, Francisco Martins, avalia a novidade de forma positiva. —Um segundo terminal de contêiner já tem estado no radar de Suape há algum tempo. Inicialmente, se previa um outro terminal dentro do porto organizado. Mas, agora surge a oportunidade de termos um fora do porto organizado, o que deverá estabelecer um nível de concorrência importante — afirmou.

A expectativa é que o novo local impacte diretamente nas cadeias produtivas já consolidadas no estado, como é o exemplo do polo automotivo. —Poderemos ter um reflexo direto no custo de produtos que utilizam insumos importados e também no custo de produtos exportados através do porto. Temos muita expectativa e otimismo com as consequências futuras desse empreendimento. Ele deverá colocar Suape na rota dos portos estratégicos não só do Brasil mas também da América Latina e de todo o hemisfério sul — completou Francisco.

Suape perdeu movimentação de frutas — Os altos custos do Tecon geraram certos impactos. Um deles foi a perda de toda movimentação de frutas. Guilherme Coelho, presidente da Associação Brasileira de Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), entidade ligada Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), revela que em 2021, o Vale do São Francisco exportou 11 mil contêineres, e nenhum saiu por Suape.

As exportações de frutas passam pela Abrafrutas, desde a maçã do Rio Grande do Sul ao melão do Rio Grande do Norte. — É um absurdo que a produção de frutas de Pernambuco escoe por portos de outros estados — reclama Coelho.

Do volume exportado pelos produtores do Vale do São Francisco, 20% saíram pelo Porto de Salvador (BA), outros 20% pelo de Mucuripe (RN) e o restante, 60%, por Pecém (CE).

— Ninguém mais exporta por Suape porque os armadores que transportam frutas não querem operar lá devido ao custo tarifário do Tecon. E para nós, não faz a menor diferença, já que a distância daqui para Suape ou Pecém é a praticamente a mesma — explica.

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